(Foi publicado em O DIABO de 3 de Janeiro de 2017)
Tal conceito leva a concluir que governar não é esbanjar o dinheiro público com aspecto de ostentação de riqueza para manter uma máquina do Estado demasiado obesa e estranguladora da liberdade de inovação e de moderno empreendedorismo, tudo suportado por um progressivo aumento de impostos, em táctica própria de animais predadores e necrófagos.
Um Estado não pode esperar desenvolver-se aumentando o peso e a obesidade da sua máquina administrativa, com apêndices inúteis e apenas destinados a dar justificação para altas remunerações a incapazes de quem se receberam ou se espera receber favores – casos de fundações e ou observatórios sem utilidade bem visível e justificada e a quantidade astronómica de «servidores» que consta de muitas folhas de pagamento sem se saber o que sabem, o que fazem e onde se sentam. Além do peso no défice, dão um péssimo exemplo que desencoraja os contribuintes e estimula a fuga ao fisco. Esta também merece reflexão, dado que quando se trata de pequenos devedores ou retardatários é severamente punida, mas pelo contrário, os grandes devedores são premiados, frequentemente, com perdão que lhes serve de recompensa em vez de penalização.
Estes considerandos conduzem a que uma boa reforma da máquina administrativa deve ser bem preparada, com os interesses nacionais sempre na frente como farol orientador, rigorosa na prossecução dos grandes objectivos e eliminando tudo o que é desnecessário e supérfluo que não merece o seu custo. A mais pequena obesidade gera aumento da burocracia que trava e emperra a actividade económica, o pessoal além do indispensável cria necessidade de mostrar trabalho e complica aquilo que deve ser o mais simples possível.
Mas, apesar destas considerações se centrarem em apectos financeiros, convém não desprezar as pessoas e as suas condições de vida, porque o dinheiro não deve ser um tema que se sobreponha e faça esquecer de que governar deve ter como principal finalidade melhorar a vida e a segurança das pessoas em todos os pormenores da realidade.
E, perante isto, é incompreensível que a UE oficialize a autorização de os Estados terem défices sistemáticos, ano após ano, do que tem que resultar o aumento da dívida com todos os seus inconvenientes.
A João Soares
27 de Dezembro de 2016
terça-feira, 3 de janeiro de 2017
DÉFICE E DÍVIDA SÃO SINAIS DE MÁ GESTÃO
Posted by
A. João Soares
at
20:44
0
comments
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
POR FAVOR, AJUDEM-ME A COMPREENDER.
DÉFICE: «Num orçamento, o défice ocorre quando os gastos ou despesas superam os ganhos ou receitas. Nesse caso, "falta" dinheiro para a receita igualar a despesa, e o orçamento é chamado "deficitário"».
DÍVIDA: «Dívida governamental ou dívida pública é o termo usado para descrever o endividamento de qualquer divisão administrativa, desde uma vila até um país. A dívida do governo de um dado país também é chamada por vezes de dívida nacional».
Parece haver uma ligação consequente entre estes dois conceitos. Os sucessivos DÉFICES traduzem-se obrigatoriamente em aumento da DÍVIDA. Mas esta é indesejada ao contrário do défice que é aceite, tolerado, embora alguém venha dizer, com ar pretensamente didáctico, que é apenas uma CONTABILIZAÇÃO.
Realmente a contabilidade trata do DEVE/HAVER, do DEFICIT e do SUPERAVIT.
Por favor, não lancem a confusão e a fumaça no espírito das pessoas.
Posted by
A. João Soares
at
21:37
0
comments
Labels: contabilidade, défice, dívida, superavit
sexta-feira, 25 de julho de 2014
MÉRITO DO GOVERNO
Como o Governo dá aos números uma importância superior aos temas da qualidade de vida, aos afectos e aos sentimentos da população, devemos procurar analisar o seu desempenho com base naquilo que ele compreende, os números.
- Em 2011, Portugal tinha uma Divida de 94% do PIB e estava à "BEIRA da BANCA ROTA" !!!!!,segundo criticavam os actuais governantes
-Passados três anos, a Dívida está na ordem de 140% do PIB, ou seja multiplicou por 1,5
Entretanto, ao contrário do esperado e prometido melhoramento da vida nacional, foram exigidos duros sacrifícios com uma AUSTERIDADE exagerada que tem sido agravada incessantemente, e em vez de normalizar a dívida, veio:
-destruir centenas de milhares de Postos de Trabalho;
-sacar milhões de euros aos trabalhadores, reformados e pensionistas...
