segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ping-pong político

Neste período de campanha eleitoral, os reais problemas do País, por incompetência, por interesses partidários, por distracção ou deliberadamente, são esquecidos e assistimos a um jogo de ping-pong de aguilhoadas entre os líderes partidários.

Sócrates deixa sem resposta a pergunta de Louçã para onde foi o dinheiro?, mas não lhe falta tempo nem ousadia para acusar o PSD de não estar preparado para Governar, ao que Passos Coelho reponde que é verdade que não estar preparado para arranjar emprego para os amigos, deixando subentender que tem viva na memóriua a lista apresentada  por Marques Mendes com dezenas de institutos públicos que podem ser extintos, em 20 de Outubro de 2010, e que apenas servem para garantir salários aos «boys», aumentar a burocracia, o tráfico de influências e a corrupção.

É curioso que a campanha está a dar força ao dito popular «quando se zangam as comadres, descobrem-se as verdades», pois estas aguilhoadas em todos os sentidos vão mostrando as incapacidades e as manhas dos governantes que desaguaram no pântano da crise.

Oxalá que o vencedor das eleições seja alguém que não esteja preparado para continuar a arrastar o país para uma situação irrecuperável, sem deixar a mínima réstia de esperança aos vindouros. Para isso, convém que cada eleitor antes de votar pense bem em Portugal e nos seus próprios descendentes.

Imagem do Google

2 comentários:

Mentiroso disse...

Caro A.J.S.

Por qualquer opinião política que se possa ter, é imposível de ter passado despecebido que haja quem já não tenh mais pés para dar tiros nem patas para meter por todas as poças. Agora, só falta lembrar-nos de como nas eleições anteriores o PSD da Manela Leiteira vendia votos a €20 e €30. Claro que isto não é tudo nem desculpa as canalhices do Sócrates. Apenas revela a ignorância dos que emprenham pelos ouvidos e em lugar de incriminar o Sócrates pelos crimes monstruosos que cometeu contra a sociedade em geral, que não são poucos, limitam-se a papaguear porcarias sem importância, mas que o marketing político sabe que é alimento para mentes deformadas e atrasadas.
Por exemplo: Como incriminar o bandido de não ter cumprido a palavra por não ter criado os tais 150.000 empregos que anunciou nas eleições? Ele até criou mais, mas a desparição dos empregos foi muito maior devido à crise. Só um vigarista como ele não o vê. No entanto ninguém fala dum verdadeiro crime que foi ter aberto as grandes superfícies aos fins de semana. Nenhum país europeu o fez por duas razões: (1) é antidemocrático por sacrificar uma parte da população fazendo-a escrava da outra; (2) é um golpe nas pequenas e médias empresas comerciais, quando se sabe que é sobretudo delas que depende a riqueza e o emprego num país.
Ninguém faz esta acusação de um facto muito mais importante para o país e que gerou miséria, e vem-se falar da treta do 150.000 empregos, ainda por cima sem razão.

A. João Soares disse...

Caro Mentiroso,

Mais uma vez coloca o realce no ponto certo. A má prioridade dos factos criticados, a má escolha, a superficialidade das críticas constitui mais uma prova da impreparação do nosso povo. Facilmente se torna vítima de propagandas, de publicidades e de uma Comunicação Social deturpada que se prende com pormenores insignificantes ocultando o âmago das questões vitais, como quis dizer Eduardo Catroga!

Tenho esperança que, a pouco e pouco, as coisas melhorarão. Mas as melhoras aparecem com grande atraso em relação às suas necessidades.

Um abraço
João