sábado, 29 de outubro de 2022

VIVER É CONVIVER

Viver é conviver

(Public em DIABO nº 2391 de 28-1o-2022, pág 16, por António João Soares)

Vivemos todos num mesmo planeta com múltiplas relações directas ou indirectas que nos condicionam a vida quando são violentas ou mesmo conflituosas. Devemos todos, através dos governantes, procurar conviver harmoniosamente com diálogos de amizade a fim de a vida decorrer melhor. Os ambiciosos e sedentos de poder e obtenção de fortuna por qualquer forma, devem ser ensinados a resolver os seus problemas sem faltar ao respeito e às boas regras de civismo, segundo a boa ética.

Felizmente, já tem havido casos em que Estados que têm vivido a sofrer dificuldades com grupos menos civilizados, mas que já conseguiram mostrar vontade de passar a viver pacificamente, dialogando como pessoas civilizadas e geridas com boa ética.

Por exemplo, Israel acordou com o Líbano eliminar o conflito com o Hezbollah. Este acordo vai gerar estabilidade e prosperidade à região, dando mais segurança e progresso aos habitantes locais. A União Europeia saudou o «espírito construtivo» que levou a este acordo.

Em Moçambique, segundo notícia recente, mais de 800 guerrilheiros da Renamo serão desmobilizados graças a acordo.

Quanto à guerra Rússia-Ucrânia, a China que tem mantido boas relações com a Rússia, embora ou por isso, diz-se preocupada e insiste no apelo ao diálogo, para respeito dos interesses dos Estados afectados e a procura de uma solução aceite por todos, a fim de se criarem condições para um futuro harmonioso com base no diálogo.

O líder da Junta militar, do Tchade, general Mahamat Idriss Déby, na África Central, está a esforçar-se por conseguir um governo de unidade nacional para breve. Recentemente, o conflito de Darfur no Sudão atravessou a fronteira e gerou o conflito entre Chade e Sudão, com milhares de refugiados a viver em acampamentos no leste do país. Atualmente, o Chade é um dos países mais pobres e com maior índice de corrupção no mundo. A maioria de sua população vive abaixo da linha de pobreza

A União Africana pede que os envolvidos no conflito etíope se comprometam com a paz. Guterres, líder da ONU, não se cansa de aconselhar o diálogo e a negociação a fim de se manter a harmonia dentro dos estados e entre eles. Tem enviado funcionários para aconselharem os governos ao culto da paz, da convivência e da cooperação entre os povos. Será bom que possam trocar opiniões construtivas e coerentes focadas num futuro harmonioso, sem intolerância nem conflitos. Não há paz sem respeito pelos direitos humanos. Isto aplica-se dentro dos Estados e entre eles. A guerra tem custos muito elevados que ultrapassam as «vantagens» que os vencedores possam obter. O artigo «Guerra e crise económica criam mais de quatro milhões de crianças pobres» não aparece por acaso e merece ser lido pelos governos que tanto investem em armamento e outros materiais bélicos.

O dinheiro não dá felicidade embora possa contribuir para ela. Quando se morre não se leva e pode ser deixado a quem não lhe saiba dar o emprego mais conveniente. Há casos raros de gente que sabe dar-lhe destino destacável como diz a notícia «Família Besos doa 710 milhões a centro de investigação contra o cancro». Mostra muita generosidade e vontade de contribuir para a pior doença que tira muitas vidas. Porém, isto pode não trazer tanto benefício como aparenta, porque a saúde está sendo um pretexto para o aumento de lucros de farmacêuticos e de médicos que, em vez de terem como objectivo a cura de doenças, procuram manter os clientes reduzindo-lhes o sofrimento mas sem eliminar a doença. Os medicamentos que curavam rapidamente pequenos males foram retirados do mercado e substituídos por outros que atenuam as dores mas tornam permanente o mal que reaparece quando o tratamento é interrompido.