-vender os CTT, a EDP, a ANA, a jóia da Coroa da CGD, o Pavilhão Atlântico, os Estaleiros de Viana; -reduzir a eficiência do SNS;
-dificultar o ensino em todos os seus escalões;
-sacar 9.000 milhões à Segurança Social.
Embora «pensar seja difícil e incómodo», é indispensável analisar o que aconteceu:
-Quais eram os problemas existentes em 2011 e que era necessário resolver?
-Como foi analisado cada um?
-Quais eram as possíveis soluções para cada um deles? E qual a solução escolhida para cada um?
-Que sistema de controlo e fiscalização das estratégias escolhidas foi adoptado e que correcções ou alterações foram decididas para sanar desvios do caminho pretendido?
-Se as metas não foram atingidas, elas foram bem estabelecidas ou, pelo contrário, não passavam de fantasias oníricas e desejos irreais?
-se os défices foram uma doença crónica, porque não se fizeram revisões e alterações do sistema inicial, com oportunidade, para não se chegar ao caos actual?
-como, ao fim deste percurso, se tem lata para propor continuidade, sustentabilidade de um sistema que deu este resultado de passar a dívida de 94% para 140% num período de 3 anos e de lesar gravemente os legítimos interesses e direitos dos cidadãos?
Imagem de arquivo
terça-feira, 6 de maio de 2014
SAÍDA LIMPA TEM RISCOS E EXIGE CUIDADOS ESPECIAIS
A saída limpa, como qualquer outra solução para vencer a crise, apresenta riscos e exige cuidados especiais para não haver recaídas perigosas mais difíceis, por reincidentes. Não é por acaso ou leviandade que o «Eurogrupo avisa: Não se pode gastar o que não se tem» . Os governantes e outros responsáveis de alto nível têm que sentir o peso da responsabilidade perante os cidadãos mais carentes e deixar de levar vida de nababos, deixar de abusar do dinheiro público para fins menos significativos para o interesse nacional, etc. Também, uma voz vinda da Amnistia Internacional. Alerta para que a 'Saída limpa' representa 'saída dolorosa' para muitos. E a experiência diz que esses muitos são sempre os mesmos.
Deve ser dada prioridade ao dever de respeitar os direitos humanos, nos seus vários aspectos como: uma informação correcta e credível; os cuidados de saúde preventiva e curativa; quanto aos idosos e reformados, a reforma e o apoio para viver com dignidade; a exigência do respeito ao direito de ver cumpridas as promessas que forem feitas; no dever de fazer tudo para que a austeridade seja a mínima necessária ao interesse nacional e não sirva para aumentar a riqueza dos ricos e criar novos ricos e permitir o esbanjamento por políticos sem escrúpulos, resultando em mais sacrifícios para os mais carenciados, etc. etc.
Para começar, depara-se com a nuvem escura da «Garantia de financiamento», constituída pelo dinheiro dos impostos que, podendo ser vítima da ambição e da falta de escrúpulos de alguém que lhe tenha acesso, corre o risco de ser utilizada para esbanjamentos, ostentação e gastos inúteis.
É oportuno que, sem pressão directa da troika e com explicação clara aos cidadãos, se inicie, uma verdadeira, ousada e eficaz reforma do Estado com : cortes de todas as instituições que não sejam necessárias e indispensáveis (as criadas apenas para dar tachos aos «boys»; se fundam as instituições paralelas, cuja finalidade é praticamente a mesma (à semelhança daquilo que foi feito quando foi criada a ASAE.); se reduzem substancialmente os apoios a fundações que não tenham mostrado interesse significativo para os portugueses em geral, se diminuam deforma bem visível a quantidade de deputados, de assessores e outros cargos que não tenham uma função indispensável e bem justificada de mais um salário permanente.
E porque não criar um teto salarial, contando com o total das remunerações, assessórias, mordomias, etc. E a quantidade de carros por serviço deve ser revista deve ser revista, acabando com muitos carros individuais e passando a ser mais utilizados os carros do serviço do para as deslocações e actividades pontuais.
