As dificuldades, quando bem ultrapassadas, dão experiência e capacidade de racionalizar cada fase de um fabrico industrial ou de produção agrícola. Aquilo que vinha sendo feito por tradição, sem bem avaliar o método e sem se procurarem soluções alternativas pode sair da crise muito beneficiado, com melhorias de rendibilidade.
Em muitas actividades, em que a agricultura pode ser o caso mais grave, os produtores estão muito dispersos e descoordenados, trabalhando cada um por si, o que aumenta os custos de produção e as dificuldades da comercialização, de que se aproveitam intermediários em sequência desordenada que encarece o preço no consumidor.
A esta conclusão já chegaram os produtores de cereja que se associam para exportar em maiores quantidades e começam a mostrar-se interessados na criação de associações ou de cooperativas, embora estas há cerca de meio século tenham deixado fracas recordações.
É pena que a pouca escolaridade dos agricultores não tenha sido devidamente compensada por uma assistência mais eficaz por parte dos técnicos da Agricultura e da Economia, mas talvez a pressão dos intermediários, bem organizados e mais influentes, tenha impedido a adequação das estruturas de distribuição e a sua sujeição a regras mais racionais e propícias à justiça social, com benefício para produtores e consumidores.
Em todo o caso esta notícia já constitui um sinal de evolução que merece ser realçado.
Imagem do CM
Lápis L-Azuli
Há 34 minutos
2 comentários:
Há realmente feriados injustificáveis que apenas existem por mera facciosidade. Todavia, deslocá-los para os fins de semana é um abuso e uma estupidez tão crassa que só pode vir de cacholas de abortos políticos nacionais.
O 5-10 e o 25-4 não têm qualquer razão de existir. Não são dias nacionais na acepção do termo, pois que não se referem à nação propriamente dita, mas a acontecimentos conflituosos. São o género de feriados da América do Sul que apenas celebram acontecimentos políticos. Pelo contrário, o 1º de Dezembro é um autêntico dia nacional, pois que comemora a independência da nação. O 10 de Junho é aceitável pelo que celebra, não um país, mas uma comunidade.
Encaixar os feriados nos fins de semana é um abuso por retirar às pessoas um direito que lhes assiste. Equivale a eliminar o feriado. As pontes são também, de certa forma, um direito que existe em todos os países. A diferença é que esses dias devem ser deduzidos dos dias de férias, como em todo o lado, donde não existe qualquer perda de trabalho nem de produtividade. Agora que esses abortos sejam capazes de o compreender é outra conversa.
Caro Mentiroso,
Esperemos para ver se as decisões que vierem a ser tomadas sobre os feriados apresentam lógica e sentido de Estado ou se sairão de espíritos sádicos para cortar sem ver onde. Oxalá pensem bem antes de decidir, o que poucas vezes acontece no nosso rectângulo.
Um abraço
João
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