Francisco José Viegas num a artigo do Jornal de Notícias de hoje escreve:
«O Ministério da Educação, que - se tivesse juízo - devia suspender os trabalhos da famigerada TLEBS, prepara-se para, segundo o semanário "Expresso", exigir aos professores que tenham uma "boa expressão oral e escrita do Português". Não se trata de uma exigência, bem vistas as coisas, mas de uma evidência não se compreende que um professor use deficientemente a sua língua. Mas enfim. Para isso, o Ministério devia arrumar a própria casa. Pode começar por vigiar muitos dos manuais que são distribuídos anualmente pelas escolas e, para variar, verificar a ortografia e a sintaxe dos seus técnicos superiores. E lançar o debate sobre o ensino do Português.»
No Público de hoje, Eduardo Prado Coelho cita João Peres, professor catedrático da Faculdade de Letras que num texto no Expresso atacou fundamentadamente a TLEBS considerando-a «uma calamidade que se abate sobre o nosso País», um «absurdo», um «insano processo».
É vergonhoso o estado em que está o nosso ensino em que a ministra admite que os professores não têm uma «boa expressão oral e escrita do Português»!!!!
Onde parará esta insanidade? Quem põe ponto final a esta calamidade? A este absurdo?
Recordo aqui, mais uma vez o e-mail que recebi de um indivíduo grosseiro e arrogante que diz ser professor e que não me conhece, em que teve a desfaçatez de se referir ao Sr. Dr. Vasco Graça Moura em termos totalmente impróprios de um ente civilizado. Este indivíduo que diz chamar-se Luís Filipe Redes escreveu-me o seguinte:
O Sr. João Soares é ignorante deste assunto! Lamento! O Graça Moura escreve pouco mais do que parvoíces. Lamento ter de dizer isto assim.
Já estou a ensinar a TLEBS aos meus alunos, sem maior dificuldade do que antes.
Luís Filipe Redes Palma Ramos
R. Visconde de Sacavém, 20 3ºA,
2500-255 Caldas da Rainha
Tel. +351262084590TM +351919322132
luis.filipe.redes@netvisao.pt
Portugal
Duplo critério
Há 1 hora
9 comentários:
PARABÉNS pelo blog, meu amigo.
Essa coisa de TLEBS ainda me deixa confusa e, por incrível que pareça, nenhum outro amigo meu de Portugal falou sobre isso. Será que só tá atingindo os alunos e os professores? Não se fala nisso na tv?
Beijinhossssss
Boa noite, Amigo Mário!
É verdade. A claudya levanta uma questão com a qual estou inteiramente de acordo.
Porquê?
Boa interrogação. Não haverá televisões públicas? Falam de tudo quanto é futebol, porque não falar de uma coisa que nos diz respeito a todos?
Parabéns.
Obrigado à Gisele e ao David ( a quem perdoo o anome de Mário!) pelas suas visitas e os comentários.
Uma boa pergunta. Porque é que as TV não se preocupam com isso?
Realmente, só tem aparecido nos artigos de opinião, pela pena de escritores e professores. Como somos um País e iletrados, pouca gente se interessa por isso, deixando que passe ao lado.
Porém, hoje vem no Público uma carta de Alexandre Lucena e Vale muito bem escrita a condenar a TLEBS, devido à sua complexidade, que é absurda numa época em que a racionalidade aconseha a simplificação. Hoje em que a informática utiliza o sistema mais simples, o binário, 0 ou 1, passa ou não pasa, sim ou não, aparece a insensata TLEBS que nada traz de útil e irá afastar mais alunos da aprendizagem da língua.
Um abraço de amizade
A. João Soares
TLEBS e o aborto a primazia da resolução dos problemas de PORTUGAL!
A ver vamos...
Abraço amigo João Soares
Mário Relvas
Esta aberração, que só servirá para infernizar a vida dos alunos e professores, não é tratada na TV porque toda a comunicação social está muito bem controladinha pelo Governo.
Se o PPD estivesse no poleiro, a música seria outra.