E, desta forma, se concretizará a norma de Não gastarmos aquilo que não temos», «não viver acima das possibilidades do Estado», etc
E também convém publicar legislação há muito esperada, adequada, bem explicada, que. «puna severamente. a o tráfico de influências a ,o esbanjamento do dinheiro público, etc.
Governar exige cada vez mais cuidado e competência porque o povo mostra cansaço de palavras bonitas mas sem conteúdo real. O protesta no Porto em 6 do corrente mostra que nada adianta falar de promessas. intenções e projectos, sendo necessário factos, resultados, realizações.
Os oradores da área do Governo não devem procurar desviar as atenções do essencial para o fantasioso e falsamente optimista.
Imagem de arquivo
Posted by
A. João Soares
at
23:47
0
comments
Labels: défice, despesa., dinheiro, dívida, governar, justiça social
sexta-feira, 28 de março de 2014
REESTRUTURAÇÃO DA DÍVIDA E TEIMOSIA DOS SÁBIOS NO PODER
O tema da reestruturação da dívida é de tal forma merecedor de cuidada análise e ponderação que estranha a forma como, de repente, sem a mínima reflexão, os 70 notáveis que assinaram o manifesto foram apelidados de masoquistas
Depois surgiu o manifesto de 74 economistas estrangeiros a que quase não foi dada atenção.
Por fim, o nobel da economia Joseph Stiglitz defende "reestruturação profunda" da dívida portuguesadisse que não deveria ser repetido o erro dos gregos que não realizaram logo em 2012 uma "reestruturação tão profunda como deveria ter sido feita".
Que argumentos convincentes apresentam os nossos «sábios» do Poder para esclarecerem os portugueses de que a sua própria opinião obstinada e «determinada» está mais correcta do que as constantes dos manifestos e da entrevista do Nobel?
Imagem de arquivo
Posted by
A. João Soares
at
10:40
0
comments
Labels: dívida, reestruturação
sábado, 7 de dezembro de 2013
MANIPULAÇÕES DAS REALIDADES
Transcrição de artigo de opinião seguida de NOTA:
Os entusiasmos alvares
Jornal de Negócios.06 Dezembro 2013, 10:33 por Baptista Bastos | b.bastos@netcabo.pt
A dívida ou as dívidas ficaram em suspenso, quer dizer: a render juros, aliás, vultosos, que os Governos que se seguem a este terão de pagar. O júbilo de Marques Mendes é caricato por excessivo e tolo.
Com esfuziante entusiasmo, o dr. Luís Marques Mendes proclamou, na SIC, que o Governo obtivera uma vantagem importante, e não, apenas, "uma vitória moral." A que se referia, com tanta exaltação, o solerte comentador? Ao facto de o Executivo ter conseguido transferir, para os anos de 2017, uma dívida de 2.477 milhões; e, para 2018, outros 4.165 milhões, que venciam, respectivamente, em 2014 e em 2015. Para além de, rigorosamente, não se saber a quem devemos, por que devemos, e como ficámos a dever, a transferência de datas vai aumentar, substancialmente, os ágios, e acrescentar, às nossas angústias quotidianas, outras angústias suplementares.
A dívida, ou as dívidas ficaram em suspenso, quer dizer: a render juros, aliás, vultosos, que os Governos que se seguem a este terão de pagar. O júbilo de Marques Mendes é caricato por excessivo e tolo. Quem ficou um pouco aliviado dos usurários que nos estão a rilhar na carne e a roer os ossos, foi, claramente, Passos Coelho e os seus que tais. Os outros que se tramem. Tudo isto se derrete numa pouca vergonha indomável. Os grandes e autênticos interesses do País são espezinhados em defesa de estratégias partidárias. Nada adquirimos com esta transferência de dívida: quem ganha são os bancos que emprestam a Portugal, os países que estão por detrás desses bancos e, obscuramente, o FMI e o Banco Central. Seria útil e proveitoso descascar as camadas de pele da cebola (para citar a metáfora contida num livro de Günter Grass) e revelar, à puridade, o que se esconde nesta artimanha. Alguém está a ganhar, e muitos estão ou estarão a perder.
Num e noutro caso, vamos não só acentuando a nossa vil dependência como aumentando a nossa irremediável pobreza. Esta gente que está no Governo nada nos diz acerca dessas manigâncias e dispõe de serventuários preparados para cometer todas as piores infâmias para servir o amo.
