quinta-feira, 15 de novembro de 2012

«Profecia» de há 15 anos

Transcrição de texto recebido por e-mail

A moeda única

«A moeda única é um projecto ao serviço de um directório de grandes potências e de consolidação do poder das grandes transnacionais, na guerra com as transnacionais e as economias americanas e asiáticas, por uma nova divisão internacional do trabalho e pela partilha dos mercados mundiais.

A moeda única é um projecto político que conduzirá a choques e a pressões a favor da construção de uma Europa federal, ao congelamento de salários, à liquidação de direitos, ao desmantelamento da segurança social e à desresponsabilização crescente das funções sociais do Estado.»
Carlos Carvalhas, Secretário-geral do PCP — «Interpelação do PCP sobre a Moeda Única», 1997

NOTA: Publicam-se aqui assuntos a que se atribua interesse para analisar o que se passa na sociedade nacional e internacional, independentemente do autor ou da sua ideologia.
Este pequeno texto é útil para compreender o que está a passar-se no âmbito da actual crise e nas medidas, por vezes aparentemente ilógicas e incoerentes em relação ao resultado desejável, que têm sido tomadas para a debelar.

Imagem de arquivo

12 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

Enfim, Carlos Carvalhas parece continuar obediente à extinta União Soviética!...

A. João Soares disse...

Caro Vouga,
Parece que um tiro tão comprido, com uma trajectória que demorou 15 anos a ser percorrida, não foi mal apontado pois está a atingir as proximidades da mouche...
Muitos dos nossos economistas devem estar a sentir-se incomodados, com tal acerto!!!

Mas como disse o nosso amigo AMF, não estamos em condições de perder a falar e a pensar tempo, pois é urgente começar a agir antes que isso deixe de ser possível, como aconteceu à rã que estava a ser cozida em lume brando.

Abraço
João

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

Carvalhas, caso não se criasse a moeda única, faria as mesmas críticas ao sistema, defendendo a sua criação para evitar os malefícios que menciona.
Pessoalmente nem sequer estou de acordo com tal filosofia. A crise que nos aflige deve-se ao facto de os países afectados, durante décadas a fio, terem gasto muito e produzido pouco.
Sem se corrigir essé gravíssimo erro, não há receita que funcione, com euro ou sem ele.

A. João Soares disse...

Caro Fernando Vouga
De acordo com o post Polvo asfixia contribuintes quem viveu acima das possibilidades foram os políticos, pois os cidadãos têm sido mais mal pagos do que os trabalhadores europeus e aqueles que recorreram ao crédito tiveram que resolver as dívidas do seu bolso, e tiveram de responder por isso. Não contribuíram para a dívida pública, pois ela foi da exclusiva autoria dos maus políticos que temos tido e continuamos a ter.
Não faltam opiniões opostas, mas as que merecem menos credibilidade são as originadas pelo Poder político, pois os eleitos muito raramente falam verdade.

Abraço
João

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

Plenamente de acordo.Mas já é tarde para procurar os culpados. Para os credores, isso é um problema interno do país.
No fundo, é tudo simples. Se uma família ultrapassou os limites do endividamento, a banca não quer saber se o culpado foi o pai, a mulher ou os filhos. Chegou a hora de pagar e está tudo dito.

Um grande abraço

A. João Soares disse...

Caro Fernando Vouga,

Pois é!!! E quem paga é o Zé povinho que vai ficar asfixiado, porque os do polvo continuam na maior.
Há dias veio a notícia de mais de uma centena de reformados com reformas superiores a 5000 euros, agora veio a de que 1500 boys nomeados pelo Polvo receberam subsídio de férias. Imagine que a lei não permite cortar tal subsídio mas permite cortar a todos os outros funcionários públicos.
Cortam o desconto nos comboios aos militares mas não cortam aos juízes, nem aos familiares dos empregados nas transportadoras, nem cortam os carros de luxo ae as mordomias aos altos funcionários que mamam nas tetas onde todo o POLVO mama.

Abraço
João

Anónimo disse...

Caro João Soares

Esse Carvalhas não é aquele que foi apanhado no LIDL, em Tavira, a gamar uns enlatados? Pois, tem mesmo um tiro certeiro. Na mouche dos comunas certamente. Que vá pentear macacos mais os da sua estirpe. Já agora refira-se que o LIDL é uma empresa alemã a operar em Portugal, diga-se com bastante sucesso, dando emprego a muitos nacionais.

Cumprimentos

A. João Soares disse...

Caro anónimo,

Realmente a sociedade traz grandes surpresas, ou a gente anda mal informada e não sabemos todos os meandros e motivações.

Mas nada me diz acerca do texto transcrito. Parece que, apesar de tudo, saiu uma boa previsão o que mostra que o economista Carvalhas estava atento à evolução da globalização!!!

Cumprimentos
João

Anónimo disse...

Caro João Soares,

É verdade o economista Carvlhas tanto gosta de poupar que até gamava no LIDL de Tavira. Se faz isso em Agosto fá-lo sempre. Previsões de um economista? Enfim...

Anónimo sem dívidas a não ser a que contrairam em nosso nome e que tenho de assumir. E esse senhor ajudou à missa e de que maneira. Entre outros da sua laia...

Cumprimentos

A. João Soares disse...

Não perco tempo a criticar pessoas, como qualquer coscuvilheiro. Gosto de apreciar ideias, palavras e acções. Se Carvalhas roubou deve ser julgado pela Justiça. Ou será que a Justiça considera os políticos imunes e impunes?
Não admira que ele seja influenciado pela sua ideologia, uma ideologia que a maioria dos portugueses não apoia, mas agora essa grande maioria também não está minimamente satisfeita com os ultra-neo-liberalistas que já estão a ser comparados ao antigo ditador, para pior. Já se ouvem muitas expressões do género «quem dera que ele voltasse».

Cumprimentos
João

Anónimo disse...

Caro João Soares,

a quem chama de ditador? A quem tirou Portugal do charco da 1.ª República e morreu sem um tusto, nem casas, nem iates, nem males pessoais que se lhe conheçam. Se é esse, olhe que bem falta faz nesta democracia iluminada que derrubou Caetano!!

Cumprimentos

A. João Soares disse...

Bem observado.
Por isso é que muita gente pede o milagre de ele ressuscitar. Depois de 38 anos de bagunça que se vem agravando ano após ano, os últimos 18 meses acabarão por trazer péssimas lembranças.
O povo não compreendeu ao votar mas o comentador Marcelo R S deu um nome ao PM «Impreparado».

Agora, ao contrário dos velhos tempos, eles, lá por cima, continuam a gozar à grande e o povo «que se lixe»

Cumprimentos
João