segunda-feira, 27 de setembro de 2021

POLÍTICO EM DEMOCRACIA

Carlos Moedas cumpre primeira promessa eleitoral e diz que é "um homem de consensos"

https://ionline.sapo.pt/artigo/747452/carlos-moedas-cumpre-primeira-promessa-eleitoral-e-diz-que-e-um-homem-de-consensos?seccao=Portugal_i

27/09/2021 12:55 Mafalda Gomes JORNAL I

Moedas explicou que esta é “uma promessa importante” feita a trabalhadores que se sentiam “abandonados”.

Carlos Moedas, eleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa nas eleições autárquicas de domingo, cumpre, esta segunda-feira, a primeira promessa da campanha eleitoral, ao almoçar com os funcionários de higiene urbana do concelho no refeitório municipal dos Olivais.

Moedas explicou, aos jornalistas, que esta é “uma promessa importante” feita a trabalhadores que se sentiam “abandonados”. "Por isso vim aqui hoje, porque lhes prometi. Na sexta-feira disse-lhes: 'Se eu ganhar, venho cá'", contou.

"O sinal é ouvir as pessoas. É trabalhar com as pessoas. Eu sou um homem de consensos, sou um homem que gosta de incluir as pessoas nas decisões", acrescentou.

O encontro com os funcionários tem como objetivo começar a "trabalhar para encontrar soluções para aquilo que são os grandes problemas que hoje se vivem".

NOTA:

SEJA SEMPRE MERECEDOR DOS VOTOS QUE LHE DERAM

Democracia é trabalhar para as pessoas, com as pessoas. É procurar soluções para os problemas ouvindo aqueles que estão dentro deles, que lhe sofrem os efeitos. Não é agir por capricho, porque sabe, quer e faz. Não é fazer promessas fantasiosas que nada resolvem e nem sequer são cumpríveis. Comunicar com as pessoas deve ser para lhes dizer a verdade, para as informar, para lhes dar sugestões do melhor comportamento social. Gosto de ver este primeiro gesto, após a eleição. Desejo que seja um homem de consenso. Assim, um político eleito é merecedor dos votos que recebeu.


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sábado, 25 de setembro de 2021

É DESEJÁVEL ESPERANÇA E OPTIMISMO

Public em DIABO nº 2334 de 24-09-2021, pág 16, por António João Soares

Há muita gente bem informada que pensa, escreve e publica que «vinte anos depois o mundo está mais perigoso», talvez se referindo aos efeitos da  destruição das torres gémeas, mas a verdade parece ser mais dilatada no espaço e vir a ser mais abrangente no tempo. Não gosto de ser pessimista, mas a realidade obriga-nos a dar a devida importância a certas tendências pouco salutares que estão a afectar a vida social pelo mundo fora. Há que fazer tudo para ultrapassar as causas de tal pessimismo e desenvolver sensação de esperança e de optimismo a fim de o futuro se tornar mais risonho e prometedor.

Muitas pessoas pouco informadas mas esperançadas na Providência Divina esperam que haja um milagre, mas Deus deseja que os homens, com a liberdade que lhes é dada, decidam sensatamente o destino da Humanidade. Por isso, cada passo, cada decisão, deve ser precedido de muita ponderação e sensatez.

Num livro de «conversas com Deus» editado há anos, o autor jornalista perguntou a Deus se faz milagres e a resposta foi negativa porque não quer alterar as leis da Natureza que foi bem estruturada. Conclui-se que os homens não podem adormecer e esquecer as suas responsabilidades porque, depois, terão o resultado das suas acções e das suas omissões.

Por isso, não são aconselháveis, actos de terrorismo nem permanentes tricas internas que acabam por afectar a vida sócio-política, o trabalho de empresas mais frágeis e, em consequência, a justiça social, a economia nacional e o desenvolvimento do País. A democracia (o povo é quem mais ordena) deve permitir e incentivar à participação nos actos eleitorais e, nos seus intervalos, fazer críticas adequadas, construtivas a fim de contribuir, democraticamente, para serem tomadas as melhores decisões, estudadas e estruturadas por forma a que as situações recebam o tratamento mais correcto com vista a obter efeito mais inteligente no presente e no futuro de médio e longo prazo. Há que evitar navegar à vista da costa, para não ser vítima de encalhes nos escolhos. Isto sempre a pensar em conseguir o melhor futuro de todos os seres humanos e da Natureza.