A transferência das datas de pagamento de uma "dívida" que parece interminável merecia um tratamento jornalístico e político mais claro e elucidativo. Marques Mendes esteve a aplaudir quê? O refrigério momentâneo de um Executivo ou a salgalhada em que, obviamente, espera um outro? E, no fundo, quem vai pagar esta manobra sombria, sem nada que justifique aplausos e júbilos. Um outro cavalheiro, ao que parece do Governo, e cujo nome ignoro e quero ignorar por decência mental, apareceu nas televisões, impante e risonho, a falar na mesma "vitória" que tanto entusiasmou Marques Mendes.
Devo dizer que a modesta estima que tinha por este homem está a desvanecer-se rapidamente. Pareceu-me, inicialmente, que cultivava uma certa "independência" intelectual, o que quer que a expressão queira dizer. Uns arremedos de crítica, umas informações que contrariavam o noticiário vulgar surgiam-me como boas características. Cedo, porém, verifiquei que o comentador da SIC era, apenas, engraçado e envolvia na sua "graça" os recados e os apoios que desejava prestar. As televisões estão cheias desta gente, mascarada de "independente". Desde o Marcelo, ao pobre dr. Sarmento, passando por este Mendes, para não falar de outros, ainda mais medíocres e menos relevantes, as televisões estão pejadas de alvissareiros mascarados de comentadores. E todos, claro, com poucas ideias de seu, e muito da voz do dono.
Falta-nos quem esclareça os lados tenebrosos da política e os enredos de muitos negócios, como este, agora, dos Estaleiros de Viana do Castelo. José Sócrates veio animar um pouco as hostes. Pelo menos é uma nota dissonante no coro de subserviências que se escuta. Claro que voltarei ao assunto, sobretudo agora em que a confusão parece instalada, e um senhorito de voz grossa e gramática fininha faz figura de gente. Até lá.
NOTA:
Não se pode fugir a dar concordância ao ponto de vista do autor, como ponto de partida para reflexão serena e atenta. Mas fica a preocupação com o nosso futuro na próxima meia dúzia de anos. è que ao compromisso de pagamento das dívidas adiadas pelo Governo de Passos, vai acrescentar-se a dívida e os défices dos anos que vão decorrendo, porque não foi iniciada uma eficaz reforma do Estado de que resultasse uma máquina administrativa mais simples e eficiente, com menos sanguessugas a mamar na teta pública, com a corrupção reduzida a zero, com a penalização do enriquecimento ilícito e das negociatas e do tráfico de influências.
Essa máquina administrativa resultante de uma racional Reforma do Estado devia contemplar a redução da quantidade de assessores ao mínimo indispensável, com salário moralmente limitado, acabar com subvenções vitalícias aos ex-governantes e pensões fora do esquema geral nacional e terminar com o secretismo das benesses dos políticos e reduzir a burocracia ao mínimo, porque ela é a principal origem da corrupção. Enfim, uma cuidada e rigorosa utilização do dinheiro dos contribuintes. E, em coerência com a tão propalada transparência democrática tornar transparentes os actos da governação e da administração pública e os respectivos custos que sobrecarregam os contribuintes.
Os políticos devem assumir-se como mandatários do povo que os elegeu e consequente explicação daquilo que fazem, que deve ser para bem dos cidadãos.
Imagem de arquivo
Posted by
A. João Soares
at
13:35
0
comments
Labels: Baptista Bastos, dívida, Marques Mendes, reforma d Estado
domingo, 6 de outubro de 2013
O PRESIDENTE E O «MASOQUISMO»
Em entrevista, Manuel Machado, eleito presidente da Câmara de Coimbra´ considera que Cavaco Silva está errado ao afirmar que há masoquismo na interpretação da situação nacional.
Afirmou que "Não é um estado de espírito, não é uma questão de humor! As pessoas e as famílias estão a passar enormes dificuldades e, apesar dos aumentos de impostos e de todos os sacrifícios, aquilo que os cidadãos sentem no dia a dia são mais dificuldades. E essas dificuldades não se podem classificar como masoquismo".
