domingo, 25 de março de 2012

Para reformar o País, rever a Constituição

Alberto João Jardim, histórico líder madeirense, vai ao fundo do problema e envia um recado ao Governo:

“Se pensam que vão reformar o País apenas com medidas financeiras, não vão conseguir. O País só é reformado se houver a revisão constitucional necessária”.

Este sistema político-constitucional “instalou muitos interesses” e “trouxe-nos a esta situação de estarmos sob administração estrangeira”. “É por isso que considero prioritária a revisão da constituição. Retirar dela todo o tom programático”.

NOTA: já por aqui, em posts e em comentários, foi abordada a necessidade de alterar de forma consistente a Constituição que, como muitos se recordam, foi elaborada por deputados sequestrados no Parlamento, em época em que até o Governo fez greve!!!

Imagem de arquivo

2 comentários:

Fernando Vouga disse...

"Este sistema político-constitucional “instalou muitos interesses” e “trouxe-nos a esta situação de estarmos sob administração estrangeira”. “É por isso que considero prioritária a revisão da constituição. Retirar dela todo o tom programático”."

Caro João Soares

Se há pessoa que não pode invocar a Constituição é o Dr. Jardim. Foi uma das muitíssimas coisas que ele nunca respeitou. E quanto à "instalação de interesses" e à "administração estrangeira", o senhor Presidente do GR da Madeira deve estar com uma fortíssima amnésia. Ou será que ele não tem compadres e não contribuiu para o descalabro financeiro?
Se ainda lhe restasse um pouco de vergonha estaria muito caladinho para não dar nas vistas.

Com isto não quero dizer que não seja necessária a revisão da Lei Fundamental e até aliviá-la do conteúdo programático.

A. João Soares disse...

Caro Vouga,

Compreendo o seu ponto de vista e atribuo muita importância à sua opinião quanto a este personagem, porque o conhece nas suas acções, obras e despesas!

No entanto, estou aqui como cidadão apartidário e pensando apenas em Portugal o que me permite citar frases que me parecem sensatas vindas de qualquer boca, independentemente de quem são ou a que «crimes» se prestaram. Há um líder partidário cujas palavras considero estimulantes para serem reflectidas pelos governantes, mas a quem não daria o meu voto para governar. A utopia e o idealismo não são muito compatíveis com o realismo.

Já uma vez fiz dois posts seguidos, sendo um para realçar uma frase (ideia) de político de direita e o outro realçando uma frase (ideia) de um político de esquerda. Achei que ambas tinham algo de muito positivo para o País.

Não se trata de posição única porque o Vouga termina a concordar com a sugestão do seu vizinho para a revisão da Lei Fundamental.

Seria bom que todos se entendessem no fundamental para bem de Portugal, colocando os interesses pessoais e partidários de lado por algum tempo.

Abraço
João