sábado, 13 de julho de 2013

CAVACO DESISTE DE MEDIADOR


A notícia de que Cavaco põe de lado figura do mediador é evidencia de que quando este foi referido na comunicação ainda não correspondia a algo já decidido e que a posterior referência a Ramalho Eanes foi abusiva.

Parece que a incompetência continua. Não é sensato tornar públicos projectos e promessas antes de acertar os pormenores que os tornem viáveis. Nada pior para a credibilidade do que tornar públicas ideias que depois não podem ser concretizáveis.

Passos já está a defender-se e a colocar em cheque o PR quando diz que “É preciso trocar declaração de Cavaco Silva por miúdos” E ninguém melhor do que o autor da declaração a pode explicar nos pormenores, para depois não ter de desaprovar qualquer interpretação vinda dos três partidos. Mas mesmo isso não seria correcto porque, no nosso regime democrático, cabe ao poder legislativo, que reside na Assembleia da República, a fiscalização dos actos do executivo.

Também o cronista do Jornal de Negócios, António Costa apresenta dúvidas sobre As saídas de Belém, em que tece considerações merecedoras de reflexão.

Está assim gerado um imbróglio para o qual José Miguel Júdice sugere a solução de “Um golpe de estado ou uma revolução” que instale o “presidencialismo”, mas sublinha que, para isso é preciso que o PR seja «“uma grande figura humanista” que, podendo ser do PSD ou do PS, seja “respeitada pelas elites”. Só um Presidente com esse perfil daria “algum sossego aos conservadores e algum sonho àqueles mais favoráveis à mudança”».

Em conclusão, nos últimos anos, tem ficada bem demonstrado que não bastam sonhos e fantasias prometidas aos portugueses para que a vida nacional passe a ser mais saudável em todos os aspectos. É preciso definir o objectivo pretendido, estudar seriamente os problemas, escolher as melhores soluções, planear, programar as acções concretas e controlar os resultados a fim de ir limando as pequenas arestas que forem detectadas, a fim de os objectivos pretendidos que serviram de alvo ao processo sejam obtidos. Tal metodologia consta aqui desde 4/12/2008, mas já consta de manuais muito mais antigos.

Imagem de arquivo

2 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

Este PR continua a ser um desastrado e cada vez que abra a boca é para dar um tiro no pé. É difícil fazer pior. Um homem destes conseguiria estragar a obra de um bom governo, quanto mais a de um mau.
Lá dizia o Poeta: "Um fraco capitão faz fraca a forte gente"
Rua com ele. Já!

A. João Soares disse...

Caro Fernando Vouga,

Não melhorou desde o tempo do Congresso na Figueira da Foz em que foi eleito Presidente do PSD por acaso sem nada ter feito para isso, a não ser ir fazer a rodagem do carro novo, por acaso, para aquele lado, ter parado para tomar café, onde por acaso estavam uns notáveis do partido que insistiram com ele para ir visitar o Congresso, onde por acaso o elegeram...
Depois veio a moda dos tabus, do pedaço de bolo metido na boda, quando por acaso estava uma jornalista a fazer-lhe uma pergunta, houve também as importantes e urgentes comunicações ao País em época de férias, etc, etc. Nem todos podem nascer fadados para o brilho da sorte.

Realmente um «mediador» seria um boneco pontapeado pelos partidos e pelo PR, sem brilho nem glória, porque a última palavra seria sempre do Professor Doutor de Boliqueime.

De qualquer forma seria bom que este período de um ano deixasse de ser a continuidade da desgraça que se tem vindo a agravar desde há 24 meses, como disse Gaspar e como referiu habilmente o irrevogável Portas. Portugal precisa de acabar com o sofrimento da sua população.

Um abraço
João