Para Manuel Machado, esta afirmação do Presidente faz lembrar outra: "É parecido com aquela que se ouviu por aí de que «estamos a viver acima das nossas possibilidades». Não é verdade. Há-de ter havido gente que andou a viver acima das possibilidades e, até ilegitimamente, a viver acima daquilo que era aceitável. Mas isso foi uma mão cheia deles. O comum dos portugueses nunca esteve a viver acima das suas possibilidades e o que veem é o salário ser reduzido, as pensões serem cortadas e os impostos a ser aumentados." (…)
NOTA: Como se vê aqui a frase definida por Manuel Machado foi "Surpreende-me que em Portugal existam analistas e até políticos que digam que a dívida pública não é sustentável. Só há uma palavra para definir esta atitude: ma-so-quismo." Proferida pelo PR, em 3/10/2013 (quando a dívida era prevista pelo Governo de 127,8%).
Curiosamente, o PR disse em 1/1/2013, com dívida 124,1%) que "As dificuldades que Portugal atravessa derivam do nível insustentável da dívida do Estado e da dívida do País para com o estrangeiro."
E o PR tinha afirmado em 21/12/2010, "Deus nos livre de termos um Presidente da República que não mede as palavras que diz". Portanto, as palavras ditas nas duas ocasiões referidas foram medidas e não saíram casualmente…
Imagem do DN
Posted by
A. João Soares
at
18:27
0
comments
Labels: dívida, Manuel Machado, masoquismo, PR
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
«DÍVIDA NÃO PÁRA DE CRESCER»
Transcrição de trecho da notícia Execução orçamental. "Enorme" aumento de impostos só serve para pagar à troika que nos deixa preocupados com o buraco para onde estamos a correr e que certamente nos faz desejar uma mudança de rumo, com cortes substanciais nas «gorduras» da máquina burocrática do Estado sem agravar a austeridade que já asfixia a enorme maioria da população.
«Segundo os dados de ontem da DGO, nos últimos 12 meses o governo aumentou a dívida directa do Estado mais 19,4 mil milhões, um salto de 10,4%. No final do último mês, esta dívida - que não inclui as dívidas das empresas públicas, por exemplo - já ascendia a 207,4 mil milhões, contra os 187,9 mil milhões registados em Agosto de 2012.
Entre Janeiro e Agosto, Portugal acumulou um défice de 4794,8 milhões de euros - segundo os critérios da troika -, isto quando por imposição o país não deverá ultrapassar os 7300 milhões de défice até Setembro.
Z
Já em relação à conta consolidada das administrações públicas, está a haver um agravamento nas contas este ano. Os dados ontem divulgados pela DGO para a conta consolidada das administrações públicas dizem respeito ao período de Janeiro a Julho - só em Outubro serão divulgados valores de Agosto -, meses em que o governo acumulou um défice de 5651,9 milhões de euros. Nos mesmos sete meses de 2012, este défice tinha ficado pelos 3089 milhões de euros - graças a uma bateria de receitas extraordinárias utilizadas no ano passado.»
Imagem de arquivo
Posted by
A. João Soares
at
07:53
0
comments
Labels: dívida, pobreza, sentido de responsabilidade
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
PSD SENTE-SE ENCURRALADO ???
Parece que o maior partido da coligação governamental se sente desconfortável, como que encurralado e perseguido por todos os lados. A notícia em que o porta-voz do PSD, Marco António Costa, acusou hoje o Fundo Monetário Internacional (FMI) de "hipocrisia institucional", não aparece isoladamente, pois ainda não foram esquecidas as hostilidades contra o Tribunal Constitucional e agora além da agressividade ao FMI, Passos critica PS por propor défice de 5%. Vai longe o tempo, cerca de dois 2 anos, em que Passos se ufanava da sua valentia de decretar uma austeridade superior ao que a «troika» aconselhava.
Com tal austeridade excessiva Passos reduziu gravemente o poder de compra da maior parte dos portugueses, o que diminuiu o consumo, colocou o comércio em dificuldade, levando ao encerramento de empresas e ao desemprego, o que despoletou o agravamento da recessão que, apesar do sentido de cerco, já não pode atribuir ao governo anterior porque, em mais de dois anos, não só não melhorou a situação herdada, mas, pelo contrário, a agravou dramaticamente.
E, para dourar a pílula, não deixa de fantasiar o amaciamento da crise dizendo que, apesar de a «troika ser evasiva», «não está nenhuma porta fechada». Será que não está mesmo? Podem não estar todas fechadas, mas ninguém vislumbra a luz ao fundo do túnel!!!