Todos temos que estar atentos, criticar e sugerir aos governantes e votar em gente competente e sensata. E esta prudência e sentido de responsabilidade e de amor ao país deve começar pelos governantes que devem constituir o melhor exemplo a seguir pelos cidadãos. Começa por deverem respeitar a função governativa e de administração pública, logo no momento da escolha de colaboradores em que deve haver a máxima garantia de que possuem boa preparação, experiência, respeito pela função e pelo seu efeito nas vidas dos cidadãos, principalmente dos menos favorecidos pela sorte que precisam de ser melhor preparados para merecerem sair do antro da fome e da pobreza.

 Ao admitirem-se funcionários públicos não se deve dar prioridade aos seus laços familiares ou ao partido de que é servidor, mas à sua capacidade de servir Portugal, acima de tudo, mesmo da sua vida e do seu próprio património. O exemplo mais notável da actualidade é o do Exmo Senhor Vice-Almirante Henrique Eduardo Passaláqua de Gouveia e Melo, cujo trabalho tem estado a ser elogiado por muita gente séria e respeitadora dos portugueses e ninguém lhe refere partido ou ideologia ou religião. O seu respeito pelos portugueses, o sentido da responsabilidade das funções que assumiu e o objectivo do seu trabalho têm sido a sua preocupação. Tem provado ser um Português de muito valor e com muito mérito para bem da Nação.

Antes de encerrar o texto, topei um escrito que refere um mal que pode advir da má conduta de um governante que desrespeita a principal norma da democracia, priorizando a sua religião, a sua ideologia, o seu partido e os seus familiares e amigos e, com isso, regressa a um regime feudal há muito posto fora de moda, transformando esta desejada democracia que foi bem intencionada.

 


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sexta-feira, 17 de setembro de 2021

PARA QUE SERVE A ONU

 (Public em DIABO nº 2333 de 17-09-2021, pág 16. Por António João Soares)

 

Vi há pouco a notícia sobre a conturbada situação na Líbia em que eram referidas as palavras o Secretário Geral da ONU a reiterar «a exigência de que todos os combatentes estrangeiros e mercenários retirem da Líbia, e que seja respeitado o cessar-fogo estabelecido em outubro». Também tinha ouvido a sua opinião sobre o que acontecera no Afeganistão e noutros Estados. Mas estas questões não se resolvem com palavras bem intencionadas, mesmo que muito reiteradas.

A globalização que, com a pandemia do Covid-19, pareceu receber um impulso nos seus desejáveis objectivos mundiais, mas os resultados são demorados e precisam de medidas concretas e eficazes que tornem os comportamentos da humanidade mais civilizados e traduzidos em maior respeito pela vida das pessoas, pela Natureza e pelas instituições públicas.

Da ONU, mais do que palavras «reiteradas», precisam de sair objectivos de defesa concreta, por intermédio dos governos de cada Estado e também através de organismos mundiais a ela subordinados, a fim de contribuir para melhorar a segurança e a harmonia em toda a Humanidade. Para começar a haver um futuro melhor deve iniciar-se pelas gerações mais jovens, incluindo nos programas educativos o adequado respeito pelos seres humanos e pela Natureza animal e vegetal, fomentando o civismo, a ética e a moral. As palavras, mesmo que muito sensatas e prudentes e mesmo que muito reiteradas, se não corresponderem a comportamentos desejáveis, não passam de figuras decorativas e inúteis.

O Secretário Geral da ONU pode, com a colaboração de responsáveis internacionais criar actos construtivos e respeitáveis, com finalidade didáctica, mesmo que forçada e algo autoritária com avaliação dos resultados e intenção de adaptação para os melhorar continuamente.

Será aconselhável terminar com a invasão de um país em dificuldades por grupos militares de diversos países que, depois, nada contribuem para a paz e a harmonia social, como se viu no Vietname, no Afeganistão, na Líbia, etc. Os militares são especialistas no uso das armas, mas não é com elas que se devem resolver situações ligadas a desentendimentos sócio-políticos ligados à qualidade de vida das pessoas e ao desenvolvimento e crescimento da economia pessoal dos cidadãos de forma justa e equilibrada, para reduzir as distâncias entre as classes sociais.

Nas reuniões que a ONU realizar para esta finalidade devem participar especialistas na solução de problemas graves através de diálogo para bom entendimento e, para evitar chegar a violências desajustadas, será bom que a vida nacional, em cada estado, seja conduzida dentro de normas morais e de justiça social. Em vez de introdução de forças armadas num estado em dificuldade, devem ser enviados conselheiros competentes e com autoridade concedida pela ONU para fazer cumprir as suas directivas como aconteceu em Portugal com a troika que se impôs no tempo de Passos Coelho para impedir a bancarrota iniciada na parte final do domínio de Sócrates.

