quarta-feira, 21 de março de 2012

Défice triplicou, despesas subiram


Apesar de haver menos receitas fiscais, fruto da queda da actividade económica e do poder de compra dos cidadãos reduzido pela austeridade e apesar dos cortes sucessivos em benefícios às pessoas, «a despesa do Estado cresceu 3,5% face ao mesmo período do ano anterior» e «globalmente, o défice do subsector Estado atingiu os 799 milhões de euros em Fevereiro, 191,1% mais que no mesmo mês de 2011».

Para quem conhece apenas a contabilidade pessoal e a utilizada pelo merceeiro de província, isto precisa de ser muito bem explicado, com verdade e clareza, sem fantasias nem «garantias», nem «marketing para criar confiança». Estes sinais, que é suposto serem credíveis, da evolução da crise estão em sentido contrário ao daqueles que foram pedidos pelo PR destinados a gerar confiança.

Que mais irá acontecer?

4 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

É trágico.
Corremos com o famigerado Sócrates porque toda a gente sabia que ele ia destruir tudo com a sua mania das grandezas. O que me parece é que temos de correr com Passos Coelho porque ele vai destruir tudo com a sua mania das misérias.

A. João Soares disse...

Caro Fernando Vouga,

O seu raciocínio não pode ser mais lógico. Mas a realidade, «mostra que outro que venha, de qualquer quadrante, sofrerá das mesmas deficiências e incapacidades, terão que se inserir nos vícios e manias a que os do seu séquito os da oposição e os donos do capital que os subjugam, os obrigam. Para não perderem as próximas eleições não podem mostrar coragem, mesmo que a tenham, para modificar o sistema.

Repare que não há impedimento cabal de alterar os fundamentos da Constituição, mas esta há-de perdurar até que haja um golpe de força. E só então surgirá outra e, para ser visivelmente diferente, terão que ser neutralizados os actuais partidos durante a sua elaboração.

Mudar é sempre difícil, porque quebra rotinas e prejudica os presentes sanguessugas do regime, pelo que as reacções podem chegar a ser impeditivas. Mas nunca esperemos que os actuais parasitas do País se prestem a a mudar isto.

O dono da Jerónimo Martins que como aqui tem sido publicado, não hesita, de quando em quando, exercer a sua pressão sobre o governo, «admitiu hoje que talvez venha a ser necessário um novo pacote de ajuda a Portugal». É uma «ordem» que está a dar ao Gaspar que não se cansa de garantir que...
E, agora, Alexandre Soares dos Santos, está mais à vontade porque já lá tem o António Borges, uma figura grada do partido do Governo ligada às privatizações e muito conceituada na alta finança internacional.

As coisas não são lineares, mas com a mania que têm de se mostrar na Comunicação Social, vão abrindo os jogos e tornando mais claras as relações de poder que submetem os governantes.

Mas é difícil prever o que nos espera.

Abraço
João

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

Tem razão. Mas o pior é que os banqueiros, a partir do "crash" da bolsa de NY em 1929, conseguiram passar a ideia de que sem eles a economia mundial paralisa. Talvez estejam certos mas agora estamos reféns dessa famigerada teoria.
E não tenhamos ilusões: o que está em causa nestas medidas de austeridade é a salvação da banca e não dos portugueses.

Um abraço

A. João Soares disse...

Caro Vouga,

E não é a penas a banca qyue eles querem defender e lhe obedecem, mas também grandes empresas que lhes servem de creches para os filhos(veja por exemplo a PT quantos «boys» e «girls« da família de políticos lá têm com salários de general), e para asilos de ex-políticos (Jorge Coelho, Catroga, etc). Foram bem notados os casos da Lusoponte, da EDP e o referido no post.

E esses interesses privados é que constituem a principal preocupação dos Governos e os fazem desprezar o supremo interesse dos cidadãos que os elegeram para criar as melhores condições de vida para as gerações mais jovens e para os idosos.

Abraço
João