terça-feira, 11 de dezembro de 2012

BPN. Justiça muito lenta

Transcrição de notícia, seguida de NOTA:

Cândida Almeida diz que caso BPN já devia estar julgado
Diário Digital / Lusa 11-12-201. às 03:59

A procuradora geral adjunta do Ministério Público, Cândida Almeida, disse na segunda-feira, em Gaia, que o caso BPN já devia estar julgado, afirmando desconhecer por que tal ainda não aconteceu.

«Já devia estar julgado? Já? Porque é que não está julgado? Isso não sei, sei apenas pelos jornais que, efectivamente, há só duas sessões por semana, outras vezes não há, outras há interrupções», afirmou Cândida Almeida durante mais uma sessão do Clube dos Pensadores, em Gaia.

Para a procuradora e directora do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, que respondia a uma questão sobre o arrastar do julgamento do caso BPN, a investigação do caso, relacionado com corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de influências, foi «muito rápida», pois demorou cerca de um ano.

NOTA:
Esta opinião vem, de certo modo, contrariar aquilo que Cândida Almeida afirmou em 1-09-2012, à noite, na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide,
“Digo olhos nos olhos: O nosso país não é corrupto, os nossos políticos não são corruptos, os nossos dirigentes não são corruptos». Cândida Almeida afirma que os políticos portugueses não são corruptos.
Será que os juízes que têm em mão o processo do BPN pecam por menos isenção? Certamente, não lhes devem ter faltado fortes pressões, ou até ameaças, vindas de pessoas bem colocadas. Por outro lado, há que rever as facilidades dadas aos advogados que complicam os trâmites e fazem arrastar os processos até à prescrição. Será de esperar que a magistrada faça jus ao seu apelido de almeida e envide todas as suas energias para varrer quem e o que está mal na vida pública nacional.

Imagem de arquivo

3 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

A propósito transcrevo uma nota do blogue "Quarta República"

Importa-se de repetir?!

"Nós sabemos de onde vêm essas fugas (violações do segredo de justiça) mas não podemos prová-lo",
Cândida Almeida, Procuradora Geral Adjunta, responsável pelo DCIAP.

Publicada por JM Ferreira de Almeida em 10:13 6 comentários

Um abraço (para si e não para a Cândida)

A. João Soares disse...

Caro Vouga,

Para bem dos elementos do Polvo, nunca se pode provar nada. É o tal problema do ónus da prova que protege os criminosos. É imperioso que se modernize o Código de Justiça para nos aproximarmos dos países avançados com quem temos que competir nas relações internacionais e onde a lei e a justiça são iguais para todos os cidadãos.

Abraço
João

Para facilidade dos visitantes, eis o link do post que refere: Importa-se de repetir?!

A. João Soares disse...

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