Como tudo neste mundo, a globalização tem vantagens e inconvenientes que saltam á vista a cada momento. É pena que os governantes mundiais não tenham resistido às pressões dos poderosos agentes económicos e financeiros, por forma a darem prioridade ás condições de vida dos povos.
Aspectos positivos:
Neste momento está bem visível o efeito altamente positivo da aldeia global na forma como, em poucos dias, se congregaram esforços, além de todos os organismos estatais, de empresas e entidades de muitos países para socorrer os 33 mineiros chilenos soterrados a 700 metros de profundidade na mina de S. José. Sem esse esforço colectivo e bem coordenado os mineiros teriam sucumbido, porque os recursos locais, a começar pelos da empresa mineira, estariam muito longe de serem suficientes.
Aspectos negativos:
A geoeconomia, avançou rápida e despudoradamente pelo mundo, ignorando fronteiras e regras, sem controlo e, além de ter causado a grave crise de que ainda não se levantou a cabeça, tem impedido uma reestruturação eficaz dos circuitos financeiros e, pelo contrário, tem feito surgir «soluções» que aparentam ser factores de maior perigo no futuro, Quem sofre, quem serve de mexilhão e de relva dos estádios de futebol são os países com maiores debilidades e as populações mais desprotegidas.
Já circulam notícias de compra das dívidas públicas dos países europeus em maior dificuldade pela China para resolver o seu próprio problema cambial. Daqui resultará um pormenorizado acompanhamento das contas públicas de tais países, um pressionamento mais ou menos discreto e a dependência progressiva e em espiral do novo «protector». Trata-se de uma forma de colonialismo pacífico, sem armas nem guerras, mas muito dominador e sem dar lugar a formas de luta e reivindicações com hipóteses de êxito.
A ONU deve, sem demora, encarar este grave problema que ameaça a humanidade nos próximos tempos, colocando em perigo as condições de vida dos nossos descendentes que dirão o pior das gerações dos seus pais e avós.
Imagem da NET
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Globalização. Prós e contras
Posted by A. João Soares at 11:32
Labels: Chile, China, fome e globalização
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