sexta-feira, 22 de junho de 2007

Pobreza e fome no Mundo

Quanto vale a paz de espírito?

Quanto vale uma consciência tranquila?

Vinte Mil Vidas. Este é o número estimado de pessoas que morrem por dia em consequência da fome e da pobreza extrema.

Recente relatório do Banco Mundial declarava:
“A globalização parece aumentar a pobreza e a desigualdade... Os custos de ajustamento para maior abertura são suportados exclusivamente pelo pobre.”

A Agência Central de Inteligência norte-americana (CIA), ainda em 2000, também abordou a questão:
“A economia global vai espalhar conflitos e estabelecer uma diferença maior entre vencedores e perdedores. Grupos excluídos enfrentarão profunda estagnação económica...”

A ONU também dizia no mesmo ano:
“O processo (globalização) está concentrando poder e marginalizando o pobre.”

O mais recente levantamento do Banco Mundial diz que 54,7 por cento da humanidade vive em estado de miséria ou pobreza extrema.

Acaso sabemos o que significa passar fome?
E o que significa enfrentar a incerteza sobre se vamos ter com que nos alimentar?
E a incerteza quanto ao facto se conseguiremos sobreviver por mais um dia sem ter com que nos alimentar...

Vivemos num lastimável mundo de vergonhosos contrastes...
Um mundo capaz de deixar os necessitados à mercê da própria sorte...

Pequena criança africana, debilitada pela fome, recebe alimentação terapêutica. Por quanto tempo suportará...? Um mundo que muito pouco, quase nada, faz... para espantar o abutre, que pacientemente espera.

Mesmo diante da caótica situação geral, - da roubalheira, e do crescente sentimento de individualismo que impera -,... contribua você com a sua parcela para aliviar o sofrimento daqueles destituídos de quase tudo.
Cultive o sentimento de humanidade.

Existem entidades sérias, - ONGs, instituições religiosas, filantrópicas, etc. -, que necessitam da sua ajuda, - seja material, seja como apoiante ou voluntário que contribui com tempo e conhecimento. Procure informar-se a este respeito.

O que será que a menina, privada de quase tudo, responderá no dia em que lhe for dirigida a seguinte pergunta... : “Acaso encontraste neste vasto mundo alguém disposto a tentar amenizar a tua dor?”

- Ajude -
A sua alma agradecerá.

Um outro mundo é possível.

“Que a tua alma dê ouvidos a todo o grito de dor, tal como o lótus abre o seu coração para sorver o sol matutino.”
- A Voz do Silêncio, antigo texto budista

“ Para a nossa avareza, o muito é pouco; para a nossa necessidade, o pouco é muito.
- Séneca

7 comentários:

Espaços abertos.. disse...

São as grandes consequências do capitalismo desmedido...

A oposição dos povos,das sociedades,pontos cada vez mais opostos.
Bom fim de semana
Bjs Zita

A. João Soares disse...

O desenvolvimento aumenta o fosso que separa os ricos dos pobres. Este tema foi abordado nos posts aqui colocados com os títulos «A Armadilha das Estatísticas» e «Globalização. Seus inconvenientes sociais».
Por exemplo, se um País passa a produzir petróleo, enriquece, mas essa riqueza vai concentrar-se nos governantes (corrupção) e nos capitalistas ligados aos negócios relacionados com a exploração e o transporte, calhando algum aos trabalhadores das empresas metidas no ramo. O resto do povo, continua na mesma, isto é, pior porque, sem ter aumento de rendimentos, tem de fazer face à inflação proveniente do excesso de dinheiro no País.

Abraço

Amaral disse...

João Soares Realmente vivemos num mundo de lastimáveis contrastes, mas porque será que os ricos clamam ao vento e nada fazem. Porque convém-lhes que haja pobres para eles mandarem e para os explorarem e escravizarem.
O mundo é o inferno do mundo (uma parafraseação muito mal conseguida de Sartre "L'enfer sont les autres").
Bom fim-de-semana

A. João Soares disse...

O Inferno são os ouros! Mas seria bom que os outros tomassem consciência e dissessem bem alto O inferno somos nós!!! E depois procurassem deixar de ser o inferno da maioria da população.
O ser humano é terrivelmente egoísta, desde o início. Apesar de terem inventado tantas religiões, a maldade não desaparece.
Um abraço

Anónimo disse...

Varo João Soares venho avisá-lo de que tebho faltado aqui por problemas na net...
Só temho conseguido com esforço colocar algo no Aromas para não perder os amigos que me visitam, agora perto de 200 diários.
Conto a partir do dia 1 ter tudo resolvido...
Depois conto-lhe...

Um abraço

MR

CORCUNDA disse...

O que é triste é que o caminho não tende a inverter-se, mesmo sendo reconhecido por instituições tão "ilustres". Hipocrisia máxima!
Abraço.

A. João Soares disse...

Caro Relvas,
Cá o espero com a assiduidade habitual.
Caro Corcunda,
É difícil inverter a tendência. O mecanismo está a funcionar conforme a descrição que fiz num comentário anterior. Como o Poder real reside nas mãos dos grandes ricaços que tudo influenciam e pressionam e como os políticos lhes são obedientes a fim de também entrarem na roda dos ricos, como vemos cá no rectângulo, não podemos esperar que eles prescindam dos seus lucros para beneficiar aqueles que eles consideram de incapazes e incompetentes para gerar riqueza. Esses, os pobres serão apenas os seus escravo a quem apenas interessa manter vivos para serem trabalhadores e consumidores.
Esquecem os sentimentos de humanidade e solidariedade e que a´quanto melhor fosse o poder de compra dos mais pobres mais consumiriam e mais lucros levariam para os bolsos dos ricos. Mas este raciocínio, que lhes seria benéfico a longo prazo, não lhes entra nos neurónios demasiado ocupados com a ambição do máximo lucro no mínimo tempo.
Não esquecer a frase de Milôr Fernandes, o Vão Gogo, «temos que roubar hoje porque amanhã poderá ser proibido». É o lema de ricos, de políticos e de malandros.
Abraços