Um governo é suposto ser uma equipa conexa com convergência de esforços tendo por finalidade a realizaçã0 de um programa comum, objectivos bem definidos, tudo em benefício de interesses nacionais bem claros.
Mas, segundo a notícia «Lacão tem «todo o direito» de defender redução de deputados, diz Sócrates», há notáveis dissidências dentro da equipa que não procuram conciliar. Assim:
«O primeiro-ministro considerou, esta sexta-feira, que o ministro dos Assuntos Parlamentares tem «todo o direito» de defender a redução do número de deputados, se bem que o Governo não tenha «qualquer intenção» de avançar com uma proposta neste sentido.
«O ministro Jorge Lacão tem essa ideia há muitos anos, defende esse ponto de vista há muitos anos e tem todo o direito a defendê-lo», acrescentou José Sócrates, à margem da cimeira de chefes de Estado e Governo da União Europeia, a decorrer em Bruxelas.»
Perante isto fica-se perplexo e sem saber se, afinal, o Governo é uma entidade, uma equipa, com objectivos definidos ou é um grupo de adversários, incoerente, desconexo ? Porque é que o líder da equipa não coloca esta a jogar para o mesmo objectivo? O que o obriga a ter ministros com objectivos opostos aos do conjunto? A união faz a força, mas o PM parece querer um Governo fraco, esfrangalhado com ministros a puxar para um lado e outros para o outro.
Em «pensar antes de decidir » é referido que no estudo de um tema, antes de ser tomada a decisão, devem ser avaliadas todas as hipóteses para, de entre elas, se escolher a melhor, mas manda a decência, a ética e a lógica que o que sai dessa equipa de estudo e de trabalho é apenas a decisão final e não a luta interna dos que estão mais inclinados para uma ou outra das hipóteses de solução. Haja decência e autoridade competente do treinador, porque a «equipa é espelho do valor do treinador».
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