Estão a topar?
Amigos M Relvas e deprofundis,
Pois é!
O M Relvas costuma falar de acção psicológica, com as variantes de propaganda, controlo das consciências, etc. Se já leu o livro «Clube Bilderberg» viu que esta táctica faz parte do domínio do mundo. Estamos todos a ser domesticados para aceitarmos um governo único mundial, sem tugir nem mugir, pacificamente. Ou me engano ou, apesar das dificuldades que estão a surgir nas negociações, a UE vai integrar a Turquia e, a seguir, Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia.
Internamente, o ministro Augusto Silva, já ao serviço desse ideal não pode trair os patrões, e é ele que controla a Comunicação Social por parte do Governo. A Comunicação Social, pelo lado do capital, está dominada por Francisco Pinto Balsemão, um dos elementos com assento em todas as reuniões do Clube. Está tudo organizado e a funcionar de forma muito lubrificada. E há muita gente a concordar que essa é a melhor solução para acabar com as guerras. Estas não ocorrem em rebanhos bem domesticados e com um só carneiro!!!
Daí a TV estar a ofuscar-nos com o aborto, com o futebol e agora com o livro da Carolina. Problemas de fundo não interessam, porque não contribuem para aumentar a sonolência da malta.
Um abraço
A. João Soares
É triste como neste Portugal rege a ignorância e existe a mentalidade de que o que é novo é que é sempre bom.
Tanto se inventa sobre aquilo que já está correcto e alicerçado, que fica pouco tempo para o que realmente necessita de renovações e concerto.
Mas, pelos vistos, esta é a mentalidade da maioria do povo português e assim vamos andando.
Muitos remando para trás e os outros tentando puxar o barco para a frente.
Mas antes poucos puxando para a frente do que nenhuns...
Beijinho amigo
Alexandra Caracol
Quem deve estar invejoso até ao desespero por não ter sabido controlar a comunicação social é o Presidente do Governo Regional da Madeira. Está agora a pagar a factura de não lhe ter dado manteiga. Quem semeia ventos...
Alexandra,
Tenho muito apreço pelo seu raciocínio a propósito de casos reais. O povo parece diposto a tudo sem resistir, como a bola de futebol vai para a baliza para onde a empurram. Os «intelectuais deviam sentir-se mais coerentes e responsáveis pelas maldades que fazem a este pobre povo.
Fala-de abandono escolar por parte de alunos que não têm paciência para aprender coisas que não consideram úteis; por outro lado, há notícias de imensos licenciados que não arranjam emprego. Portanto é lógico que os alunos se recusem a ser massacrados com «chinesices» em que não vêm utilidade e que depois acabam por ficar no desemprego.
Seria uma medida inteligente tornar o ensino mais útil na obtenção de ensinamentos mais práticos e aplicáveis na vida corrente e tornar a aprendizagem mais simples.
Pelo contrário, os «intelectuais» da TLEBS, form para o campo oposto, crindo mais dificuldades aos miúdos que já estão fartos de «inutilidades». A aprendizagem de difíceis palavrões da TLEBS tira-lhes tempo que seria mais útil a aprender física e matemática orientadas para melhor compreenderem os problemas que lhes vão surgir na vida. O tempo para satisfazerem os caprichos dos linguistas faz-lhes falta para interpretarem as melhores obras de literatura, sociologia, ciência política, geografia e história, etc.
Mas cá no rectângulo, os ministros não sabem recusar uma proposta vinda de um especialista utópico de uma área pouco conhecida; têm receio de serem apelidados de ignorantes. Olhe para os gastos exgerados por terem sido dados ouvidos a muitos devaneios dos ecologistas e arqueólogos (túnel da CREL em Belas, Barragem de Foz Côa, Barragem do Baixo Sabor, atrasos na Barragem do Alqueva, Pedreira do Galinha, Central Nuclear, atraso na energia eólica, atraso na auto-estrada para o Algarve e tantas outras coisas de que os políticos deviam sentir vergonha se tivessem sensibilidade suficiente para isso.
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