quinta-feira, 31 de março de 2011

António Barreto sem hesitações

Transcrição da notícia do DN: com a descrição simples e muito clara do momento actual da vida nacional:


Crise política é "golpe" de Sócrates para se vitimizar
Diário de Notícias. 31-03-2011. por Lusa

O sociólogo afirmou que a demissão do Governo foi um "golpe" do primeiro-ministro para provocar eleições, vitimizar-se e que aumenta as dificuldades para Portugal se financiar nos mercados.

"Estamos a pedir em más condições, depois de um golpe de Sócrates que provocou eleições para tentar continuar no deslize e no agravamento em que estávamos", afirmou Barreto, que preside à Fundação Francisco Manuel dos Santos, em declarações à agência Lusa, à margem do lançamento do livro de Vítor Bento, "Economia, Moral e Política".

António Barreto acrescentou ainda que o momento actual do país "corresponde à ideia do primeiro-ministro, de provocar uma crise na qual ele possa, eventualmente, passar por vítima".

O presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos acusou ainda José Sócrates de "caluniar" as entidades internacionais "a quem pede ajuda" e de "caluniar os credores" depois de pedir empréstimos. "Esta duplicidade é um péssimo sinal para o exterior", acrescentou, referindo que se Portugal tivesse pedido ajuda externa há mais de um ano, teria estado em melhores condições para o fazer, e em melhores condições para cumprir eventuais programas de reformas económicas.

Imagem do DN

2 comentários:

Mentiroso disse...

A questão do Sócrates ter provocado a demissão do governo já foi avançada no Blog da Mentira!, no parágrafo que se inicia com «Há quem diga». É de acreditar como quase certo, mas há outros factores a considerar, como lá estão indicados. O tem que se discordar do Antº Barreto sobre o pedir ou não ajuda é se lermos uma análise irlandesa sobre o assunto, tendo em conta a experiência que eles têm vivido:
http://www.independent.ie/opinion/analysis/bit-of-friendly-advice-portugal-2596178.html

A. João Soares disse...

Caro Mentiroso,

A solução para a crise que teima em nos deixar não parece fácil, porque falta um estratega que organize, aponte os objectivos de forma clara e defina as estratégias a seguir desde a primeira fase até à estrutura posterior devidamente higienizada e tonificada para não se voltar ao mesmo mal actual.
Essa procura de solução é difícil e espera por jovens competentes e arrojados. O Che Guevara já morreu e não conseguiu ver a sua intenção devidamente concretizada.

Compreendo as suas interrogações, que são afirmações sobre o descaminho que tem sido dado a Portugal e aos seus recursos.
Mas estamos a precisar de pistas positivas, construtivas, para resolver a situação. Sobre o diagnóstico da doença já há muitos escritos, mas pouco tem aparecido sobre vias praticáveis para sairmos do buraco. E mais do que indicar picadas, é preciso que apareça quem se proponha a liderar os movimentos de defesa da vontade e dos interesses dos portugueses em geral.

Agora em vésperas das eleições do fim da primavera, é preciso que se pense que votar em listas de que se não conhece nada de muitos dos seus elementos, é um logro em que os eleitores são vigarizados. Nas listas das últimas legislativas constava um cadastrado que era hábil fanador de gravadores e, na de outro partido, constavam dois nomes de «funcionários» da CML que tinham processos em tribunal por irregularidades em funções públicas. E, certamente, terá havido muitos outros que deviam a imunidade à amizade de líderes.

Parece que a Islândia está a dar boas lições que devem ser estudadas. Mas os países nórdicos mostram variadas formas lógicas, coerentes, práticas, patrióticas de resolver os problemas dos seus cidadãos, sem os gastos escandalosos que os nossos políticos praticam para benefício próprio e à custa do suor dos contribuintes mais desfavorecidos.
Abraço
João
Saúde e Alimentação