O Diário de Notícias traz-nos uma série de reacções dos comentadores da rádio e da televisão à entrevista de Sócrates, parecendo cobrir um leque alargado.
Apesar da opinião que se possa ter, parece que, de qualquer forma, o PR e os governantes, na serenidade dos seus gabinetes, devem analisar tudo quanto Sócrates disse, a fim de daí retirarem conclusões, principalmente, acerca dos erros a evitar e das medidas a tomar para agirem de forma mais eficaz, «a bem da Nação».
Mas, por favor, não percam tempo com tricas em reacções inúteis, em masturbações estéreis.
O tempo é muito pouco para agir de forma adequada em benefício dos portugueses. Não o desperdicem.
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Passos Coelho e Cavaco ignoram Sócrates
A Bola. Por Redação. 14:40 - 28-03-2013
O primeiro-ministro foi interrogado pelos jornalistas sobre a entrevista que José Sócrates deu, na noite de quarta-feira, à RTP. Pedro Passos Coelho recusou-se a comentar o que foi dito pelo ex-primeiro-ministro eleito pelo PS. Cavaco Silva escreveu hoje uma mensagem aos portugueses na sua página de Facebook, mas ignorou as acusações de Sócrates no seu discurso.
Ontem, José Sócrates atacou Cavaco Silva. Acusou o Presidente da República de ter conspirado para a queda do seu Governo, tendo trabalhado como «a mão escondida atrás dos arbustos».
Em quatro parágrafos, Cavaco Silva lembra que nos últimos dias visitou empresas que são um exemplo de sucesso e repetiu que é «dando visibilidade a empresas como estas, e não através de uma retórica inflamada e vazia de conteúdo, que se defende o interesse nacional».
Apesar de muitos dos comentadores da mensagem assumirem que o Presidente se refere à entrevista de José Sócrates, a verdade é que Cavaco, no rescaldo do ataque do ex-primeiro-ministro, o presidente da República ignorou as acusações e não menciona os comentários que Sócrates teceu na entrevista da noite passada, tendo a Presidência da República recusado comentar o conteúdo da referida entrevista.
Ontem, o Presidente tinha afirmado que «intrigas políticas não criam um único emprego».
Também esta manhã Pedro Passos Coelho recusou-se a comentar a entrevista do homem que o precedeu no cargo de primeiro-ministro. Interrogado por uma jornalista da RTP numa visita a uma fábrica em Paços de Ferreira, onde foi recebido com assobios e protestos, Passos Coelho elogiou o caráter político de Cavaco Silva, dizendo que «o desempenho do Sr. Presidente da República está ao nível das exigências do país» e que mantêm «uma relação de grande cooperação. E é assim que deve ser entre cargos de soberania».
Mas falar sobre Sócrates não estava na agenda do líder do Executivo: «Se a senhora quer que eu regresse a 2011... Não minha senhora, eu não costumo regressar ao passado», terminou Passos Coelho.
O primeiro-ministro recusou-se também a falar de um eventual plano B do Governo, em caso de chumbo do Orçamento pelo Tribunal Constitucional. «Não trabalho com base em cenários, não vou contribuir para criar um clima de instabilidade criando hipóteses», disse.
Sobre as suas declarações de quarta-feira, apelando à «responsabilidade de todos», Passos Coelho diz que não foi uma pressão sobre os juízes do Palácio Ratton: «Era o que faltava que um apelo à responsabilidade fosse considerado uma forma de pressão».
Jerónimo não dá «importância política» a nova função de Sócrates
O Secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse esta quinta-feira «ter outras preocupações» mas que já «cansa ver a história de que a culpa é sempre do outro». Diz que o José Sócrates «regressou apenas como mais um comentador televisivo», escusando-se a comentar o conteúdo da entrevista que o ex-primeiro-ministro deu à RTP.
«Primeiro, não vi, em segundo lugar tenho como princípio não comentar os comentários dos comentadores.», afirmou
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