(Public em DIABO nº 2371 de 19-08-2022, pág 16, por António João Soares)
Portugal dará possibilidade de ser realizada esta reunião mundial de jovens na primeira semana de Agosto do próximo ano. Este encontro de jovens constitui um salutar contributo para o bom entendimento social da humanidade. Serve para avivar o preceito religioso «respeitai os outros e amai-os como irmãos», este afecto que nos deve unir na harmonia social global, ultrapassando diferenças raciais e evitando ódios, invejas, vinganças, violências e muitos males de que a humanidade enferma e que deve merecer o máximo carinho de todos os serviços públicos e todas as religiões. O Papa pretende apoiar com a sua presença e seria desejável que outras religiões também se unissem no mesmo acto, esquecendo comparações, competições e rivalidades e procurando evitar violências e conflitos sociais e internacionais.
O respeito pelos outros, apesar de diferenças, o perdão de actos de antigas rivalidades estão aconselhados na segunda parte da trivial oração «Pai Nosso». Cumpramos os mandamentos constantes da religião.
Costumo referir o convívio semanal de um grupo de amigos, em que grande parte, são de origem viseense, como um exemplo a seguir na humanidade. E esta Jornada constitui, a outro nível, um caso semelhante que está a merecer a atenção mundial. A jornalista Rosália Amorim refere que nos organismos do Poder houve dificuldades levantadas quanto a problema financeiro, factor ambiental, localização e ainda bem que o problema foi analisado sob todos os aspectos como deve ser feito na preparação de qualquer decisão. Mas parece que tudo está já assente e definida a distribuição de competências e atribuições dos diversos afazeres. Esperemos que as condições de segurança se preparem para evitar qualquer discórdia entre tantos jovens e reduzir as condições de que alguma surja.
Portugal vai ser posto à prova e deve preparar-se para sair muito beneficiado na sua imagem de «paz e de segurança» bem conhecida dos muitos turistas que nos visitam.
Sobre a imagem de paz e harmonia atribuída ao nosso país devemos defendê-la e reforçá-la o que não pode dar motivos a desculpas posteriores com as habituais palavras vazias a que estamos habituados. Ainda agora, a propósito da morte de uma criança num Rali na Madeira, houve quem, em vez de ter aconselhado cuidados nas estradas e suas imediações, se limitou depois a usar o alto meio de comunicação a que tem acesso para «apresentar as suas sentidas condolências, neste penoso momento». Vale mais prevenir do que remediar.
Mas há situações tão graves que não seja possível e conveniente encarar preventivamente, e o alerta pode não ter a utilidade desejada. Mas as medidas preventivas não exigem publicidade. A própria «ONU avisa que a última escalada de violência em Gaza só pode piorar a sua própria situação humanitária». Mas a loucura dos políticos leva-os a ficarem ofuscados com as supostas vantagens de um acto violento e nem olham para outras soluções mais sensatas, pacíficas e harmoniosas. As palavras são, muitas vezes, usadas pelos políticos de forma pouco adequada às situações e mais parecidas com as dos representantes da Comunicação Social que, em vez de pretenderem informar e esclarecer a audiência, espalham promessas ilusórias que embrutecem as mentes dos destinatários deixando-os iludidos com a gravidade das situações e incapazes de uma reacção adequada aos factos inesperados.
Forças responsáveis por garantir a segurança e a paz, não podem deixar de meditar nas piores situações que poderão vir a ocorrer. No caso inicialmente referido, há que ser realistas, para não deixar passar hipóteses, como a de, entre tanto jovem, aparecer um bem disfarçado com intenção de acto que destrua a boa intenção dos organizadores da reunião. Oxalá tudo decorra bem e a merecer elogios.
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