Porque é que quando se fala de despesas públicas se referem apenas as que são lesivas dos deveres e direitos fiscais e sociais dos portugueses, mais carentes em termos de saúde, pensões, ensino, etc e se mantêm os altos salários, as mordomias e subvenções de altos funcionários públicos mais ligados aos elementos do Governo? Parece que não são apenas as matas que estão arder, mas todo o País, a começar pelos mais responsáveis pela continuação da crise.
Imagem de arquivo
sábado, 25 de maio de 2013
domingo, 14 de abril de 2013
AUSTERIDADE EM 2013 E 2014 ???
Segundo notícia do Jornal de Negócios o Governo quer decidir austeridade de 2013 e 2014 no próximo mês. Na notícia consta:
«O Governo pretende detalhar e acertar com a troika e com parceiros europeus o essencial das medidas de ajustamento orçamental para 2013 e 2014 nas próximas semanas.»
«O Governo tem de fechar este ano com um défice de 5,5% do PIB e o próximo com 4% do PIB. Para isso, além da austeridade de 2013, precisará de medidas de corte permanente na despesa pública entre 2 a 2,5 mil milhões de euros em 2014.»
Embora o Governo não queira ouvir nenhum cidadão nem que se seja em volumosa manifestação de indignação, seria do mais elementar bom senso que olhasse para as numerosas medidas sugeridas em notícias, artigos e mensagens que são do conhecimento geral. E se não puder satisfazer todas as sugestões, o que será compreensível, será indispensável explicar com palavras claras e simples o porquê de não as satisfazer. A verdade e a transparência são sempre elogiáveis, mas muito mais em momentos de crise em que as tensões sociais podem eclodir como teme o FMI.
Eis alguns textos onde são referidas ideias de gente bem pensante que poderão ter utilidae para melhor ser feita a análise do problema complexo que o Governo tem em mãos:
- CAUSAS E SOLUÇÕES DA CRISE
- PARA O CRESCIMENTO DE PORTUGAL
- Dezenas de institutos públicos a extinguir
- Défice. Solução é reduzir despesas
- Marques Mendes apresenta lista com dezenas de institutos públicos que podem ser extintos
- Fundações e outros cancros sugam os impostos
- Deputados a mais, eficiência a menos
- Burocracia exagerada é uma peste terrível
- Governo quer extinguir até ao final do mês (Agosto 2012) "dezenas de fundações"
- Há remunerações "chocantes" nas administrações de fundações
Imagem de arquivo
Posted by
A. João Soares
at
22:24
0
comments
Labels: austeridade, cortes, despesas, dívida
sábado, 23 de março de 2013
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Dívida pública ultrapassa estimativas
No final de 2012, segundo dados revelados pelko Banco de Portugal, a dívida pública atingiu os 203,4 mil milhões, correspondentes a 122,5% do Produto Interno Bruto (PIB), valor que ficou acima das expectativas da troika incluídas na sexta avaliação ao programa de ajustamento financeiro, segundo as quais ela não deveria passar dos199,7 milhões de euros, o equivalente a 120% do PIB.
O espanto causado por notícias deste género gera as seguintes interrogações:
Como se explica que, após 20 meses, ainda não tenha parado o agravamento da espiral recessiva?
Porque é que, em tal período, ainda não se parou com as despesas sumptuosas e abusivas de reformas milionárias, por vezes acumuladas, de excessos de assessores e de «especialistas» que não deram ajuda eficaz para encontrar as soluções correctas, de quantidade de deputados acima da média europeia, de mordomias, de carros em abundância, de gastos com fundações, observatórios, empresas públicas e municipais de duvidoso interesse a não ser para os tachistas que delas vivem, etc, etc.?
Quem explica este desnorteamento?
Quem explica a teimosia obsessiva da austeridade que esmaga os cidadãos mais carenciados, trava a economia, leva ao encerramento de empresas, causa despedimentos e desemprego em volume crescente, etc?
