(Public em DIABO nº 2314 de 07-05-2021, pág. 16. Por António João Soares)
Vários pensadores, ao
debruçar-se sobre as realidades ocidentais nos aspectos político-sociais, não
escondem o receio de que o futuro seja muito difícil. Já há quem preveja que a
Europa esteja em vias de ser ocupada e há muitos que encontram sinais claros de
que as democracias estão a deixar-se arrastar para ditaduras. Devido à impreparação
de governantes frágeis que se deixam dominar por pressões de pessoas alheias
aos interesses nacionais, isto é, dos cidadãos que constituem as suas nações, e
sobrepondo à defesa das pessoas que dependem de si, a ambição pessoal de
riqueza, poder e vaidade.
Perante isto, um grupo de
militares franceses já fora da actividade (vinte generais, cem oficiais
superiores e mais de mil soldados) escreveram uma carta aberta ao Presidente
Macron, considerando que o momento é sério e o país está em perigo e que, mesmo
aposentados, não podem ficar indiferentes, nas actuais circunstâncias, ao
futuro da sua Pátria, com tão bela história e ricos monumentos, pela qual
cumpriram as obrigações que lhes foram atribuídas.
A sua bandeira contém as
palavras Honra e Pátria. Mas constatam que a honra nacional está com sintomas de
desintegração que infecta a Pátria que sempre serviram e que deve ser honrada
por todos os seus cidadãos e, principalmente, pelos que têm esse dever em todos
os actos da sua função.
A ideia de anti-racismo avança
com o único objectivo de criar mal-estar e ódio entre as comunidades,
impulsionado por apoiantes odiosos e fanáticos que falam de racismo,
indigenismo e teorias anticoloniais, como ponto de partida para uma guerra
racial. Pretendem dissolver o país com as suas tradições e cultura, com o seu
passado histórico.
A discriminação com o
islamismo e grupos suburbanos, com aversão à polícia, materializa intenção da
separação de muitas parcelas, permitindo-lhes comportamentos alheios às
tradições de unidade nacional, embora as leis nacionais devam ser cumpridas em
qualquer lugar e por qualquer cidadão. Têm sido detectados indivíduos infiltrados
encapuzados a vasculhar empresas e a ameaçar as forças policiais. A violência
está a aumentar dia a dia.
Os cidadãos que lideram o país
nos diversos graus da função pública devem, forçosamente, obter a coragem
necessária para erradicar os perigos que esta deterioração e degradação está a
acarretar. Há que aplicar as leis existentes, sem hesitações nem fraquezas. Não
devemos ficar fechados pela força da opressão em silêncios arriscados e
culpados. Todos devemos dar a melhor colaboração às autoridades da segurança,
para que esta cumpra da forma mais eficaz a sua missão, sem receios nem
hesitação.
As autoridades não devem adiar
as medidas repressivas adequadas, porque a situação é grave, o trabalho é
gigantesco e não se pode perder tempo, para não se dar oportunidades ao inimigo
de se reforçar e tornar mais activo e eficaz. O povo, as forças de segurança e
as forças militares devem estar disponíveis para apoiar políticas que tenham
por clara finalidade a salvaguarda da Nação, das pessoas.
Por outro lado, se nada for
feito, a frouxidão continuará a espalhar-se na sociedade, acabando por causar
uma explosão e a intervenção de militares e polícias na perigosa e difícil
missão de proteger valores nacionais e salvaguardar vidas de cidadãos no
território nacional, será muito complexa, por se assemelhar a uma guerra civil.
As autoridades governativas não podem adiar nem agir com meiguices em casos de
violência contra os seus cidadãos. Se não se conseguir evitar a violência, esta
acabará com o actual caos crescente, mas com o alto custo de muitas vidas de
cidadãos, o que será da responsabilidade dos actuais governantes que não
conseguiram evitar a tragédia.
Em democracia, o governo deve
respeitar o povo com transparência e informação adequada para que este actue
correctamente, com confiança e respeito. ■
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