Gosto das ideias claras e procuro afastar dúvidas e suspeições que possam criar confusões e interpretações nocivas. Por isso, pretendo tornar explícito que não digo mal por prazer, nem para ferir, mas sim com a intenção de alertar para a necessidade de ponderação e reflexão, segundo a minha modesta opinião e simples critério. Mesmo as críticas aparentemente ácidas têm sempre uma sugestão construtiva, um lampejo que poderá ajudar a soluções mais sensatas. E como observador imparcial com preocupações de isenção, não me coíbo de elogiar situações que me pareçam constituir bom exemplo a seguir. É caso da referência a M P Marques, a A Neves e ao Governo, recentemente trazidas a público neste espaço.
Hoje, por exemplo, fiquei sensibilizado com mais uma atitude louvável do ministro da Agricultura, perante um grupo de agricultores que o «agrediram» verbalmente. Teve uma atitude muito meritória, no oposto da peixeirada da ministra da Educação, recentemente, em Vila da Feira. O ministro explicou o seu critério de distribuição dos dinheiros vindos da União Europeia (EU), em que pretende dar prioridade aos sectores que melhor possam contribuir para a substituição de importações e para aumentar as exportações, graças às suas capacidades produtivas e de rentabilidade, como são: florestas, vinho, frutas e produtos hortícolas, entre outros.
É compreensível o descontentamento dos seareiros que estão habituados a ser altamente beneficiados, há vários anos, sem qualquer resultado positivo a não ser para eles próprios, como é comprovado pelo estagnado poder económico do sector ao invés das moradias, piscinas, jipes de luxo, boas roupas como se viu nas imagens da TV, etc.
A clarividência e o sentido de estado deste ministro já tinha saltado aos nossos olhos mais atentos quando encarou frontalmente o efectivo excessivo do seu ministério face à sua pouca produtividade, propondo a mobilidade de grande número de funcionários para postos de trabalho onde podem ser mais úteis. Não quero ser prolixo em adjectivos, embora ele os mereça, e termino aqui.
DELITO há dez anos
Há 1 hora
4 comentários:
Meu amigo
Recebido por e-mail com pedido de publicar, por ter havido dificuldade de acesso:
Passei por aqui com o propósito de lhe dizer que prezo sua amizade e que admiro seu trabalho.
Não tenho o seu talento e por isso muitas vezes me mantenho em silêncio para não dizer patetices.
Beijo com amizade
Alexandra Caracol
Resposta:
Agradeço a gentileza da Amiga Alexandra, mas essa brincadeira do talento, só pode ser interpretada como um humor muito irónico, pois estou muito distante do grande valor da escritora e pensadora Alexandra Caracol, por quem nutro a maior admiração e consideração.
Um beijo muito amigo
João
Caro João Saores, realmente tem sido um ministro prudente e com coragem.Não é fácil contrariar objectivos coorporativistas... mas ele tem-no sabido fazer.Agora é preciso dar as mãos para desenvolver a parca agriultura, pecuária e pesacas.Por o pessoal a trabalhar...e controlar os subsídios...
Depois deste revés da ministra da educação, do ministro da economia, da saúde e da justiça, Sócrates
vai ter de mudar de peões, o que só por teimosia e por estes estarem "dentro" dos dossiers, não os dispensou antes da cimeira da UE!!
Vamos ver quanto é que isto nos custou!!
Abraços
MR
Meu amigo
Referia-me ao seu talento em comentar e trazer à tona assuntos pertinentes e que necessitam ser empolgados.
O amigo tem uma forma muito original e interessante de nos chamar a atenção para certos assuntos; esse é um talento que não o tenho, pelo menos da forma que o amigo faz.
Outros tenho mas como o seu, não!
Felizmente todos temos talentos, mas diferentes uns dos outros. É por isso que somos necessários.
Assim como no nosso corpo, se a unha do dedo mindinho do pé está lá e faz parte do corpo, também assim o é cada um de nós; necessário para completar o corpo.
Arrogante é aquele que pensa que não precisa dos outros e quebasta para se manter a si próprio.
Beijos com amizade
Alexandra Caracol
Cara Amiga Alexandra,
É privilégio ter a dita de trocar ideias consigo. As pessoas sábias exprimem as coisas complexas com imagens simples e compreensíveis por todos. É um dom que a minha Amiga possui. A unha do mindinho do pé está lá e, se faltar, o corpo não está perfeito. O conjunto de todos nós forma a humanidade. cada um tem uma missão a desempenhar, não devendo esperar que os outros sejam bons e operativos e lhe tragam a casa a felicidade que deseja. É preciso que cada segmento da sociedade seja livre e aja com eficiência, utilizando bem os seus talentos.
Beijinho
João
Enviar um comentário