É lógico que na AR haja matérias classificadas que não devem ser divulgadas extemporaneamente para não gerarem pressões e consequente tráfico de influências do interesse de poderes económicos e financeiros que dificultem o eficiente estudo dos problemas a decidir com sentido de Estado. Nas fases iniciais de estudo de elevada relevância, a forma como é efectuada a análise da informação convém ser reservada apenas aos elaboradores do estudo e àqueles que nele colaborem.
Por isso é lógico que haja investigação às fugas de informação classificada e que dela resulte condenação dos infractores. Mas a notícia Parlamento vai ter investigação própria às fugas de informação suscita as interrogações ainda não havia tal investigação? A Justiça não poderia fazer isso? Não se estará a criar mais um «job for the boys»?
Quando foi criada a ASAE, houve a intenção de simplificar e tornar mais eficientes as tarefas que estavam a cargo de três instituições que pouco faziam e cada uma atribuía as responsabilidades às outras duas, dizendo que era atribuição de uma delas. Com tal reestruturação, simplificou-se e criou-se eficiência. Agora, se for criada uma nova instituição para fazer o que as existentes poderiam fazer, parece estar a ir-se no sentido contrário, que é errado quanto a eficiência e a custos.
Parece que, tal como na engorda da administração da CGD, estamos perante uma activa intenção de arranjar mais «jobs» onde encabidar os amigos, como se se tratasse de uma agência de emprego para amigos. Assim, não se reduzem as despesas públicas e não se sai da crise sem aumentar o asfixiamento dos cidadãos, com mais impostos.
Imagem do Google
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Segurança de informação na AR
Posted by A. João Soares at 19:10
Labels: Parlamento, segurança
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
E o mais grave, é que devido às fugas de informação, os abutres posicionam-se previlegiadamente na rapina do pouco que nos resta.
É certo e sabido, que quem possui informações em primeira mão controla tudo, assim é em todos os sectores, tal como na guerra! Veja-se o caso do nosso Bildenberg nº1, contratou o ex-Director do SIS, para quê?
Boa semana.
Bjs
Sãozita
Amiga Sãozita,
A desorganização do sistema, permite todo o género de promiscuidades. A saída e entrada de informação facilita o tráfico de influências que se traduz em os políticos serem uns bonecos movidos por cordelinhos puxados pelos poderosos.
Há dias veio a notícia dos mais ricos do país em que consta que aquele que mais enriqueceu no último ano foi o mesmo que referi no post Justiça Social ???, há cerca de 11 meses!
Portugal, e o mundo, está nas mãos de quem domina a economia e as finanças, porque com isso dominam as máquinas estatais.
Depois espantam-se com o que acontece no Norte de África e Médio Oriente, e há poucos dias na Noruega. É pena que os governantes não tenham coragem para sacudir a pata de quem os oprime e olhar de forma mais humana para as pessoas que dependem das suas decisões.
Beijos
João
Enviar um comentário