quinta-feira, 15 de março de 2007

2007 - AEIOT

2007 é o Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos (AEIOT)

Para se conseguir justiça social, sem favoritismos e sem exclusões por razões secundárias e discriminatórias é imprescindível que se respeite a igualdade de oportunidades para todos, independentemente de etnias, cores políticas, clubísticas, religiosas ou condição social.

É urgente que se acabe com as nomeações baseadas na confiança política que despreza os valores e as capacidades de cada um. Devem ser utilizados os concursos públicos com cadernos de encargos bem definidos sobre as capacidades exigidas, e assim será quem tem unhas que toca viola seja qual for a «cor», credo ou paternidade. Para cada tarefa deve ser escolhido o candidato mais capaz de a desempenhar. Por exemplo, um deficiente motor pode desempenhar uma função que não exige movimentação tão bem ou melhor do que aquele que se pode deslocar. O mesmo se passa com outras deficiências em função das tarefas.

Acabe-se com as mafias maioritárias, coniventes, conluiadas. Dê-se ao filho do pedreiro as mesmas possibilidades que são dadas aos filhos de um ex-PR, desde que possuam as mesmas capacidades de saber escolar, experiência, inteligência e dedicação ao bem das populações, isto é do País.

Acabe-se com as discriminações, quer sejam positivas ou negativas, e dê-se valor a quem o tem. Premeie-se a excelência o desempenho, sem olhar ao facto de pertencer ou não a uma elite familiar ou de clã.

Se esta sigla AEIOT for bem interpretada, teremos em 2008 uma Europa mais justa, humana e solidária, com acentuado estímulo à produtividade e à valorização do capital humano.

7 comentários:

Jorge P. Guedes disse...

Resumindo o seu articulado, direi que é preciso decôro e o regresso de uma coisa de que já pouca gente da política, e não só, se lembrará:
chama-se... Ética!

Um abraço.

Jorge G - O Sino da Aldeia

A. João Soares disse...

É isso Amigo, ÉTICA!!!
Com ética, haverá igualdade de oportunidade para todos, haverá respeito pelo mérito de cada um. Não haverá compadrio, nem favores aos próprios filhos e aos filhos dos amigos, não haverá cunhas, tráfico de influências, corrupção, benesses devidas à confiança política, à cor dos olhos, ao clube, ao clã.
Mas isso será possível num País como este em que reina tudo aquilo que é mais indesejável numa sociedade moderna e civilizada?
Num País em que os corruptos e os vigaristas são bem cotados pela população que os considera espertos e desenrascados!!
Que Deus nos ajude!
Cumprimentos.

Anónimo disse...

A ética é um valor que ou se nasce com ele ou aprende-se com a educação.
Onde está a educação? Qual o comportamento de muitos pais? e de muitos professores?
O mundo atravessa um problema essencialmente cultural. Dizemos uma coisa e fazemos outra.
Fumar mata! A maioria das pessoas cada vez fuma mais, sem pensar sequer nisto ( se olharmos para uma pessoa que está a fumar, vemos que as feições se alteram, se quiserem fazer a experiência do extase em que está, experimentem fazer uma alusão a que estão incomodados com o fumo, ou dar de conselho que deveria deixar de fumar, olhem bem nos olhos e vejam o "demónio" em que se transforma quase a ponto de nos bater).
Se as pessoas não estão preocupadas com elas, como vão estar com os outros?

Anónimo disse...

Concordo com a Célia, a ética é um sentimento que nos leva a um comportamento altruista.
Só o encontramos numa parte ínfima da população.
Quando as pessoas têm ética, também, têm normalmente um desenvolvimento espiritual razoável e já não sentem necessidade de preencher o seu "Ego" com poder. É por essa razão que a politíca devia ser exercida por estas pessoas, mas estas, já estão longe de tudo isto, e os que por aí andam,são os que precisam de se sentir poderosos e adulados.Cada vez mais sem experiência, sem conhecimentos e sem escrúpulos.
Quem priva com eles sabe, muito bem, que existem dois discursos, um para o "povo", outro para os amigos. É esta hipocrisia que me dá náuseas, mas felizmente as pessoas começam a "ver por detrás do véu".

A. João Soares disse...

Obrigado pelos comentários da Carla e da Célia.
É tudo muito simples, mas de tão simples poucos vêem. Bastaria respeitar os direitos dos outros, Dar~lhes espaço igual ao que pretendemos para nós. Neste momento há falta de adultos verdadeiramente conscientes para ensinarem as crianças, quer como pais quer como professores.
Quanto aos políticos, as imagens e notícias que nos chegam mostram que são a escumalha o País. Só pensam nos seus benefícios e dos seus amigos, aquela malta que constitui o clã de malfeitores, parasitas dos nossos impostos. Os impostos aumentam, somos obrigados a apertar os cintos. Mas eles vivem cada vez mais à larga, com empregos para todos os inúteis. A quantidade de assessores, pagos a preço de ouro tem aumentado mas os erros dos ministros não cessam de crescer, ao ponto de eles próprios declararem publicamente ter de recuar nas suas decisões. Mas não demitem os assessores que os induziram em erro!!!
Mas há licenciado bem classificados, pelo seu valor e não pelo nome dos país, que continuam no desemprego, por não terem padrinhos na oligarquia que nos explora.
Será bom que as pessoas comecem a abris os olhos e ver a realidade e o embuste em que tem caído. Para esse esclarecimento terão um papel importante os blogs, embora pouca gente tenha computador e o use em assuntos de profundidade e interesse nacional.
Beijinhos
João

desculpeqqc disse...

Ambos (e não só) sabemos que não se trata de um problema de interpretação.
Não há vontade nem integridade para aplicar e cumprir!

Posso dizer com alguma vaidade que me especializei numa vertente do Marketing, a Gestão do relacionamento com os Clientes (CRM -Customer Relationship Managment).
Agora não há banco, ou companhia de seguros, ou grande empresa que não tenha um responsável de CRM, e projectos e programas internos nesta área. Gastam-se milhões e nada funciona, porquê?
Porque não basta comprar programas e dar-lhe nomes, há que interiorizar o conceito e aplicá-lo.
Por mais nomes e programas que tenham as coisas, se forem bestas a coordená-los, fica tudo na mesma ou pior e quem se lixa é o zezinho e os clientes.

A. João Soares disse...

Amigo LFM,
Obrigado pelas suas visitas que são um estímulo para continuar. Concordo com estas suas ideias. Recorda o ditado «De boas intenções está o inferno cheio». A intenção, o slogan, o programa não fazem tudo, são apenas a via por onde se vai circular. Se abrirmos boas estradas e não as utilizarmos para melhorar a economia, esta continua atrofiada e pior, porque se fez uma despesa que foi inútil (não utilizada).
Um abraço