Pobreza envergonhada
Por Eugénio de Sá, em 17-10-2014, Dia Universal da Erradicação da Pobreza
Cálida tarde em caldo estio vertida
Na soleira da porta, uma velhinha
Espera pla caridade em frio trazida
Desse frio que da alma humana verte
Quando se estende a mão pra dar um nada
Mostrando no olhar o coração inerte
Esquece-se quem mais pode nesta vida
Que é dolorosa a sorte de quem pede
Porque a humilhação é tanto mais sofrida
Quando a necessidade à vista não se mede
E não se pense que não muda a sorte
Daqueles a quem a sorte bafejou
Porque certezas, só as há na morte!
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sexta-feira, 17 de outubro de 2014
POBREZA ENVERGONHADA
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