Texto extraído do blog Barão da Tróia II
Case Study
Os tempos que vivemos são de mudanças várias; o mundo sempre mudou, nem sempre para melhor, dependendo do ponto de vista, as suas mudanças foram céleres ou lentas, de acordo com circunstâncias, várias. O actual, mundo, muda à velocidade, de um clique, em função do preço do Brent ou da seca inexorável que se abate sobre várias regiões do planeta.
Migrações, idas e vindas, novos costumes e povos, gente gentinha e gentalha de tudo nos calha, e de permeio os Portugueses deveriam ser alvo de um estudo, para perceber o que temos nós de tão especial, que conseguimos estar nas sete partidas do mundo, integrados e bem sucedidos. Porquê?
Não sendo estudioso da questão, avento algumas respostas com dados que poderiam ser utilizados para analisar quer aqueles que desejam mudar de país, quer aqueles que os acolhem, pois a nossa experiência de migração é uma das gestas mais bem sucedidas da nossa história, e arrisco a dizer que, mais que as descobertas, é a nossa migração que nos engrandece, porque as descobertas há muito que acabaram e os Portugueses continuam a partir à procura de melhor vida.
Dizia eu que tenho algumas respostas, pois aqui vão: o nosso sucesso tem três vertentes essenciais que possivelmente se desdobrarão em outras, mas deixo isso para os sapientes e doutos investigadores. O segredo do nosso sucesso enquanto migrantes, assenta sobretudo, no trabalho, no respeito pela terra que os acolhe e pelas raízes.
O Português, não tenta mudar o sítio que o acolhe, quando muito cria uma associação onde recria o seu ideário Luso, lá fora tenta ser francês, alemão, russo ou qualquer que seja a nacionalidade do país onde está. Em casa e dentro do seu coração ele conserva a sua afirmação de Lusitanidade, porque a sua autoconfiança é ilimitada, ele sabe que é Português, isso é que lhe interessa, esse facto não interfere nada com o facto de também adoptar os usos dos países de acolhimento, porque intrinsecamente ele será sempre português.
O Português, vai para trabalhar, para melhorar a sua vida, não vai para viver de subsídios nem para rezar, vai para trabalhar, para produzir. A Europa moderna fomos nós que a construímos, quem percorresse a Europa central dos anos 80 e num momento de descontracção, olhasse os estaleiros de obras de Genéve a Bona, de Londres a Milão encontraria operários Portugueses, milhares deles.
Por último, a consciência daquilo que é, o espírito da sua Portugalidade, ajuda-o a ultrapassar as dificuldades e a vencer, sendo esse o nosso trunfo maior, o espírito de luta que herdámos dos nossos avoengos, gente afeita à peleja dura. Somos realmente um caso de sucesso que merece ser estudado.
No entanto, fico triste quando vejo que aqui chega, toda a espécie de escumalha miserável, a juntar à rataria que por cá já habita, transformando este país num poço de podridão cada vez maior, não sei para onde vamos, não me importa, mas que não acredito neste rumo, lá isso não acredito e podem enfiar o multiculturalismo nos entrefolhos que isso é uma grande patranha que só serve para gerar racismo, e atenção que racismo é uma faca de dois caminhos, facto que muita gente parece esquecer, ou fazer por esquecer.
NOTA: O valor que atribuo a este texto fica bem testemunhado pelo facto de o ter eleito, para este espaço. Quando ao último parágrafo, sugiro a leitora do post aqui existente «Imigração nem sempre é uma bênção»
A Decisão do TEDH (395)
Há 12 minutos
1 comentário:
A imigração tem que ter regras. Tal como a emigração que obedece ás leis do país de acolhimento, também nós cá precisamos de uma verdadeira integração...o que por vezes é conversa...
Abraço
MR
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