sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Apoios polémicos a empresas,

Tem acontecido que os Governos dão apoios a empresas estrangeiras, com inaugurações festivas em que comparecem membros do executivo com sonantes declarações aos media, mas que cedo se vem a saber tais benefícios não serem merecidos e que os muitos postos de trabalho não passavam de ilusão.

Seria desejável que tais apoios apenas fossem concedidos após garantias de que havia idoneidade, bons planos e programas de produção. Tem havido muitos casos de autênticos ludíbrios em que foram lesados os interesses dos trabalhadores e, portanto, os interesses nacionais. Agora é o caso da ValSan sediada em Perosinho, Gaia, que recebeu 2,5 milhões do Estado mas vai despedir 200 pessoas. Os operários apontam, como causas, erros de gestão, o que faz pensar na necessidade de o Estado, quando faz favores às empresas deve fiscalizar de perto a qualidade da gestão, através de vistorias por funcionários impolutos.

E quanto a despedimentos, nesta fase crítica da vida nacional, também os despedimento na Groundforce custa três milhões em subsídios de desemprego. Com estas decisões das empresas os prejuízos recaem nos trabalhadores e também na Segurança Social com o ónus do subsídio.

Enfim, estes problemas a exigirem controlo apertado, devem ter lugar importante na reorganização da vida económica e financeira do País a levar a efeito com urgência..

Imagem da Net

2 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

Nos tempos remotos em que eu ia à missa, ouvi um sacerdote a afirmar, numa homilia, que o diabo, sendo infinitamente mau, tem uma coisa boa: é esperto.
Daqui se infere que um humano, por definição muito melhor que o tal diabo, não pode passar a vida toda a dizer só asneiras. Ou seja, quando menos se espera, diz uma coisa acertada.
E, pelos vistos, foi o que aconteceu agora à nossa querida deputada...

Um abraço

A. João Soares disse...

Caro Vouga. Este comentário refere-se ao post posterior... ao aa Ana Gomes a diplomata que se distinguiu no relacionamento com Xanana Gusmão quando da independência de Timor. De vez em quando diz coisas aceitáveis e mostra a coragem da discordância em relação ao líder do partido.
Faz equipa com Vital Moreira, Manuel Maria Carrilho, Henrique Neto, com o Alegre de alguns momentos e o António José Seguro.

É bom haver num partido alguém que tem o atrevimento de raciocinar pela própria cabeça.
Mas é mau que o líder não ouça ninguém e imponha incondicionalmente as suas ideias iluminadas.

Um abraço
João
Do Miradouro