A notícia Vítor Gaspar admite que défice orçamental está em risco de derrapar contém vários pontos de reflexão sobre a situação actual do País.
Diz que «o país enfrenta um "aumento significativo dos riscos e incertezas que estão associados às perspectivas orçamentais" (…) e «explicou que o comportamento das receitas fiscais "não é positivo" e que os valores estão abaixo do esperado". Em concreto, referiu-se às receitas do IRC que registaram "uma evolução menos favorável do que se esperava em resultado dos menores lucros das empresas neste contexto de recessão prolongada".»
Mais uma vez, o suave Gaspar confessa a sua incapacidade de prever (ou será que a surpresa é apenas um disfarce da mentira que usou para alimentar esperanças infundadas?). No entanto nem todos se deixam enganar pois, já há muitos meses, têm surgido em público opiniões de que a austeridade, da forma como foi conduzida, resultaria na quebra do poder de compra dos cidadãos, de onde adviria menos negócio da economia, despedimentos, falências e, portanto, menos impostos a pagar ao fisco. Essa previsão estava correcta como agora Gaspar reconhece. Foi pena ele não a ter levado em consideração. Fica-se na dúvida do que virá a seguir?
Qual o papel do Governo para evitar a derrapagem do défice orçamental? Qual o papel do ministro das Finanças? Porque não foram tomadas medidas mais adequadas à situação real?
Quanto à hipótese da necessária redução das despesas públicas e das gorduras do Estado para atenuar a crise e o défice orçamental, será bom dar atenção a medidas tomadas na Grécia e em Espanha.
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DELITO há dez anos
Há 1 hora
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