quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Como é diferente a exploração em Portugal !!!

Qualquer português, normalmente atento ao que se passa por cá e lá por fora, não pode ficar indiferente á notícia Milionários norte-americanos pedem: «Aumentem os nossos impostos». Ela refere que «um grupo de 138 milionários norte-americanos enviou uma carta aos líderes do Congresso e ao Presidente dos Estados Unidos pedindo que lhes sejam aumentados os impostos “pelo bem da nação”.» «… os milionários argumentam nesta carta, enviada na quarta-feira, que “em nome da saúde fiscal e do bem-estar dos cidadãos” devem ser aumentados os impostos a todos aqueles que ganham mais de um milhão de dólares por ano. (para ler toda a notícia faça clic no seu título).

Ao mesmo tempo encontramos a notícia em que a Troika quer que empresas também cortem nos salários em 2012. Espantosamente, a Troika, ao contrário dos milionários americanos, pretende que Portugal resolva o problema da crise, gerada por más decisões de governantes sob pressão de grandes empresários e outras espécies de milionários, como os ex-políticos com subvenções vitalícias, não à custa de quem mais tem mas à custa de quem vive do salário do trabalha e que se vê espoliado do pouco que recebe. Ao contrário dos milionários, o trabalhador que com 14 salários recebia pouco mais de 14 mil euros por ano, vê sacados dois salários, no equivalente a 14,2857%.

Já era imoral que um ex-político diga que nada tem que pagar porque recebe apenas 12 subvenções por ano, e um dos mais ricos do País, dizer que é um simples trabalhador. Mas aparecer a Troika como «braço credenciado» da classe capitalista, contra a «equidade fiscal» defendida pelo PR, é caso para dar razão aos que reagiram ao seu aparecimento entre nós. Cortar salários aos trabalhadores e manter ilesos os mais ricos é um escândalo na opinião dos 138 milionários norte-americanos, e na dos portugueses normalmente informados.

Esperamos que os governantes reconsiderem na forma como querem obter dinheiro para pagar a dívida e que, pelo menos, a oposição lhes ensine que há soluções mais legítimas, isto é mais justas, morais, equitativas, socialmente mais sensatas.

Imagem do PÚBLICO

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