quarta-feira, 20 de setembro de 2023

A HUMANIDADE ESTÁ EM EXTINÇÃO?

(Public em O DIABO nº 2437 de 15-09-2023, pág 16. Por António João Soares) Há poucos anos, um artigo de jornal da autoria de um experiente médico reformado colocava tal previsão depois de referir algumas atitudes públicas noticiadas acerca de casos ocorridos sem reacção dos poderes políticos. Mais recentemente, essa dúvida surge reforçada com demasiadas atitudes de aspecto humanamente criminoso. Por exemplo, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia em vez de ser terminada com acordo entre as partes baseado em apoios internacionais de potências que deviam ser respeitadas devido ao seu elevado potencial militar, continua sempre activa a provocar danos materiais e perdas de vida que deviam ser evitadas. Potências que deviam colocar-se nessa função pacífica, estão a aproveitar-se do conflito para obter vantagens financeiras do fornecimento de armamentos e munições de que resultarão mais homicídios, a juntar aos muitos já ocorridos. Infelizmente, vê-se que os dirigentes dos Estados, em vez de se interessarem por criar um ambiente de paz e de harmonia social, colocam acima dos direitos humanos dos seus cidadãos e dos estrangeiros a pressão do vil metal. Colocam a humanidade a servir de instrumentos de produção de riqueza para se considerarem dominadores do mundo Em vez de procurarem contribuir para um futuro e um mundo mais pacífico e mais harmonioso procurando que todos os cidadãos dêm as mãos em colaboração para todos construirmos um Mundo melhor em que possamos viver amigavelmente como irmãos com grandes objectivos partilhados por todos, com a possível igualdade e liberdade, sem raivas, nem invejas, nem ambições, nem ostentações, nem necessidade de corrupção ou de pagar favores. A construção de um mundo melhor, com ética, moralidade, verdade e respeito mútuo, tem que ser obra criada com a participação colectiva, sem limites geográficos nem de fronteiras políticas. A ONU deve ser a mãe dessa obra absolutamente necessária e respeitável por todos, sem excepções. Quem não alinhar neste projecto não merece ser respeitado como respeitado como ser humano e deve ser considerado autor do existente projecto de eliminação da espécie humana da superfície do planeta. Tal projeto deve ser colocado no balde destinado à reciclagem do mundo que devemos desejar e cujos traços tenho aqui vindo a esboçar. A exterminação prevista por alguns pensadores pode decorrer nas gerações dos nossos filhos ou netos, mas seria desejável que lhes deixássemos de herança a ideia da criação de uma nova humanidade em que pudessem viver sem violências como aquelas que estão acontecendo por todo o planeta e pudessem ser os iniciadores de seres humanos mais respeitáveis do que os seus antepassados. É de lamentar que apareçam activistas para muitas actividades públicas sem real benefício para as populações mais desfavorecidas e não surjam pessoas que ajam para bem do sociedade em geral e que incidam nas formas de educar a juventude para agir conscientemente na transformação da população para gerar movimentos altamente positivos para a construção de uma sociedade para criar um mundo mais coeso e dedicado ao espírito de bem-fazer de forma coordenada em favor de de um futuro mais seguro, harmonioso e pacífico em que as pessoas fossem dedicadas em agir correctamente em benefício recíproco sem competição para actuar contra os objectivos aceites colectivamente. Em vez de armas e objetos contundentes deve fazer-se aquisição de sistemas que produzam educação, cooperação e construção de coisas úteis para uma evolução que torne o mundo melhor onde tudo seja para bem de todos e de cada um. Os serviços de comunicação social deviam rever as suas finalidades e deixarem de perder tempo com propagandas de ninharias sem a mínima utilidade social para evolução da actividade mental dos seus espectadores, em vez de desenvolvimento e ampliação das capacidades mentais para evolução de actividades competitivas que apenas servem como ferramentas financeiras para criar ricaços.

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