Transcrição de artigo seguido de NOTA:
Reformas do FMI reformas de autarcas
Expresso. 12 de janeiro de 2013. 9:08 Sábado. Por Henrique Monteiro
Há, em Portugal reformas impossíveis, como algumas que propõe o FMI. Mas há outras, que sendo mais abstrusas do que aquelas, são reformas possíveis - como a da senhora presidente da Câmara de Palmela, que depois de 26 penosos anos de trabalho, fica com uma reforma de 1859 euros aos 47 anos de idade.
Ana Teresa Vicente, socióloga de profissão e autarca desde 2001, consegue este direito por uma norma que faculta aos políticos a contagem do tempo a dobrar para efeitos de reforma (o PCP, partido a que pertence a autarca, foi e é contra a norma, mas a ideologia, já se sabe, só é útil quando convém para efeitos de obtenção de reforma).
E pronto. Havia uma raspadinha que dava 1500 euros mensais por 10 anos, mas este prémio é mais chorudo. Se Ana Teresa viver mais 40 anos, aufere do Estado um prémio de pouco menos de um milhão de euros. Bom prémio, e a que muita gente que trabalhou 40 anos e não tem nem metade (e outros que nem reformados ainda podem ser) deve deixar cheios de inveja.
E, aqui entre nós, eu penso que é devido a reformas destas que uma boa parte das outras reformas (as do FMI) são impossíveis de levar neste país. É que se o Estado diminui o seu peso, lá se vão estas e outras regalias.
NOTA: O PCP diz que não concorda com a lei. O PS diz que devem cortar-se os desperdícios. E o que pensa fazer o Governo? Pretende deixar continuar a aumentar os braços do polvo e agravar a exploração dos cidadãos mais carentes?
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domingo, 13 de janeiro de 2013
Reforma de autarcas. Que diz o FMI ?
Posted by A. João Soares at 07:32
Labels: desperdícios, polvo, reformas
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