domingo, 11 de setembro de 2011

Costa propõe caminhos

A situação actual é de tal forma crítica que todos os partidos, todos os portugueses, devem fazer o esforço possível para a vida nacional se normalizar no mais curto prazo e iniciar o desenvolvimento para bem de todos os cidadãos. Essa colaboração pode ir desde a perfeição e o rigor no desempenho das suas tarefas até ao alerta para algo que julguem não estar bem e poder ser melhorado e até sugestões para soluções melhores. Depois os técnicos e os responsáveis pelas decisões escolherão o que lhes pareça mais adequado, em função de factores que são do seu conhecimento.

Por isso, têm sido aqui trazidas dicas oriundas de qualquer ponto do leque político, apenas por parecerem merecedoras de meditação pelo Poder. Assim, transcreve-se algumas frases, com interesse nacional, do artigo Costa pede “equidade” nos sacrifícios e propõe caminhos.

«…criticou os cortes nos investimentos que “são estrategicamente essenciais para a nossa competitividade” para reequilibrar as contas públicas, disse que “a gestão da conjuntura exige inteligência e visão estratégica” e pediu “equidade” na repartição dos sacrifícios.

“Os sacrifícios são necessários mas têm de ser repartidos com justiça. Se é necessário aumentar os impostos é injusto que só aumente a tributação sobre os rendimentos do trabalho e não se reparta esta carga com a tributação do património ou dos rendimentos de aplicações financeiras. Mais do que nunca em épocas de crise os valores da igualdade, da justiça e da solidariedade têm de se afirmar como condição de reforçar a coesão nacional”.

Este é o momento de executar [o acordo com a troika] e de não se desperdiçar a oportunidade de ter um amplo apoio nacional à sua execução”.

“Se é necessário diminuir a despesa, o sistema de saúde ou de educação, então que se tomem medidas que melhorem a sua eficiência, gerando poupança e permitindo mesmo fazer o melhor com menos”, … “não é aceitável que pura e simplesmente se decretem cortes cegos, fixando metas de redução da despesa sem garantia que não afectam a qualidade do sistema de ensino e de saúde”. “A cada dia há mais portugueses que sabem que a escola pública de qualidade e o Serviço Nacional de Saúde são serviços públicos essenciais, são a rede pública de segurança que garante o acesso à educação e à saúde a todas as famílias portuguesas”.

“Só o crescimento económico garantirá a prazo a consolidação sustentável das finanças públicas, pelo que comprometer o crescimento é comprometer essa consolidação e é, no fundo, esgotarmo-nos hoje num esforço inglório e em vão para o nosso futuro colectivo”.»


Imagem de arquivo

2 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

Pelos vistos, enquanto estão no poder, 0s políticos não conseguem dar uma para a caixa. Mas logo que se mudam para a oposição, é um ver-se-te-avias em sabedoria.

A. João Soares disse...

Caro Vouga,

Boa conclusão a sua. Efectivamente, a oposição deve ir para o governo já. Mas ela deixa logo de ser oposição e perde capacidades. Logo, a nossa sina é termos de continuar a ser governados por medíocres que são ex-génios!!

O remédio seria mudar o regime de forma a não se continuar escravo de manhas e vícios que se foram consolidando. A oposição pode apresentar propostas de lei, e se elas são consideradas válidas os deputados da maioria não deviam ter o preconceito de votar contra só por vir da oposição.

É por isso que é opinião generalizadas que a AR tem deputados a mais. Para aquilo que fazem, bastava um por partido e o seu voto seria a percentagem que o partido conquistou nas últimas eleições!!!

Um abraço
João