Notícia do PÚBLICO transmite a arrogância pouco esclarecida, como se deduz do título, Ministro das Finanças nega interferência do FMI nas decisões do Executivo, e é explicada na frase “Não há nestas medidas qualquer imposição ou condicionalismo externo. O Governo tem consciência de que tem de fazer bem o nosso trabalho de casa”.
Mas a cruel realidade mostra que o ministro não merece confiança nem no que diz nem no que decide, bastando olhar para as repetidas promessas e basófias de falso optimismo, para os sucessivos PECs e para a situação de «austeridade» e de fome e pobreza crescentes, para ver que não tem sabido fazer os trabalhos de casa. Por isso, racionalmente, não se pode crer que agora saiba ou possa fazê-lo. Portanto a recusa em pedir ajuda estrangeira, é mais uma basófia, inconsciente e irresponsável, mostrando que não se preocupa, não tem repulsa, em destruir totalmente o País, os portugueses. Melhor fora que, para o País não ficar completamente exangue devido aos sucessivos erros e incapacidade de os reparar com eficácia e oportunidade, fosse pedida ajuda onde ela possa ser concedida.
Iremos continuar a aprender a contar com ajuda dos PEC, PEC um, PEC dois, PEC três, PEC quatro, etc. E o juro da dívida continua nas proximidades de sete, e havemos de passar a pedir dinheiro para pagar os juros da dívida, vender e privatizar tudo o que ainda tem algum valor, ao mesmo tempo que se mantêm fundações e outros tipo de «dezenas institutos públicos a extinguir» que vão servindo apenas para dar asilo a «boys» incapazes de sobreviver sem as muletas do erário. A quantidade de assessores (que não impediram os erros que levaram à crise) mantém-se, ou aumenta, assim como o compadrio.
O que se torna cada vez mais evidente é que, muitas vezes, os governantes tomam decisões que não foram devidamente preparadas e fundamentadas e se basearam apenas em palpites e intuições. Depois, sem a mínima sombra de vergonha, acabam por vezes por, com a mesma leviandade e irresponsabilidade, recuar anulando a decisão anterior, ou alterar, sem critério ou consciência do resultado para o País e sempre sem uma visão estratégica dos efeitos a longo prazo. Seria bom que seguissem a metodologia de pensar antes de tomar decisões.
Imagem da Net
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Há 2 horas
1 comentário:
" [...] muitas vezes, os governantes tomam decisões que não foram devidamente preparadas e fundamentadas".
Caro João Soares
Não concordo consigo. As decisões são devidamente preparadas e fundamentadas. O problema reside no facto de o objectivo não ser o bem-estar dos portugueses, mas a permanência no poder.
Nada acontece por acaso...
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