Imagem de arquivo
Posted by
A. João Soares
at
17:21
4
comments
Labels: crise, dívida, recessão, sentido de responsabilidade
domingo, 10 de fevereiro de 2013
A austeridade e a saúde
Quem conversar com médicos, enfermeiros e farmacêuticos, fica com a sensação de que as pessoas mais necessitadas e, hoje, isso representa cerca de metade da população, desprezam os cuidados de saúde, porque as taxas moderadoras subiram e porque o dinheiro não chega para aviar receitas caras.
Vão adiando a ida ao médico a ver se o mal-estar passa. Mas uma doença só excepcionalmente se cura com o tempo, sem ser devidamente medicada e, do desleixo de a cuidar precocemente, resulta ter de recorrer aos cuidados médicos tarde demais em estado difícil.
Esta situação pode ser a tradução da notícia que diz que nas urgências hospitalares diminuem os casos mais ligeiros (verde) e aumentam os mais graves (amarelo e laranja)tendo muitos destes que ficar internados devido à gravidade do seu estado.
Em conclusão, vemos reforçada a opinião de que tomar decisões com consequências nas vidas dos milhões de cidadãos não é tarefa que se tome de ânimo leve ou por palpite leviano, nem tendo os olhos fixados apenas numa folha de números sobre dívida, despesa e défice, sem visualizar os efeitos na vida da Nação soberana. Quantos políticos em funções ou «jotinhas» a sonhar com o fausto do Poder, fazem uma ideia correcta da vida das populações dos bairros mais desfavorecidos das grandes cidades ou dos que vivem nas aldeias mais remotas do rectângulo lusitano?
Não há necessidade de refundar Portugal, mas sim de REFORMAR a máquina obsoleta, e exageradamente pesada, complexa e accionada por gentinha que, salvo eventuais excepções, não está devida e eticamente preparada para as funções.
Imagem de arquivo
Posted by
A. João Soares
at
18:51
0
comments
Labels: austeridade, défice, despesas, dívida, doentes, orçamento
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Regresso aos mercados
Transcrição de post publicado por António Horta Pinto em Ponte Europa seguido de NOTA:
Portugal “regressou aos mercados”. Ou “os mercados” regressaram a Portugal.
Não sei ainda se será boa ou má notícia.
O governo e a coligação que o suporta embandeiraram em arco, embora não lhes caiba minimamente o mérito da “proeza”. Como se sabe, tal regresso deve-se sobretudo a uma mudança de política do Banco Central Europeu, que também se refletiu noutros países, e à decisão do Eurogrupo de nos conceder mais tempo para pagar a dívida, coisa que o governo português sempre disse que não queria.
Os banqueiros rejubilaram, o que não é propriamente um bom augúrio. Para eles deve ser bom. Mas será bom também para a generalidade dos portugueses?
Não sou perito em economia, mas não me sinto diminuído por isso. Os economistas também não são. É notório que são incapazes de fazer previsões. O próprio Miguel Beleza disse um dia que um dos seus melhores professores americanos dizia aos alunos: “nunca façam previsões! Mas se alguma vez tiverem de as fazer, então procurem fazer duas ou três, que assim pode ser que acertem nalguma delas!” Contundente, disse M. Sousa Tavares que eles eram peritos em autópsias: só depois de morto o doente é que eram capazes de explicar “cientificamente” porque tinha ele morrido. Enfim, para usar linguagem desportiva, só são capazes de fazer “prognósticos” depois do jogo.
Para já, o regozijo dos banqueiros e da comissão liquidatária que faz as vezes de governo só me leva a desconfiar.
Se com este “regresso aos mercados” o desemprego diminuir, a miséria desaparecer, a pobreza se reduzir, o salário mínimo aumentar, as pensões mais baixas deixarem de chegar só para a farmácia; se desistirem de destruir o serviço nacional de saúde e a escola pública, se deixarem de espoliar os trabalhadores e os reformados, se as pequenas e médias empresas que ainda sobrevivem escaparem à eminente falência; se os jovens deixarem de ter de procurar sustento no estrangeiro; se deixarem de atentar contra a Constituição; então também aplaudirei.
Entretanto, acho mais prudente não deitar foguetes e manter o “malefício” da dúvida!
NOTA: É oportuna a referência preocupada ao feudalismo dos grandes grupos económicos e à troika num curto mas destacado parágrafo. Faço um pequeno reparo a dizer que as pequenas pensões já não chegam para as farmácias, onde os doentes aviam apenas uma pequena parte da medicação por falta de dinheiro e escolhem os «genéricos» mais baratos. As condições em que o autor dará o seu aplauso, correspondem aos interesses da quase totalidade dos portugueses, só não interessando aos «senhores» do tal feudalismo.
