Dentro do são critério de que é indispensável pensar antes de decidir, os médicos apenas receitam a terapia depois de fazerem o diagnóstico, por vezes com o apoio de vários exames prévios variados e cruzados. Também na governação de um País, problema bem mais complicado por afectar milhões de cidadãos, se deve usar igual cuidado. Impõe-se ouvir opiniões de pessoas imparciais, conhecedoras dos problemas não apenas nos aspectos teóricos e científicos mas principalmente nos aspectos técnicos e práticos e nas suas implicações na vida dos mais desprotegidos e indefesos. E nas decisões, em momentos difíceis em que não se pode errar, nem entrar num esquema de zig-zag ou de começa, pára e volta a começar de outra forma, com os consequentes esbanjamento de recursos, depois de definidas as soluções que parecem melhores e de bem ponderadas, devem ser ouvidas as forças da oposição e outras forças vivas, para chegar a uma espécie de compromisso, ou de consenso.
É isso que tem feito o PM com o líder da força mais representativa da oposição e é isso que hoje faz o PR em conversa com os ex-ministros da Finanças dos últimos governos. A intenção não é má, embora o governador da Madeira afirme que todos esses ex-ministros contribuíram para a crise. Realmente esta não surgiu de repente do nada, mas, pelo contrário, foi germinando com a corrosão da estrutura financeira que foi desenvolvendo formas lesivas dos interesses nacionais, em benefício da corrupção e do enriquecimento ilícito, a que todos fecharam os olhos apesar de alguns terem alertado para esse cancro mortal. E depois da implosão social, os governantes continuam subordinados aos poderosos da alta finança a agir como marionetas bem seguras pelos cordelinhos de controlo, sem atacarem os pontos fracos causadores da derrocada que continua o seu trajecto demolidor.
Um facto curioso é que muitos desses sábios são professores universitários que sabem recitar de cor frases bombásticas de «grandes» cientistas, parecendo, no entanto, ignorarem o que isso tem realmente a ver com as realidades no terreno e sem saberem explicar por palavras simples essas regras para o povo as compreender. Mas a clareza não é o seu forte, porque para manterem a aura de sábios, convém usar de tabus, controlar os silêncios e usar sabiamente a burka dos génios!!!
Um dos problemas do País é o desemprego, mas esse não deve combater-se com investimentos de elevado custo que não resolvam necessidades fundamentais da população de hoje e de amanhã, que não sejam rentáveis, produtivos de bens que sirvam para consumo interno e para exportação. Sem estas características, tais «investimentos» são apenas esbanjamentos de ostentação de consumismo destruidores de recursos, já escassos. Investimentos há que se parecem com o facto de um remediado comprar um Jaguar ou um Maserati, quando as suas necessidades seriam bem resolvidas com um Smart, ou Citroen C-1. E o pior são os custos encarados com o crédito a juros elevados.
Outro problema é o fosso existente entre os mais ricos e os mais pobres. E lembram as conclusões do encontro das Fundações Portuguesas, que ocorreu na Fundação Eng. António de Almeida, no Porto, que o combate à pobreza "não se restringe a questões de distribuição de rendimentos". Segundo o presidente do Centro Português de Fundações, Emílio Rui Vilar, a erradicação da pobreza é uma "utopia", que comparou à abolição da escravatura: uma utopia também "que se tornou realidade".
Um dos alvos prioritários será a educação ensinando, ensinando a gestão da vida particular, a administração do dinheiro que é finito, o estabelecimento de prioridades nas necessidades a satisfazer, e paralelamente a formação profissional em moldes práticos por forma a criar mais riqueza, a ter flexibilidade de emprego, opinião própria que contribua para a inovação. Empreendedorismo que permita fazer face ao desemprego com a criação de actividades úteis, rentáveis e sustentáveis.
E se não forem esquecidos os objectivos claramente definidos e orientados estrategicamente para o desenvolvimento em benefício da população, então pode dizer-se que reduzir os investimentos bem decididos poderá estar errado e conduzir à estagnação.
