Uma guerra depende de muitas batalhas e ganhar uma destas não corresponde à vitória final. Da mesma forma um campeonato depende de muitos jogos e cada um é importante, embora não seja decisivo.
Em 24 de Maio lançámos aqui o alerta contra a ameaça já tida como certa de que em 2008 passaríamos a pagar uma taxa por cada utilização do cartão de débito multibanco, falando-se em 1,50 €, a apontámos a forma de reagir a esta exploração. Temos o dever e o direito de defendermos os nossos interesses de clientes e, dispomos de poder para adoptarmos as alternativas que iriam fazer reverter essa exploração em prejuízo dos bancos. Ter poder e não o utilizar legitimamente seria pura inépcia.
Este alerta teve eco e gerou-se um movimento de repulsa por mais esta exploração pelos serviços bancários aos cidadãos indefesos. As pessoas começam a abrir os olhos para o mundo hostil que as rodeia e procura sacar a suas poupanças, mesmo que sejam muito
Magras e insuficientes para uma sobrevivência difícil.
Agora, notícia do Jornal de Notícias diz que «a entrada em vigor da Área Única de Pagamentos em euros (SEPA) em 2008 não vai conduzir à cobrança de serviços que, actualmente, são gratuitos nas operações com multibanco, garantiu ontem o coordenador do gabinete de relações internacionais da Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS).» «serão feitos acertos de operações, mas apenas entre a SIBS e os bancos. Entre os acertos está, por exemplo, a decomposição de taxas cobradas à Banca. Para os consumidores, afirmou, a SEPA ‘não terá impacto’ sobre as taxas em vigor.»
Está ganha uma batalha, mas não tenhamos ilusões, haverá muitas outras e cada vez mais subtis para aumentarem os seus já elevados lucros à nossa custa. Temos de estar cada vez mais atentos e prontos a fazer valer os nossos direito e usar os poderes de que dispomos como clientes e cidadãos.
Duplo critério
Há 1 hora
8 comentários:
João Soares
a roubalheira está instalada. Imagine-se que vamos a uma padaria e fazem pagar-nos uma taxa pelo saco do pão? Ou num supermercado o mesmo, etc, etc...
Abraço
"Taxas e impostos". "Utilizador pagador"...etc..
Termos politicamente correctos. Todavia o Estado - Pessoa de bem!? - É o mais demorado pagador dos 27 Paises de UE. Ainda assim o medo de utilização do direto à greve é um sinal inequivoco de que o Estado controla os orgãos de informação e os cidadãos. A Lei da Rolha,na pratica, afinal, ainda não foi "revogada".
Uma ditadura «travistida»?
Abraço
Paulo
Caros Amaral e Paulo Sempre,
Uma série de interrogações que são verdadeiras afirmações. E o povo continua medroso, sem coragem para reagir. Não reclama, não se indigna, resignado, aceita tudo com um sentimento de fatalismo e de inevitabilidade, enquanto pessoas ambiciosas e sem escrúpulos lhe esvaziam os bolsos sem qualquer compensaçãO justa.
Um abraço
A. João Soares
Não sei se já têm conhecimento mas em: http://www.petitiononline.com/bancatms/petition.html está a decorrer uma petição contra as taxas ATM que os Bancos querem cobrar por cada levantamento em Multibanco: já vai em mais de 55000 assinaturas mas, quantas mais melhor. Pois isto é um retrocesso já que pagando Taxa não adianta nada ir ao multibanco, então... regressaremos de novo à caixa no Banco (à moda de antigamente), pois é isso que os bancos querem! Esta Taxa é um golpe na inovação que foram os cartões de Multibanco! Quem estiver de acordo que assine e repasse! Além disso: Estamos a pagar TAXA quando estamos a levantar o nosso próprio dinheiro! Isto faz sentido? Não me parece!·
A solução é essa.
O dinheiro à ordem nada rende. Se o tivermos em casa +podemos utilizá-lo sempre que quisermos sem pagar nada a qualquer explorador. No caso de o depositarmos no banco ou de nos pagarem por transferência bancária, e não querermos ter muito dinheiro em casa, por receio de um roubo (não institucional|) ou de um incêndio a melhor solução é retirarmos, duas ou três vezes por mês na caixa do banco uma quantia que dê para os pagamentos em dinheiro, sem usar cheque nem cartão. Já há lojas que fazem desconto a quem pagar com dinheiro vivo.
Temos esse poder nas nossas mãos.
Abraço
O Povo unido,
Jamias será vencido!
Parabéns a todos os que lutámos.
Inteiramente de acordo!
Esta não foi nada mais do que uma simples batalha!
Um abraço
Caros Maria Faia e Jorge Sineiro,
O importante não é ter ganho esta batalha. É convencermo-nos de que vale a pena lutar pela defesa dos direitos e dos interesse do povo. Muita gente fica inactiva à espera que outros lutem por si. Dessa forma, não se avança. É preciso que cada um dê valor aos seus direitos e os defenda na proporção da importância que lhes atribui.
Um abraço
A. João Soares
Enviar um comentário