Protesto mundial anti-hugo chávez em 46 países
CM. 06 Setembro 2009 - 00h30
Milhares de pessoas saíram este fim-de-semana à rua num denominado ‘Protesto Mundial Não Mais Chávez’, organizado através das redes sociais da internet e que decorreu simultaneamente em 144 cidades de 46 países. Quito, no Equador, foi uma delas.
NOTA: Os ditadores e a generalidade dos governantes autoritários e arrogantes, acabam por perder a sensatez de observar as realidades com clareza e objectividade, e por olharem apenas para o próprio umbigo (ou conta bancária). Não se apercebem que o mal-estar gerado por erros de governação começa a alastrar e a contaminar a fruta boa e, a certa altura, surge um pequeno facto que serve de tumor de fixação de todas as células contaminadas e é o fim. Normalmente, todos os ditadores caem por causa do efeito de massa que tomou consciência do seu poder perante a concretização no tal «tumor de fixação».
Na Venezuela a espoleta pode ter sido a repressão da comunicação social e, cá, o caso TVI não fará cair o Governo porque já atingiu o seu prazo de validade, mas terá consequências nos resultados eleitorais. Se o Secretário-Geral do PS se sentia incomodado com o programa da Moura Guedes, e nem quis fazer um debate na TVI, agora parece dar mostras de se sentir mais incomodado com o encerramento do programa.
Embora haja políticos que defendam que política e ética são líquidos não miscíveis, será sensato não ignorar regras éticas e procurar evitar ferir valores consagrados.
domingo, 6 de setembro de 2009
Protesto anti-Chávez
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A. João Soares
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sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Medo versus confiança
É comum ouvir-se que os comportamentos das pessoas e dos Estados são condicionados por duas baias o amor ou confiança por um lado e o medo pelo outro. Se nos deixamos influenciar pela confiança, o relacionamento com os outros é harmonioso e dialogante, se nos deixamos dominar pelo medo o instinto de defesa conduz a desconfiança, agressividade, e reacções menos amistosas.
Na vida internacional, já nenhum estado suporta um vizinho com intenções neo-colonialistas ou imperialistas de domínio e asfixia.
Na América Latina, a Venezuela do Hugo Chávez está a afastar-se da confiança e a aproximar-se do medo que certamente sente e do que faz sentir aos vizinhos. A forma como expressa a sua aversão aos EUA e aos vizinhos mais próximos, começando pela Colômbia, estão cada vez mais visíveis.
E como com vinagre não se apanham moscas, o Brasil mostra estar farto daquele país mais pequeno que está a abusar de ter petróleo. Enquanto internamente «agressões a jornalistas aumenta tensão entre governo de Chávez e imprensa», da parte do Brasil vêm as notícias «Lula da Silva reclama junto de Hugo Chávez o pagamento de exportações brasileiras» e «Senado condena «escalada de autoritarismo» e «perseguição à imprensa livre» na Venezuela» que evidenciam um clima hostil entre os dois Estados e de perigo de conflito entre eles em que a Venezuela poderá sair muito lesada devido às grandes fragilidades apresentadas pelo seu potencial económico demasiado concentrado no petróleo.
Oxalá o computador «Magalhães» vá levar capacidade de raciocínio sensato aos apoiantes de Hugo Chávez, porque se é certo que conseguiu legislação para ser reeleito até à morte, esta pode surgir sem esperar legislação especial. A oposição interna parece ser explosiva e piorará com as repressões à comunicação e à liberdade de expressão. Hoje os povos estão de olhos mais atentos e perspicazes e não toleram tais exemplos de autoritarismo e arrogância. É preciso recordar que mesmo em fins do século XVIII, quando a informação era mais restrita, foi feita Revolução Francesa.
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A. João Soares
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quinta-feira, 16 de agosto de 2007
Venezuela gera preocupações
Apesar dos discursos ousados de Hugo Chávez e das suas manifestas ambições de liderar a América Latina e de aproveitar o estado de saúde de Fidel para influenciar a política de Cuba, atraírem simpatias de algumas pessoas com tendência para aplaudir tudo o que é anti-americano, os sinais que chegam da «pequena Veneza» estão a gerar preocupações aos observadores mais atentos e imparciais. A frase "os povos felizes não têm História " foi inventada para ilustrar a sua contrária: os povos infelizes têm demasiada História, ou variadas histórias, como acontece com a Venezuela, a ocupar demasiado espaço nos noticiários.
Quanto aos portugueses que ali vivem e trabalham , o clima é intranquilo tendo este ano já sido sequestrados 15, oito dos quais apenas no mês de Agosto, incluindo os quatro que foram raptados há dias. Mas é considerado pela imprensa local de língua lusa que a realidade é superior a todas as estatísticas conhecidas, uma vez que muitas famílias preferem não comunicar o sequestro às autoridades, com medo de represálias, limitando-se a pagar o resgate.
Segundo afirmações à Televisão Nacional Venezuelana do general Jaime Escalante, chefe do comando regional da Guarda Civil venezuelana de San Cristóbal, estes sequestrados podem estar na mão dos guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN) da Colômbia. Posteriormente a esta declarações, um alto responsável militar venezuelano disse, dois dias após, já ter “algumas pistas” sobre o rapto na tarde de domingo.
Não é um drama exclusivo da comunidade portuguesa. Números das entidades oficiais venezuelanas revelam que este ano já foram sequestradas 196 pessoas, 39 das quais continuam desaparecidas.
Entretanto, o Presidente Hugo Chávez desvenda nova Constituição , sete anos após a primeira alteração, tendo apresentado ontem à noite a nova reforma que deverá levar o país para o "socialismo do século XXI". A medida mais polémica, uma das poucas que foram reveladas antes do anúncio oficial, é a eliminação do número limite de mandatos presidenciais, que leva a oposição a dizer que o único objectivo de Chávez é ficar indefinidamente no poder.
O projecto será agora debatido no Parlamento - totalmente sobre o seu poder - antes de ser alvo de um referendo popular. O Presidente foi reeleito no final do ano passado com uma larga maioria.
A Constituição que Chávez quer ver implementada estabelece que a "soberania reside intransferivelmente no povo", sendo o novo "Poder Popular" implementado através dos conselhos comunais, mais um degrau da "geometria do poder".
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A. João Soares
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Labels: Constituição, raptos, Venezuela