Um ministro disse que a América saiu da crise de 1929 através do investimento público. Mas não se tratava do investimento no Jaguar e no Maserati referido atrás, mas na decisão judiciosa e proporcional à necessidade, rentável, geradora de recursos e de bens indispensáveis. Os políticos «intelectuais» procuram espantar o cidadão com tiradas de «elevado» saber, mas apresentadas de forma errada, por ignorância ou por má intenção.
É isso que tem feito o PM com o líder da força mais representativa da oposição e é isso que hoje faz o PR em conversa com os ex-ministros da Finanças dos últimos governos. A intenção não é má, embora o governador da Madeira afirme que todos esses ex-ministros contribuíram para a crise. Realmente esta não surgiu de repente do nada, mas, pelo contrário, foi germinando com a corrosão da estrutura financeira que foi desenvolvendo formas lesivas dos interesses nacionais, em benefício da corrupção e do enriquecimento ilícito, a que todos fecharam os olhos apesar de alguns terem alertado para esse cancro mortal. E depois da implosão social, os governantes continuam subordinados aos poderosos da alta finança a agir como marionetas bem seguras pelos cordelinhos de controlo, sem atacarem os pontos fracos causadores da derrocada que continua o seu trajecto demolidor.
Um facto curioso é que muitos desses sábios são professores universitários que sabem recitar de cor frases bombásticas de «grandes» cientistas, parecendo, no entanto, ignorarem o que isso tem realmente a ver com as realidades no terreno e sem saberem explicar por palavras simples essas regras para o povo as compreender. Mas a clareza não é o seu forte, porque para manterem a aura de sábios, convém usar de tabus, controlar os silêncios e usar sabiamente a burka dos génios!!!
Um dos problemas do País é o desemprego, mas esse não deve combater-se com investimentos de elevado custo que não resolvam necessidades fundamentais da população de hoje e de amanhã, que não sejam rentáveis, produtivos de bens que sirvam para consumo interno e para exportação. Sem estas características, tais «investimentos» são apenas esbanjamentos de ostentação de consumismo destruidores de recursos, já escassos. Investimentos há que se parecem com o facto de um remediado comprar um Jaguar ou um Maserati, quando as suas necessidades seriam bem resolvidas com um Smart, ou Citroen C-1. E o pior são os custos encarados com o crédito a juros elevados.
Outro problema é o fosso existente entre os mais ricos e os mais pobres. E lembram as conclusões do encontro das Fundações Portuguesas, que ocorreu na Fundação Eng. António de Almeida, no Porto, que o combate à pobreza "não se restringe a questões de distribuição de rendimentos". Segundo o presidente do Centro Português de Fundações, Emílio Rui Vilar, a erradicação da pobreza é uma "utopia", que comparou à abolição da escravatura: uma utopia também "que se tornou realidade".
Um dos alvos prioritários será a educação ensinando, ensinando a gestão da vida particular, a administração do dinheiro que é finito, o estabelecimento de prioridades nas necessidades a satisfazer, e paralelamente a formação profissional em moldes práticos por forma a criar mais riqueza, a ter flexibilidade de emprego, opinião própria que contribua para a inovação. Empreendedorismo que permita fazer face ao desemprego com a criação de actividades úteis, rentáveis e sustentáveis.
E se não forem esquecidos os objectivos claramente definidos e orientados estrategicamente para o desenvolvimento em benefício da população, então pode dizer-se que reduzir os investimentos bem decididos poderá estar errado e conduzir à estagnação.
Um ministro disse que a América saiu da crise de 1929 através do investimento público. Mas não se tratava do investimento no Jaguar e no Maserati referido atrás, mas na decisão judiciosa e proporcional à necessidade, rentável, geradora de recursos e de bens indispensáveis. Os políticos «intelectuais» procuram espantar o cidadão com tiradas de «elevado» saber, mas apresentadas de forma errada, por ignorância ou por má intenção.
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