quarta-feira, 14 de novembro de 2012

«Rigor» das «previsões» do Governo!!!

Em situação de crise e de instabilidade, não é fácil acertar em previsões. Em vez de previsões será preferível falar de «resultados esperados» das medidas tomadas com base em estudos e planos estratégicos. Se as medidas forem cuidadosamente preparadas, certamente, será relativamente fácil esperar resultados adequados.

Infelizmente, não tem sido esse o caso no governo actual nem nos anteriores, devido a «qualquer incapacidade» que não tem sido admitida pelos próprios.

Já em 27-04-2012, o Ministro das Finanças confessou erro de previsão admitiu que a taxa de desemprego estava em níveis mais elevados do que o estimado. Isso levou a estranhar a falta de realismo do ministro, pois não podia ser esperado resultado diferente da austeridade que os mais sérios pensadores no sector não se cansavam de criticar e dizer que esse caminho não levaria á solução da crise, antes a agravaria. Era isso que estava a confirmar-se.

Não havia razão para surpresa. Com efeito, a exagerada austeridade retirou o pouco poder de compra daqueles que não podem deixar de gastar em consumo tudo o que ganham (não têm margem para poupar e muito menos para investir em especulação financeira), e que, por isso, agora têm que consumir menos, donde resulta menor facturação nas empresas de comércio, obrigando muitas a fechar. Depois, a redução das vendas provoca a redução da produção e muitas indústrias, à falta de procura, fecham. De tudo isto resulta despedimentos e desemprego. Não havia, realmente, motivo para o espanto do MF. O espanto é dos cidadãos que vêm os governantes a viver completamente alheios às realidades dos portugueses e, portanto, sem inspirarem esperança e confiança num futuro melhor.

Depois, em Agosto, veio a notícia Passos anuncia o fim da recessão em 2013 desmentida poucos dias depois pelas notícias acerca das dificuldades temidas para os meses que se aproximavam e para o OE de 2013.

Agora, surge a notícia Primeiro-ministro diz que desemprego está "em linha com as previsões" que é incompreensível, pois nada consta que fosse previsto para esta data uma taxa de desemprego que bate novo recorde e chega a 15,8%.

Mais uma vez ficamos perplexos sem saber se podemos confiar nas afirmações e garantias de governantes. Para onde nos estão a levar? Quais são as suas «previsões» para os próximos seis meses? E para o próximo Natal, que está à porta?

Imgem de arquivo

4 comentários:

A. João Soares disse...

Notícia de hoje no Dinehro Vivo diz:

O secretário-geral da UGT disse hoje que o aumento do desemprego no terceiro trimestre é o resultado da obsessão do Governo com o "combate ao défice" e acredita que a taxa vai chegar ao final do ano nos 17%.

"O Governo continua obcecado pelo combate ao défice, ignorando claramente as consequências económicas e sociais desse combate", nomeadamente o aumento do desemprego, disse à Lusa João Proença

A. João Soares disse...

Extracto de notícia no Correio da Manhã:

«Mas mesmo assim "não há razão para excesso de pessimismo", apesar dos "problemas graves" que Portugal enfrenta.»

O que é «excesso de pessimismo»?
Deveremos ir a rir no caixão, depois de morrer de fome ou de dificuldades no tratamento da saúde?

Anónimo disse...

Mas... afinal, vomecê Sr. João Soares é o seu mais activo comentador.

E bem que vai dando achegas. Pensei, afinal erradamente, que fossem os outros que diz estarem ao serviço de Bonaparte...

Cumprimentos

A. João Soares disse...

Eh pá,
Faz companhia ao teu filho e à tua mulher e quando aqui vieres, identifica-te.
Não tenhas vergonha dos comentários que fazes. Até têm piada !!!

Cumprimentos