sábado, 25 de agosto de 2012

ONU observa a Síria da bancada

A ONU (Organização das Nações Unidas) foi fundada em 24 de outubro de 1945, na cidade de São Francisco (Califórnia – Estados Unidos), sendo uma organização constituída por governos da maioria dos países do mundo. É a maior organização internacional, cujo objetivo principal é criar e colocar em prática mecanismos que possibilitem a segurança internacional, desenvolvimento econômico, definição de leis internacionais, respeito aos direitos humanos e o progresso social.

A ONU, em conformidade com o seu objectivo principal não deve ficar sentada como um «treinador de bancada» a confirmar o «aumento dramático» da crise síria. É seu papel evitar as guerras, mas isso não significa, antes pelo contrário, ficar sentada a observar. Deve criar capacidade para fomentar conversações, negociações, com os intervenientes e entre eles, por forma a encontrar solução que evite o sacrifício estúpido de tão grande quantidade de população inocente. Se a solução é a substituição do Chefe de Estado, haja coragem para a pôr em prática. Qual é afinal o poder da ONU que tão cara fica aos contribuintes?

Aplica-se aqui a frase do Mahatma Gandhi: «Quando não se possa escolher senão entre a cobardia e a violência, aconselharei a violência». Mas aqui parece que há soluções entre estes dois extremos.

Imagem de arquivo

2 comentários:

José Sousa e Silva disse...

Por que não do camarote ?
Sempre é melhor do que a bancada.
Apesar de tudo, prefiro a frase de Mahatma Gandhi !!!

A. João Soares disse...

Caro José Sousa e Silva,

É uma honra ter aqui o testemunho da visita de um elemento de A Voz da Abita, principalmente pelo valor do comentário que dá «pano para mangas»!

Faz uma pergunta e dá a resposta. Mas é nesta que fica o meu desacordo. Chamar treinador de bancada já é superior ao treinador de sofá e copo de cerveja!
O amigo, melhor do que eu, sabe que, antes, houve a Sociedade das Nações que durou apenas 27 anos (de 1919 até 1946) porque não conseguiu evitar a segunda GM. Quando terminou a sua actividade em Abril de 1946, já estava em preparação a ONU que foi anunciada em 1945 numa reunião na Califórnia. E já conta com 67 anos. Já devia ter sido reformada...

Mas a ONU ainda existe porque os políticos, embora posam merecer todos os maus epítetos que lhes dirijam, não são parvos e nunca esquecem os seus interesses pessoais, seu ojectivo principal.
E, por isso, não deixaram de, na constituição do Conselho de Segurança, garantir lugar permanente para os vencedores da II GM - China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos - e, passados 67 anos o mundo continua colonizado por este quinteto que, para pior, não se entendem entre si, como se está a ver quanto à Síria, e subordinam os interesses da maioria da população Mundial aos seus interesses de luta permanente pela hegemonia.

E nem a história dos 27 anos da SN abre os olhos aos pequenos países para se recusarem a aceitar o feudalismo moderno imposto por 5 colonizadores assente em factos de mais de meio século e totalmente obsoletos.

Depois da acção destes cindo poderosos poderá ser-se levado a pensar que, se o nazismo tivesse ganho a guerra, o mundo não estaria pior do que está. Os sonhos de Hitler não eram obrigados a manter os seus desejos belicosos. Uma coisa é a propaganda de guerra outra é a actividade real do desenvolvimento de paz, que na Alemanha foi brilhante entre as duas guerras, tendo transformado um país em escombros num quase vencedor da II Guerra Mundial, se não fosse o erro estratégico dos Japoneses em Pearl Harbor.

A frase de Gandhi só é aceitável quando as alternativas se resumam a
duas soluções extremas, cobardia ou violência. Se puder analisar serenamente verá que nestas páginas de defende a paz pelo diálogo, pela negociação.

Abraço
joão