Imagem de arquivo
Posted by
A. João Soares
at
06:55
2
comments
Labels: carências, crescimento, dívida, economia, justiça social, mercado
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Perigo de nova euforia socrática
Perante o abaixamento dos juros da dívida pública e para suprir a infantilidade dos nossos governantes, geralmente mais intuitivos do que racionais, o FMI alerta para perigos de euforia que afundem mais a vida dos portugueses do que já está. Segundo esta instituição, o alívio nas taxas de juro não abranda sacrifícios para Portugal. Desta notícia se extraem algumas frases, pelo seu significado:
Existem ainda "consideráveis desafios a médio prazo" para a economia portuguesa.
“as autoridades devem prosseguir os esforços para (...) impulsionar o crescimento a longo prazo e reforçar a consolidação orçamental".
Há que avançar para um "debate público sobre a melhor forma de dividir o fardo do considerável ajuste" económico.
Deixa sérios avisos quanto à necessidade de uma "implementação continuada" de medidas para obter uma "consolidação orçamental duradoura" e para isso aconselha-se o Governo a prosseguir "com determinação" as reformas estruturais que assegurem uma melhoria na "competitividade, crescimento e emprego".
NOTA: Isto significa que não deve ser descurada a análise cuidadosa da situação de: fundações, observatórios, empresas públicas e municipais, PPPs, subsídios a empresas privadas, recapitalização de bancos privados, quantidades de assessores e consultores, carros de serviço e muitas mordomias e apoios a elementos do polvo, e tudo o mais que represente encargo directo ou indirecto para os contribuintes. Não esquecer, como aqui tem sido referido, o combate à burocracia excessiva, à corrupção e ao enriquecimento ilícito.
Imagem de arquivo
Posted by
A. João Soares
at
15:25
0
comments
Labels: despesas, dívida, equilíbrio, governar, orçamento, sensatez
O mercado financeiro age como abutre
E isso é notório nas notícias
Descida dos juros “é um bom presságio” para Portugal voltar ao mercado
O grito do Ipiranga de Pedro Passos Coelho
Portugal prepara regresso aos mercados nos próximos dias
Imagem de arquivo
Posted by
A. João Soares
at
11:08
0
comments
Labels: dívida, juros, mercado financeiro
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Estamos sob sequestro da TROIKA
Sequestro da TROIKA - para garantir o pagamento dos empréstimos bancários assumidos anteriormente
Posted by
A. João Soares
at
09:34
0
comments
Labels: dívida, interesse nacional, orçamento, troika
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
E se não pagamos a dívida?
Mesmo que não se partilhe dos ideais do advogado Garcia Pereira, vale a pena dar atenção à sua postura séria, convicta e honesta e, depois, tirarmos as nossas conclusões. A solução apresentada aparenta racionalidade.
Posted by
A. João Soares
at
16:37
0
comments
Labels: dívida, Garcia Pereira
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
210 mil euros para carros de deputados
Notícia do JN diz que Carros novos da bancada socialista custaram 210 mil euros
«O grupo Parlamentar do PS renovou a frota automóvel, adquirindo quatro viaturas - um Audi A5 e três Volkswagen Passat - cujo valor total rondará os 210 mil euros. O dinheiro é proveniente do Orçamento da Assembleia da República.
Confrontada com esta informação, a assessoria do Grupo Parlamentar socialista explicou que foram comprados carros novos porque finalizaram os contratos de aluguer das quatro viaturas - dois Audi e dois BMW - utilizadas pelos deputados.»
NOTA:
Os deputados precisam mesmo de carro? E não podem servir-se de caros mais baratos e económicos? Entretanto a crise empobrece o país, como socialistas mais esclarecidos afirmam:
- Fiscalista Carlos Lobo defende "alteração do paradigma de política fiscal”
- “O massacre fiscal é gigantesco”, diz o fiscalista António Costa Santos, antigo governante do PS
- Seguro: próximo Orçamento do Estado "insiste no empobrecimento"
Imagem do JN
Posted by
A. João Soares
at
11:50
5
comments
Labels: austeridade, défice, despesas, dívida