Depois do fracasso do Afeganistão, apesar da permanência de militares de várias origens, parece ficar provado que a melhor coisa que a ONU deve fazer é a proibição do fabrico de armas e da sua venda. Com dura punição a quem infringir tal lei. Depois disso, apoiar toda e qualquer tentativa de entendimento, para se dar razão à globalização para a paz e a harmonia global. Será um trabalho válido que justifica a existência da ONU. Portugal deve a sua actual existência à troika. E, se em vez dela viessem militares de diversos países, já não haveria nada do bom passado.

E, para encerrar, deixo aqui um pensamento: «Nascemos sem trazer nada, morremos sem levar nada. E entre a vida e a morte, brigamos por aquilo que não trouxemos e não levaremos. Devemos procurar viver mais, amar mais, perdoar sempre, para sermos mais felizes, por um Mundo melhor, cheio de PAZ.»


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sexta-feira, 10 de setembro de 2021

É NECESSÁRIA SENSATEZ NA PREPARAÇÃO DO PORVIR

(Public em DIABO nº 2332 de 10-09-2021, pág 16. Por António João Soares)


Há dias, soube que um representante da oposição sugeriu ao Primeiro Ministro a conveniência de ser nomeada «gente capaz» para a liderança do Banco de Fomento. No meio de tanta apatia dos portugueses, para tudo o que não seja futebol, esta atitude deve ser considerada exemplar, porque este tipo de sugestões deve ser aceite como dever de cada português. Assim afirmava uma canção do 25 de Abril: «O povo é quem mais ordena», embora o processo eleitoral tenha alterado esse desejo e quem mais ordena são os partidos, que são quem escolhe os candidatos à Assembleia da República. Estes não representam a vontade das pessoas que os elegeram, mas sim dos chefes que os escolheram.

Já há muitas pessoas a exigirem a alteração do processo eleitoral mas, no regime em que estamos, qualquer mudança só será possível se houver uma espécie de «eutanásia» que elimine a cambada escolhida pelo dono disto tudo que decide só a pensar nos amigalhaços que coloca em altas funções em quantidades sem coerência com o dinheiro existente para lhes pagar o trabalho que deviam realizar. E, assim, ignorando as competências, se coloca em risco a existência de um Estado que, há cerca de seis séculos, era admirado e invejado pelo mundo civilizado da época e que, agora, se prepara para respirar o último hálito de uma existência confusa e com forte dívida pública.

Mas, se o Afeganistão dispunha de uma oposição capaz de defender a sua independência, Portugal tem vivido como órfão indefeso, com o povo alheado dos grandes assuntos que o condicionam e deixando os que dispõem de poder usar este a seu bel-prazer e para benefício da matilha que os cerca. Por isso, a posição tomada pelo oposicionista atrás citado deve ser repetida por outros notáveis para despertar o povinho da sonolência a que o submeteram apoiada pela deficiente Educação escolar que incutem nos seus filhos, e pelo contrário, deve torná-lo interessado em observar e criticar os erros que vêm sendo cometidos pelo Governo ao nomear para funções públicas de alta importância pessoas sem preparação adequada, sem competência nem experiência de cuja incapacidade tem vindo a resultar a degradação do País, ao contrário do desejado desenvolvimento e crescimento económico. É preciso sacudir a opinião pública, fazendo despertar a gentinha adormecida e levando-a a agir, pelo menos nas eleições, obedecendo ao velho lema «o povo é quem mais ordena».

Se estamos em democracia, as decisões do Poder não devem ser baseadas em caprichos ou interesses particulares, mas nos grandes objectivos nacionais destinados ao bem colectivo, do povo. E este deve ser considerado merecedor do máximo respeito.

Temos verificado que ministros pouco dotados de clarividência têm sido transformados em luminárias pela propaganda paga pelo Governo que, com tal máquina, consegue iludir o povinho que é crente e obediente aos que o dominam e estrangulam. A maior parte dos portugueses estão a empobrecer, mas os beneficiados do regime continuam a enriquecer e a abusar do poder. 

Mas a preparação de um futuro melhor impõe-se cada vez com mais urgência. Pensemos nas pessoas das novas gerações que não beneficiam da família, dos amigalhaços, dos cúmplices e coniventes. É urgente procurar, com honestidade, seriedade e amor a Portugal, quem seja inteligente, sério, honesto e competente, e dar-lhe os cargos adequados ao seu valor. Assim se criará uma sociedade com ética, sentido de responsabilidade, amor ao trabalho honesto e à dignificação nacional, com solidariedade e respeito multilateral.