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terça-feira, 25 de outubro de 2022

A RELIGIÃO E O COMPORTAMENTO SOCIAL


 (Public em DIABO nº 2390 de 21-1o-2022, pág 16, por António João Soares)

As religiões foram criadas para condicionar positivamente os comportamentos sociais mas, com o decurso dos tempos, nem toda a população seguiu os conselhos que lhe foram dirigidos. Por exemplo, ouvindo-se na Internet rezar o terço em que os crentes repetem as orações mais correntes, houve quem desabafasse dizendo que estavam a papaguear as orações sem fazer ideia do significado das palavras que estavam dizendo e houve quem aproveitasse para lhe perguntar o que pretendia dizer.

E ele prestou-se a explicar, perguntando-lhe se sabe os três ou quatro conselhos que devemos colher da segunda parte do «Pai Nosso». Não deu resposta e o amigo explicou que o texto está elaborado como pedidos ao «Pai» mas, interpretando estes, extrai-se, o que é útil para a ética social, cumprir os tais conselhos. Entretanto, apareceu um sacerdote a quem foi feita a mesma pergunta e não obteve resposta.

Então continuou a sua explicação. O primeiro conselho é não ser ambicioso nem ganancioso e contentar-se com o necessário para viver cada dia que passa, ter «o pão nosso de cada dia». O segundo conselho é que não devemos ser quezilentos, devemos ser respeitadores dos outros, das suas ideias e opiniões e desculpá-los, tal como queremos ser desculpados para vivermos em paz e harmonia. O terceiro conselho é não sermos ambiciosos, não nos deixarmos «cair em tentação» o que pode significar evitar o alcoolismo, os sedativos, a corrupção, etc. O quarto conselho, que resulta dos três anteriores, é que devemos evitar o mal, qualquer tipo de mal, qualquer situação de perigo.

É curioso como todos estes conselhos estão concentrados em parte de uma oração tão conhecida e os crentes e os próprios sacerdotes não estão familiarizados com eles. Penso que seria bom que a divulgação fosse realizada para melhorar a ética social que, segundo muitas pessoas cultas dizem, está em perigosa decadência, a ponto de o coeficiente de inteligência na média das populações ter descido muito nos últimos vinte anos.

Há dias, a propósito dos cuidados com a saúde, li que temos o direito que respeitem a nossa saúde mas nós temos o dever de cuidar dela. E o cuidado com o que comemos e bebemos é o principal factor da saúde.

Aquilo que atrás ficou escrito, bem como os mandamentos e muitos outros ensinamentos que constam dos escritos religiosos deviam ser difundidos e explicados aos crentes para se aperfeiçoar o seu comportamento social. Este efeito será mais útil do que o conhecimento incompleto de escritos muito antigos que nada de útil e prático ensinam para melhorar o nível dos comportamentos.

Agora está em marcha o desenvolvimento da harmonia entre religiões e seria bom que se gerasse um bom entendimento com atitudes mútuas de respeito e tolerância pelas diferenças de cultos e aspectos festivos. Amemo-nos como irmãos e aceitemos as diferenças, para podermos conviver harmoniosamente neste nosso planeta.

Não há dúvidas de que a vida em paz e harmonia, com as outras pessoas constitui um dever de todo o cidadão, contando sempre com a colaboração, a ajuda e o socorro em caso de necessidade de apoio de outras pessoas. Isso deve ser uma posição colectiva e permanente. Felizmente, essa filosofia já foi publicamente defendida por alguns países, onde até foram iniciados movimentos a defender a abolição de armas e outros instrumentos que possam ser utilizados para agressões, quer na violência doméstica quer no relacionamento com pessoas estranhas.

Será bom que haja pessoas da igreja, das escolas e da segurança social que divulguem comportamentos geradores de paz e harmonia, que as forças de segurança nacional atuem em conformidade e a justiça seja rápida e rigorosa da punição de infractores, sem meiguices de tolerâncias e de pouca acção. O respeito pelos outros é imperioso, mas é importante que todos sigam a mesma norma, incondicionalmente.


