Democracia ou ditadura
(Foi publicado em O DIABO de 11 de de Outubro de 2016
Numa época em que muito se fala em democracia, direitos humanos, respeito pelas pessoas, transparência, liberdade de expressão, justiça social, etc. aparecem governantes com actos ditatoriais, autoritarismo, intolerância e que, estranhamente, são aceites e quase justificados pelos seus parceiros internacionais.
È agora o caso das Filipinas, foi recentemente o da Turquia, tem sido repetidamente o da Coreia do Norte, que vêm juntar-se a muitos outros desde a Europa à América do Sul, passando pela África e Ásia. No entanto, os problemas cívicos e sociais devem ser colocados numa prioridade muito acima do alcance das competências de grande parte dos governantes. Tais problemas exigem competência, inteligência e sensibilidade.
Não é fácil. O célebre lema da histórica Revolução Francesa – Igualdade, Liberdade e Fraternidade – contém uma impossibilidade, a da incompatibilidade entre igualdade e liberdade. Para as pessoas serem iguais, não podem ter liberdade de ser como gostam. O resultado de tal conflito de conceitos conduziu a que os líderes saídos da revolução, desejosos que, em nome da igualdade, todos comungassem dos mesmos ideais, não admitiram que houvesse pensadores com a leviandade de usar a liberdade de ter ideias diferentes e as exprimirem publicamente. E, para os calar, puseram a guilhotina a trabalhar. Mas passados 227 anos sobre tal acontecimento histórico e tendo sido adoptado o conceito de democracia, nas palavras proferidas publicamente pelos políticos, já é altura de assumir inteiramente o ideal democrático ou implantar outro que seja aceite. Afinal, para que quiseram destruir as monarquias, se não eram capazes de governar melhor em todos os aspectos da qualidade de vida das pessoas especialmente das mais débeis?
Parece que as Filipinas, como outros Estados, estão a fazer a criação de «novo método de governar», mas que contradiz o conceito civilizacional de Humanidade e respeito pelos outros. No século XXI tem que ser escolhida uma forma aceitável de educar os jovens desviados do bom caminho e desenvolver métodos de informação e de educação das pessoas para vivermos pacificamente em harmonia, espírito de ajuda, de compreensão e evitar ambições com formas selvagens de competição por pretextos insignificantes.
M. - O PR
Há 2 horas
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