sexta-feira, 8 de março de 2013

PM teimoso e fantasista

Em resposta à proposta socialista de aumento do salário mínimo, o PM «chegou a dizer que, dada a actual conjuntura, o “mais sensato” seria fazer o oposto». Teimou que “quando um país enfrenta um nível elevado de desemprego, a medida mais sensata que se pode tomar é exactamente a oposta.”. ‘Explicou’ que o governo não deixará de “discutir o aumento do salário mínimo”, mas numa altura em que “o tecido produtivo tenha condições para o fazer”, caso contrário isso só trará “mais desemprego”. Reiterou que, na actual conjuntura, um aumento do salário mínimo seria um "sobrecusto" para as empresas e uma "barreira" ao emprego.

Mas as ‘explicações’ do PM não foram credíveis nem consistentes, mas saíram eivadas de fantasia, não convencendo nem os mais ignorantes nem os mais doutos e não tardaram notícias a elucidar. Por exemplo o presidente do Conselho Económico e Social, Silva Peneda, afirmou que a revisão em baixa do salário mínimo é um "erro e um disparate" político, económico e social e que "não é uma forma para criar mais emprego".

Por outro lado, a contrariar que o aumento do SMN descapitalizaria as empresas e obrigaria muitas a encerrar e aumentar o desemprego, surgiu a posição completamente diferente do Presidente da República, no encerramento do encontro "Jovens e o futuro da economia",. "Nunca pensem que é nos baixos salários que se garante a competitividade das empresas.

Outra notícia afirma que «mesmo num país ensombrado pela crise há empresas que mantém as suas políticas de aumentos salariais. Em sectores como a química, farmacêutica, vidro ou metalurgia, os colaboradores vão ter este ano um aumento no vencimento que varia entre 1% e 3%».

Como não há regra sem excepção, poderá haver casos em que seja dada razão aos argumentos do PM, mas quando se olha atentamente para os portugueses, que são o pilar fundamental do Estado, não se pode ser sadicamente teimoso, com os olhos fixados apenas em números e o pensamento em fantasias muitas vezes irrealizáveis, como o foi a maioria das intenções manifestadas em quase dois anos. Os portugueses continuam a esperar que lhes seja explicado em linguagem simples, compreensível e verdadeira que benefícios obtiveram em resultado dos sacrifícios que têm sido obrigados a fazer.

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1 comentário:

A. João Soares disse...

A propósito de salários mínimos, saiu este texto a que peço comentários e dicas para o seu aperfeiçoamento e utilidade.

OS DIREITOS HUMANOS TÊM MUITOS INIMIGOS INSTITUCIONAIS, DE QUE O IVA É UM. Com efeito, o IVA é um imposto muito injusto, acelerador do aumento do fosso entre os mais ricos e os mais pobres, um factor de injustiça social.
As famílias mais pobres vêm o total do seu rendimento cortado de 23,5% para o IVA, pois este maldito imposto é aplicado à totalidade do seu rendimento, todo gasto em produtos de primeira necessidade, enquanto aos ricaços só se aplica a uma pequena parte, porque a outra, a grande fatia, é destinada a investimento, cá ou no offshore. É por isso que este imposto devia ser muito mais reduzido, porque é injusto, em virtude de não ser aplicado por escalões dos rendimentos, antes cortando mais aos pobres do que aos ricos.
Por isso, quando se fala de salários, penso que na Comunicação Social ao referir os altos salários estes deviam ser traduzidos em quantidade de salários mínimos. Por exemplo, quando se diz que Catroga recebe da EDP 45.000 euros por mês devia dizer-se que isso representa mais de 90 salários mínimos, isto é, ele, além da fortuna que tem amontoada, ganha tanto como 90 famílias que vivem do salário mínimo dos seus chefes.
http://sol.sapo.pt/inicio/Internacional/Interior.aspx?content_id=103734