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sexta-feira, 14 de outubro de 2022

FOMENTAR A ÉTICA NA HUMANIDADE

(Public em DIABO nº 2389 de 14-1o-2022, pág 16, por António João Soares)

A Humanidade está em mudança, como tudo na vida, mas, sem uma estratégia bem orientada, coerente e eficaz, pode descambar para uma crise final, mesmo sem impedir a sua exterminação, como já existe alguém a recear esse desfecho. Porém, para evitar esse destino ou o adiar, por mais uns tempos, convém mentalizar as pessoas começando pelos mais jovens, desde a instrução primária, a respeitarem o pensamento dos outros e a pensarem em defender o culto da ética e a aceitar uma estratégia clara e eficaz, extensiva a toda a população global por forma a que as pessoas aprendam a viver em paz e harmonia, sem ambição, sem invejas nem ódios, sem violências, resolvendo tudo com amizade e colaboração. Para isso, são indispensáveis governantes, sensíveis, competentes e coerentes na arte de dirigir grandes instituições com capacidade de gerir a formação ética da população.

Infelizmente, a história, de acordo com os textos existentes, mostra que a humanidade se habituou desde os primeiros tempos na competição e na procura de melhores condições do que as do vizinho e sem pensar na boa convivência, nem na boa orientação para a boa colaboração e entreajuda. É altura de tentar alterar os comportamentos para uma forma mais moderna e civilizada. Houve sempre desentendimentos indesejados e conflitos que travaram a evolução da sociedade e condicionaram o desenvolvimento. É certo que houve iniciativas construtivas, dispersas, mas não mereceram a aprovação geral. No meio de tais boas intenções apareceram oportunistas ambiciosos que não hesitaram em obter benefícios pessoais, sem olhar à custa de quem e prejudicando os generosos obreiros.

Os erros do passado, em vez de servirem de lição para serem procuradas novas e melhores soluções e criar a evolução para uma sociedade mais harmoniosa e pacífica, em que a felicidade seja mutuamente desejada e apoiada, serviram para invejas, ódios e conflitos, por vezes, com destruição de vidas e de património. Nesses casos, erros foram repetidos por pessoas sem inteligência desenvolvida, incompetentes e sem capacidade para verdadeiras e correctas inovações. Na generalidade dos textos que tenho publicado, procuro fomentar sugestões e influência nas decisões dos responsáveis públicos por forma a contribuírem para a condução da mentalidade dos humanos para abandonar os maus hábitos e adoptar estratégias claras, coerentes e melhorando a vida social. Tais sugestões devem servir para aperfeiçoar os sistemas de ensino, de saúde, de justiça e outros a fim de contribuírem para que a humanidade avance com ética para uma fase mais evoluída e promissora de boa colaboração social para uma vida mais respeitadora e colectivamente colaborante e harmoniosa.

 Apesar da minha fraca capacidade de influência e de os meus pensamentos não terem convencido a generalidade dos altos detentores do poder de decisão, tenho insistido na sua expressão e tenho recebido sinais de que são apreciados por pessoas de responsabilidade. Não quero desistir da boa intenção de contribuir para melhorar a ética das pessoas, porque esse deve ser o dever de cada ser humano, mesmo que não veja os desejados efeitos.

Mas o principal papel cabe a governantes e funcionários públicos, persistentemente, até verem os resultados na vida nacional.

A principal via a utilizar cuidadosamente é a educação, quer escolar quer em diversos grupos de jovens, para o desenvolvimento da cidadania, dentro do conceito de democracia em que o povo deve estar devidamente informado de que tem nas suas mãos o poder e deve ter consciência do dever de o exercer, com ideias sugestivas de desenvolvimento e inovação e com propostas e sugestões para ajudar os governantes a decidir sobre problemas da sua responsabilidade, mas de que não tem perfeito conhecimento. E o voto deve ser efectuado com consciência dos efeitos convenientes para a mais profícua evolução da sociedade que deve ser apoiada por todos os cidadãos, isto dentro das noções da boa ética democrática.


