Costuma ser perda de tempo ler ou ouvir os ditos dos governantes porque, depois de espremido, sai apenas água e nem sempre potável. Mas há exceções e, agora, surge, talvez por descuido do Sr. Ministro Miguel Macedo, a afirmação de que Portugal é “um país de muitas cigarras e poucas formigas” (para ler o artigo faça clic no link). A frase tem muito de verdade e merece ser devidamente ponderada.
Em quantidade de pessoas, as formigas são mais numerosas e são as maiores, ou únicas, vítimas da voracidade das medidas de austeridade que não param de lhes sugar o tutano, para benefício das cigarras. Para mais, muitas formigas, na sua vontade de produzir, queixam-se de não as deixarem labutar para seu sustento e das suas famílias e estão confinadas ao desemprego.
Por outro lado, as cigarras (preguiçosas e improdutivas que não param de «cantar» na comunicação social e de explorar as formigas) , embora possam ser em menor quantidade do que as formigas, possuem uma voracidade que não se satisfaz com a total exploração das pobres formigas que pouco usufruem do muito que labutam.
Parece que o Sr. Miguel Macedo advoga a redução das cigarras e a melhoria das condições de trabalho das laboriosas formigas. Convém recordar-lhe que são bem conhecidos os enxames de cigarras a controlar e a reduzir: assessores, deputados, jotinhas, sanguessugas de fundações desnecessárias, peste ligada à invenção de «observatórios» e de instituições que, aparentemente, nada fazem de útil ou indispensável, mas que custam caro às formigas que constroem o «morro de salalé» do erário que alimenta todas as cigarras, PPPs, empreas públicas e autarquicas, etc.
Realmente, estando atento aos muitos e-mails que circulam com informação acerca das cigarras de luxo que abundam escandalosamente num País em crise, em que as formigas sofrem de carências vitais, é justo que se afirme com maiúsculas que somos «UM PAÍS DE MUITAS CIGARRAS E POUCAS FORMIGAS”, pois não há formigas que cheguem para alimentar toda ambição de ostentação das cigarras.
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Boas-Festas
Há 2 horas
2 comentários:
Caro João Soares
Assim falam as cigarras. Pudera, com tanta formiga no desemprego...
Caro Amigo Vouga,
Gostei deste seu mote.
As cigarras têm de fazer um campeonato entre elas a fim de seleccionarem apenas 2 ou 3% e as outras terem de se converter em formigas, de modo a merecerem o seu próprio sustento e contribuirem para a riqueza nacional. Há demasiadas cigarras a sugar no orçamento.
Talvez sem querer, o Sr Macedo veio dizer a verdade. Agora, cabe a ele e a outros detentores do Poder ter TOMATES para reduzir a quantidade de cigarras. Usem Sheltox ou outro raticida ou pesticida para salvar Portugal. Tem que ser já. Não adiem a desinfestação.
Devem ter em atenção que os
hProblemas não se adiam, resolvem-se
Abraço
João
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