sábado, 26 de fevereiro de 2011

Tempos difíceis focalizam reflexões

Esta manhã deparei com vários títulos que, de forma espontânea, pois ninguém coloca a hipóteses de ter havido concertação, orientam a atenção dos leitores para a gravidade da situação actual, não apenas no País, mas também no Mundo.

Há outros temas além do caso dramático da Líbia em que o ditador classifica a população manifestante de «inimigo» como se fosse inimigo do Estado e não apenas do regime ditatorial em que o «guia da revolução» se considera dono de todo o País e trata os habitantes como coisas de cujas existências pode dispor à sua vontade.

No post «Uma nova Era já começou?» há um esboço prospectivo da revolução social global que irá alterar profundamente a vida da humanidade. Embora sem indicar autor nem data, o texto tem muitas ideias credíveis e merece ponderação.

Também o post «Barragem do Tua - 3» além das palavras bem humoradas do PM, que fizeram rir as bancadas parlamentares, mostra um diálogo que faz pensar sobre a antinomia «ambiente versus economia» e, também o que foi dito sobre o desemprego de jovens que tem crescido de forma preocupante nos tempos mais recentes.

Sobre o desemprego dos jovens e um slogan em voga, o artigo «À rasca andamos todos» mostra que os tempos não vão de feição aos portugueses de todas as idades. Não refere a excepção dos que têm enriquecido à sombra do orçamentos, mas fica bem claro que uma família normal vítima de desemprego e com jovens a sustentar e idosos a ir mantendo, não pode deixar de puxar pelo cérebro para, no mínimo evitar morrer de fome.

Depois aparece o artigo «Ironia do destino» que não oculta o olhar para o que se passa no Magrebe e no Médio Oriente com tendência para alastrar e que faz temer o poder português que fala repetidamente no inconveniente da instabilidade política. As revoluções contra a ditadura na procura de democracia, por vezes, acabam por ter um resultado irónico, como ocorreu com a revolução de que Khadafi foi o «guia». Infelizmente, parece que muitas das mudanças que se esperava serem para melhor acabam por trazer males maiores, como dizia a velhinha de Siracusa ao imperador Dionísio.

Também o artigo «Estado incontinente, Governo impenitente» faz pensar na «impenitência» do esforço fiscal que esmaga os trabalhadores, para conseguir suprir a «incontinência» nas despesas públicas, muitas das quais têm sido repetidamente listadas como desnecessárias, inúteis e exageradas.

Será bom que os responsáveis políticos, meditem nestes aspectos e noutros de semelhante importância, por forma a estudarem medidas para gerir a entrada na «nova era» e evitar os inconvenientes da explosão social que pode chegar pela porta das trapeiras, por contágio externo, aproveitando o caldo biológico existente.

Imagem da Net

2 comentários:

Maria Letr@ disse...

Os conflitos a que estamos a assistir, seja em que sector fôr, dão-nos um quadro assustador que, muito em breve, se nada for feito para neutralizar (já que eliminar me parece impossível, para já ...) os efeitos de políticas extremistas e dominadoras, irão dar origem ao inevitável: um conflito entre nações, algumas das quais estão armadas até aos dentes. Quando digo 'já que eliminar me parece impossível, para já', significo que, a ser levado a bom termo uma política que vise aquilo que defenderei sempre, i.e., a reestruturação profunda de mentalidades corruptas, vis e dominadoras dos mais fracos (e não só) e a cuidadosa reeducação de crianças, vítimas do ambiente que vivem no seio familiar, o resultado dessa política de reestruturação levará tempo a ser conseguida, pois ela deverá ser efetuada com o máximo rigor, no respeito por ações perfeitamente democráticas, sem imposições, mas sim orientadas no sentido da consciencialização do que convém a um povo que deverá viver em paz e feliz com o que se passa no seu país.

A. João Soares disse...

Amiga Mizita,

Recordando a frase de Martin Lutero, o mundo precisa de uma excelentíssima e profundíssima reforma. Mas para isso seria necessário um bom filósofo que elaborasse uma doutrina à laia de Carl Marx mas adaptada ao momento presente e com vista a um futuro melhor. Depois homens práticos, metódicos e pacientes que estudassem o problema e seguindo um método parecido com o descrito em Pensar antes de decidir e, de seguida definissem as linhas estratégicas a seguir para atingir os objectivos e executantes persistentes que, sem grandes hesitações, deitassem mãos à obra durante o longo período das transformações a levar a cabo.
Não é tarefa para curto período e, por isso, a perseverança é indispensável.
Ora a grande dificuldade é esta persistência paciente, porque os políticos actuais, apenas conseguem ver o presente e o futuro imediato e de forma imperfeita, procurando efeitos imediatos para «fazer figura», o que resulta em tristes figuras e sacrifícios para os cidadãos, que continuam a ver aumentados os sacrifícios que lhes são exigidos.
Gosto de alimentar o optimismo e a esperança em dias melhores mas os sinais que chegam tornam cada mais difícil ser optimista. Vou teimando, porque a esperança deve ser a última coisa a morrer...

Beijos
João
Do Miradouro