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segunda-feira, 10 de outubro de 2022

A SEGURANÇA DOS CIDADÃOS ESTÁ A AGRAVAR-SE

(Public em DIABO nº 2388 de 07-1o-2022, pág 16, por António João Soares)

As instituições públicas devem dar mais atenção ao ambiente de segurança em que vivem os cidadãos, porque a violência está a aumentar e, quando isso não é travado com eficiência logo que surgem os primeiros sinais, depois os efeitos são difíceis de controlar sem graves perturbações quer pela Forças de Segurança quer pela Justiça. E esta está produzindo efeitos muito demorados para questões que exigem ação mais rápida.

Como o agravamento da violência está mais visível nos jovens, há que dotar as escolas com actividades formativas que os preparem para agir com civilidade perante os familiares e os colegas e amigos em todos os momentos, quer nos jogos de tempos livres quer nos convívios nocturnos, afim de se tornarem adultos exemplares com educação, competência e sentido de responsabilidade.

Por vezes, aparecem com ferramentas que usam para agredir familiares e outras pessoas, mesmo a agentes da autoridade, evidenciando falta de consideração e de respeito pelos outros, qualidades que devem ser desenvolvidas por todos por forma a que a sociedade seja constituída por pessoas que actuam de forma geral, mútua e partilhada em convivência harmoniosa, pacífica e amigável.

É lamentável que os governantes, em vez de procurarem forma de reduzir o risco de segurança das pessoas, indo ao encontro de soluções que melhorem os comportamentos dos mais jovens a fim de entrarem para uma sociedade mais segura e respeitadora do seu semelhante, estão a querer lutar contra as alterações climáticas sem imaginarem sistemas que melhorem o funcionamento das forças da Natureza. E dão força aos jovens para continuarem com decisões pouco racionais que ainda agravam mais a pior poluição da atmosfera, que é a constituída pelas radiações electromagnéticas que, ultimamente, viram um crescimento abismal com invenções nas tecnologias radioeléctricas. Hoje já não se dispensam inovações de automatismos com sensores para todos os efeitos.

Por exemplo, um automóvel tinha um radar para evitar choques frontais, agora há radares para detectar aproximação para a marcha atrás, para a esquerda e para a direita, etc. Ora, um sensor está a emitir permanentemente radiações que poluem a atmosfera.

Os vulgares telemóveis, quando fazem uma chamada, irradiam para todo o globo terrestre, porque o destinatário pode encontrar-se em qualquer ponto do país ou do mundo!

Há uma enorme quantidade de aparelhos que transmitem através de redes de retransmissores que são distribuídos por toda a superfície do planeta e que, além de serem prejudiciais para a saúde, tornam mais difícil o funcionamento de redes de telecomunicações essenciais. Há técnicos que alvitram que seja eliminada a maioria, quase totalidade, de tais retransmissores e que se regresse às actividades mais seguras de alguns anos antes, mas não há homens do poder com coragem para decidir uma coisa tão desagradável para as pessoas que tanto se têm habituado a tais facilidades.

Desta forma, falar no combate às alterações climáticas, dificilmente passa de fantasias sem resultados esperados. Porque não basta reduzir o óxido de carbono e esse até é, em grande parte, eliminado pelas árvores

Mas garantir uma melhor segurança para os cidadãos, é tarefa mais acessível e indubitavelmente útil, desde já e quando se pensa em criar um futuro mais útil e mais agradável para as pessoas e para o ambiente ecológico. Procuremos uma vida mais harmoniosa sem violência nem guerra, sem invejas nem ódios, sem corrupção nem negócios ilícitos e sem agravar a poluição por radiações electromagnéticas.

 


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