«A chegada das empresas chinesas perturbou o mercado da construção civil e os concursos na Polónia, e suscita o interesse do vizinho checo. O seu segredo: preços baixos, pontualidade e integração de mão-de-obra local. Para além do apoio do Governo de Pequim.»
A notícia «O caminho está livre para as estradas chinesas» vem ao encontro do texto publicado em «Revolução imparável em curso».
O Grupo empresarial COVEC (China Overseas Engeneering Group), com sede instalada no subúrbio de Varsóvia dirige a expansão – há muito planeada – de Pequim na Europa. Após ter ganho o concurso para a construção da auto-estrada A-2 da Polónia, comunicou que estava interessada em projectos semelhantes noutros países europeus, incluindo na República Checa.
A Polónia é co-organizadora, com a Ucrânia, do próximo Campeonato Europeu de futebol, em 2012, e tem necessidade de centenas de quilómetros de novas estradas e o tempo é apertado. É lógico que este país de 40 milhões de habitantes procure aproveitar esta ocasião única, para mostrar ao mundo os imensos progressos realizados nos últimos anos. É bom que se saiba que a Polónia é um dos raros países da União Europeia que, apesar da crise económica que preocupa muitos estados europeus, não teve nem recessão nem um défice orçamental significativo. A Bolsa de Varsóvia, após algumas hesitações dos investidores, tornou-se uma das praças financeiras europeias mais procuradas pela sua estabilidade.
A entrada das empresas chinesas nos concursos permite escapar à maldição da corrupção endémica que envolve a construção de auto-estradas. Graças ao novo sistema que os concursos passaram a seguir o custo de construção de um quilómetro de auto-estrada passa para um terço, em poucos anos.
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