Caro AJS, A propósito desta sua postagem aqui trago com os meus cumprimentos:
"O filme “Ich bin ein Berliner”, publicado no YouTube vai mesmo chegar à televisão, avança ao i Rodrigo Moita de Deus: “O filme vai passar na ARD – consórcio de canais públicos alemães – e estamos em conversações com outros canais.” Quanto à recusa da reprodução do filme numa das maiores praças de Berlim, o bloguer considera que os critérios foram seguidos demasiado “à risca” e discorda daqueles que classificaram o filme como “politizado”.
Depois desta recusa, Rodrigo Moita de Deus escreveu uma missiva à embaixada da Alemanha em Portugal em que garantia que “todos os dados referidos no filme são factos históricos facilmente comprováveis”.
A embaixada respondeu ontem dizendo que apenas no domingo tomou conhecimento do filme sobre Portugal e “não impediu” a sua transmissão.
Moita de Deus, que pertence à comissão política do PSD, esclarece que apenas recorreu a esta instituição porque a embaixada representa o país e foi o meio mais próximo de expressar o seu desagrado.
Um filme “artesanal” No seu espaço habitual de comentário, Marcelo Rebelo de Sousa explicou que o filme é “artesanal” e foi montado em “tempo recorde”, mas diz cumprir o principal objectivo, que é mostrar que a “solidariedade é fundamental entre os povos”. O professor anunciou um outro filme, para o ano, mas não adiantou mais pormenores. Rodrigo Moita de Deus remeteu qualquer declaração sobre outro filme para Rebelo de Sousa.
Associado desde o início ao projecto, Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, afirma que o município “não participou na produção do filme”, embora tenha contribuído para a pesquisa. “Teria incluído uma linha complementar, apresentado a enorme potencialidade que a economia portuguesa apresenta e a necessidade de encontrar consensos e apoios ao seu crescimento”, diz Carreiras em declarações ao i, sublinhando de qualquer forma a “genialidade” de Marcelo Rebelo de Sousa.
No entanto, com mais de 200 mil visualizações no YouTube e traduzido em três línguas diferentes, o filme tem sido alvo de contestação, sobretudo nalguns factos apresentados. O blogue Blasfémias – do qual faz parte o deputado do PSD Carlos Abreu Amorim – corrige algumas imprecisões, como a taxa de analfabetismo em Portugal, o facto de Portugal ter efectivamente recebido algumas ajudas do plano Marshall e a idade da reforma, que na Alemanha também é 67 anos.
Nos comentários da versão alemã do filme no YouTube, portugueses e alemães esgrimem argumentos. “A Alemanha não tem culpa da crise”, diz um dos comentários, ao que que outro responde: “Quer queira admitir quer não, a sua chanceler é a imagem da crise europeia.”
Os partidários de Merkel defendem as suas políticas afirmando que são melhores que as de “Barroso, Monti e Draghi”, ou perguntam porque não consideram antes os portugueses “a Goldman Sachs persona non grata”. Outras queixam-se que também na Alemanha a situação “está pior” e alguns pedem desculpa pelo filme e agradecem “todo o apoio” que Portugal tem recebido da Alemanha." Jornal i
Mesmo com incorrecções - nada é perfeito - o vídeo já está a ter efeito ao despertar comentários, positivos e negativos, pois obrigou a reflectir num problema que interessa a Portugal e à solidariedade dos europeus à volta do projecto de União que surgiu após a II Guerra Mundial, p+ara evitar novas guerras e estimular o crescimento.
2 comentários:
Caro AJS,
A propósito desta sua postagem aqui trago com os meus cumprimentos:
"O filme “Ich bin ein Berliner”, publicado no YouTube vai mesmo chegar à televisão, avança ao i Rodrigo Moita de Deus: “O filme vai passar na ARD – consórcio de canais públicos alemães – e estamos em conversações com outros canais.” Quanto à recusa da reprodução do filme numa das maiores praças de Berlim, o bloguer considera que os critérios foram seguidos demasiado “à risca” e discorda daqueles que classificaram o filme como “politizado”.
Depois desta recusa, Rodrigo Moita de Deus escreveu uma missiva à embaixada da Alemanha em Portugal em que garantia que “todos os dados referidos no filme são factos históricos facilmente comprováveis”.
A embaixada respondeu ontem dizendo que apenas no domingo tomou conhecimento do filme sobre Portugal e “não impediu” a sua transmissão.
Moita de Deus, que pertence à comissão política do PSD, esclarece que apenas recorreu a esta instituição porque a embaixada representa o país e foi o meio mais próximo de expressar o seu desagrado.
Um filme “artesanal” No seu espaço habitual de comentário, Marcelo Rebelo de Sousa explicou que o filme é “artesanal” e foi montado em “tempo recorde”, mas diz cumprir o principal objectivo, que é mostrar que a “solidariedade é fundamental entre os povos”. O professor anunciou um outro filme, para o ano, mas não adiantou mais pormenores. Rodrigo Moita de Deus remeteu qualquer declaração sobre outro filme para Rebelo de Sousa.
Associado desde o início ao projecto, Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, afirma que o município “não participou na produção do filme”, embora tenha contribuído para a pesquisa. “Teria incluído uma linha complementar, apresentado a enorme potencialidade que a economia portuguesa apresenta e a necessidade de encontrar consensos e apoios ao seu crescimento”, diz Carreiras em declarações ao i, sublinhando de qualquer forma a “genialidade” de Marcelo Rebelo de Sousa.
No entanto, com mais de 200 mil visualizações no YouTube e traduzido em três línguas diferentes, o filme tem sido alvo de contestação, sobretudo nalguns factos apresentados. O blogue Blasfémias – do qual faz parte o deputado do PSD Carlos Abreu Amorim – corrige algumas imprecisões, como a taxa de analfabetismo em Portugal, o facto de Portugal ter efectivamente recebido algumas ajudas do plano Marshall e a idade da reforma, que na Alemanha também é 67 anos.
Nos comentários da versão alemã do filme no YouTube, portugueses e alemães esgrimem argumentos. “A Alemanha não tem culpa da crise”, diz um dos comentários, ao que que outro responde: “Quer queira admitir quer não, a sua chanceler é a imagem da crise europeia.”
Os partidários de Merkel defendem as suas políticas afirmando que são melhores que as de “Barroso, Monti e Draghi”, ou perguntam porque não consideram antes os portugueses “a Goldman Sachs persona non grata”. Outras queixam-se que também na Alemanha a situação “está pior” e alguns pedem desculpa pelo filme e agradecem “todo o apoio” que Portugal tem recebido da Alemanha."
Jornal i
Obrigado por este texto.
Mesmo com incorrecções - nada é perfeito - o vídeo já está a ter efeito ao despertar comentários, positivos e negativos, pois obrigou a reflectir num problema que interessa a Portugal e à solidariedade dos europeus à volta do projecto de União que surgiu após a II Guerra Mundial, p+ara evitar novas guerras e estimular o crescimento.
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