(Public em DIABO nº 2355 de 18-02-2022, pág 16. Por António João Soares)
Os «sábios» da política desperdiçam precioso tempo a discutir soluções tomadas que não eram correctas, em vez analisarem as causas do fenómeno e optarem pelas soluções mais ajustadas que teriam dado o resultado desejado. É fundamental conhecer as causas para actuar sobre elas de forma racional e obter o resultado desejado. Qualquer decisão deve partir da opção do objectivo a alcançar, a seguir, conhecer os factores constantes do problema a resolver e das suas causas e preparar a evolução pretendida. Não se devem desperdiçar energias a discutir decisões tomadas ao acaso ou na sequência de qualquer capricho inadequado.
Após a acção, se for detectado qualquer pormenor indesejado, devem ser bem analisadas as causas do erro e registá-las a fim de não mais se repetir o mau procedimento cometido e deve-se difundir pelos elementos da equipa a informação que contribua para melhorar as suas competências. Errar é humano mas a repetição de um erro constitui uma falha imperdoável. E, em vez de agredir o autor de um erro, deve-se ensinar o procedimento correcto para que erros semelhantes não voltem a ocorrer na mesma equipa.
Ao escrever estas palavras, penso que a preocupação de lutar contra as alterações climáticas sem querer meditar sobre os efeitos provocados pela poluição produzida pelas inúmeras e variadas causas das diversas epidemias ocorridas desde o início do século passado foi uma falha, por estas terem acontecido em períodos em que as tecnologias ocasionadoras de maior nível de poluição electromagnética tiveram maior projecção. Na época actual, as alterações climáticas, que coincidem com a pandemia do covid-19, podem ser reacção natural ao desenvolvimento de variados sistemas de automatismos que usam sensores e radares permanentemente em funcionamento. Há muitas tecnologias no sector. Por exemplo, um automóvel moderno dispõe do GPS e de vários sensores que alertam o condutor da proximidade de algo estranho com que o carro pode chocar numa manobra ou num desvio de rota. Também os sistemas de automatismo estão difundidos por muitos movimentos de fecho e abertura de portas, de luzes que acendem e apagam espontaneamente, etc, etc, e são produtores de poluição electrónica. E a Cintura de Van Allen, que vigia o sistema solar, está atenta às alterações da qualidade do espaço e reage.
Como uma radiação electromagnética é nociva à vida, saibamos que qualquer parte do nosso corpo, está a ser atingido, em permanência por biliões de radiações emitidas em qualquer parte do mundo. Isso explica que um telemóvel recebe uma chamada vinda de qualquer lugar do planeta, chamada que foi emitida em todas as direcções por o emissor não saber a localização do destinatário. E essa emissão passou por inúmeros retransmissores que poluem cegamente todo o espaço que nos envolve. A vida humana, animal e vegetal está a sofrer esses efeitos maléficos e já há cientistas que têm dúvidas sobre a duração previsível da vida actual no Planeta.
E não se podem esperar milagres para evitar os efeitos de tais erros humanos. Deus não faz milagres, porque não vai alterar as leis e regras que criou para o funcionamento da Natureza. Deu-nos conselhos e mandamentos para termos um comportamento mais racional, consciente e de respeito pela Natureza. Se não cumprirmos esses deveres temos de suportar as consequências. A religião quer que os seus crentes sejam responsáveis e essa lógica justifica a pena do inferno. Cada um terá na sua vida os efeitos que o seu comportamento causou. Não podemos culpar os efeitos, mas cuidar do devido tratamento das causas, em tudo na vida.
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