 

Deve ser aproveitada a lição da experiência da nomeação do Vice-Almirante Gouveia de Melo para liderar o processo de vacinação cujos resultados têm merecido elogios vindos de variadas origens e até sugestões de destinos mais notáveis na hierarquia nacional.

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COLABORAÇÃO, PARTICIPAÇÃO, SUGESTÃO

COLABORAÇÃO, PARTICIPAÇÃO, SUGESTÃO

(Pubic em DIABO nº 2331 de 03-09-2021, pág 16. Por António João Soares»

Não convém continuar na perigosa situação de degradação em que temos vivido. Há que pensar seriamente na melhor forma de saída. Para isso todos os portugueses devem, dentro das suas capacidades colaborar, participar e sugerir a solução preferível para resolver cada dificuldade que se apresenta. A alegada ignorância das pessoas deve ser ultrapassada pela divulgação dos problemas e as formas possíveis de serem resolvidos e para isso tem grande responsabilidade a Comunicação Social, pela pesquisa e usando a colaboração de técnicos e cientistas.

O primeiro passo deve ser a obtenção da colaboração voluntária e independente de pessoas competentes e experientes e fugir às opiniões de pessoas ambiciosas e egoístas ligadas ao poder por amizades ou outros interesses particulares que possam entrar em conflito com os bem conhecidos interesses nacionais, colectivos. 

Mudar por mudar, sem sensatez nem ponderação, sem um objectivo bem definido de melhoria e desenvolvimento nacional, pode não passar de tentativa de iludir, enganar, a população e, portanto, provocando gastos inúteis e inconvenientes.

A saída da situação de degradação, deu um passo em frente quando, há poucos meses, se terminou com a bagunça da gestão do uso das vacinas e se entregou toda a responsabilidade do assunto a uma pessoa competente, honesta, responsável, séria, com experiência de direcção, planeamento, decisão e controlo de resultados e, passado pouco tempo, mostrou o fruto da sua acção que foi reconhecido pelo próprio Senhor Presidente da República. Isto foi uma prova de que para funções importantes devem ser escolhidas pessoas competentes, experientes e com reconhecida capacidade de gestão e evitadas tentações de fazer favor a familiares, a amigalhaços ou a outros sem as indispensáveis qualidades para o respectivo desempenho.

O Senhor Vice-Almirante Henrique Eduardo de Gouveia e Melo deu uma boa lição aos governantes acerca dos cuidados a ter na escolha de pessoas para funções públicas. Se este caso for bem ponderado, Portugal terá oportunidade de começar a sair da crise e, dentro de poucos anos, terá recuperado a sua antiga imagem entre os outros Estados.

Com respeito pelas pessoas e escolha de bons dirigentes para os diversos sectores, o regime anterior, sem impostos elevados e com poucos impostos secundários, não tinha dívidas, deixou uma boa poupança e construiu, quartéis, hospitais, escolas primárias em quase todas as aldeias, tribunais, estradas, pontes, barragens, etc. Agora permite-se a multiplicação de milionários, corruptos e, desgraçadamente, muitos pobres e sem-abrigo.

Será bom que Portugal passe a ter a categoria que teve outrora e que os elogios de Camões e de outros factos históricos não nos cause demasiado desgosto pela situação actual. Para isso é preciso que os partidos exijam boa preparação dos seus membros a fim de não continuar a haver quem diga como Vítor Rainho. «Portugal tem tudo para ser um sucesso, mas nunca há de sair da cepa torta devido aos políticos que tem». O relançamento do País, na senda do desenvolvimento e do prestígio internacional, depende da colaboração, participação, sugestão de todos os portugueses, pelo que há que reformular a educação e o papel construtivo da Comunicação Social para dar-lhes liberdade e estímulo para isso.

Há quem argumente que faz falta o serviço militar obrigatório, mesmo que seja apenas de três meses, para que a população em geral passe a ter respeito pelos outros, solidariedade, honradez, honestidade, sentido de missão, conhecimentos de planeamento e de estratégia, etc. Há até quem coloque a hipótese de o SNS ser enquadrado por militares. E já se fala de o Hospital Militar de Doenças Infecto-contagiosas de Belém, regressar para a dependência das Forças Armadas, pelo menos enquanto houver a ameaça de pandemia. Os militares sempre se preocuparam em ser o espelho da Nação, pelo que têm direito ao prestígio que merecem, como bem demonstrou pela sua eficiência, o Senhor Almirante Gouveia de Melo.


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