(Public em DIABO nº 2392 de
04-11-2022, pág 16, por António João Soares)
Conhecer a História
constitui uma elogiosa vantagem cultural, na medida em que nos dá saber que nos
ajuda a perceber muita coisa que aconteceu no passado e a compreender o
emaranhado de causas e efeitos e nos dá capacidade de podermos planear o
futuro, mas sem copiar do passado. A Humanidade não deve estagnar, sempre igual
ao que era, mas a História pode ajudar a inovar coerentemente para novas acções
e atitudes que se ajustem correctamente às condições actuais, a caminho de um
futuro melhor, e com recusa de repetir erros antigos.
A estagnação não faz
parte da vida, sendo necessária evolução. Mas, actualmente, há muitos políticos
com falta de preparação e de inteligência que preferem dar continuidade à
estagnação e não dar oportunidade à evolução. Vemos exemplos disso em vários
países que foram grandes, como o Irão que deseja voltar a ter o valor em área
geográfica e em poder da sua antiga Pérsia, a Turquia também quer alargar a sua
área. E, agora, vemos a Rússia que quer alargar a sua superfície para o Leste
europeu. E aqui, há quem explique não apenas pela debilidade mental do líder,
mas por aludidos problemas de saúde física e psíquica que o levam a cometer
crimes contra a vida humana de ucranianos, de forma inconcebível, mais própria
de grupos terroristas mas inadequadas a um Grande Estado, e imprópria de ser
humano consciente, respeitador da vida e com um mínimo de ética.
Dar largas à ambição de
retomar grandezas da história por formas menos respeitadoras de povos vizinhos,
é impróprio de seres dignos.
Recordo uma leitura
pouco recente que nos mostra um grande Estado que não tem dado motivos de
crítica, mas sim de admiração e de inveja pelos seus sucessivos êxitos em novas
indústrias, no crescimento económico e nas melhorias da sua vida interna, com
maravilhosas estradas e exuberantes vias ferroviárias. A China, há cinco
séculos, vivia pobremente no seu território, com uma economia rudimentar e os
seus dirigentes ficaram espantados com o aparecimento dos navegadores
portugueses, nos seus movimentos por aqueles longínquos mares. Foram contactos
muito interessantes que abriram os olhos e as mentes curiosas daquele povo que
decidiu alterar o seu modo de vida e lançar-se num novo estilo, imitando os
ocidentais que tomaram como exemplos a seguir.
Mas tais inovações
foram assumidas com tanta ênfase que durante todos estes séculos, não
esmoreceram e, hoje, a China dá lições ao mundo. E fá-lo sem
basófia e sem ostentação, nem guerras, nem violências. E, há dias,
propôs a iniciativa para promover a segurança de todos os Estados. Já não se
limita ao seu desenvolvimento e à exportação dos produtos da sua indústria, mas
quer difundir o seu sistema de vida para um relacionamento com segurança com
solidariedade e bom entendimento com os outros.
Fica a cada um de nós
fazer a comparação com a Rússia actual ou com os Estados Unidos da América que
colocam o seu objectivo em construir novas armas para vender a outros Estados e
a grupos de terroristas que as utilizam para actos de violência. A China, em
vez de espalhar ferramentas de morte, procura promover a segurança entre todos
os Estados, para que evitem violências e passem a viver com bom entendimento
entre todos.
Assim, sem armas e com
bom relacionamento, temos o caminho aberto para construir um maravilhoso futuro
risonho e pacífico, sem os crimes contra a humanidade que estão a acontecer na
Ucrânia.
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