terça-feira, 31 de julho de 2007

A IVG como modo de vida

Há dias destaquei a ideia genial do jovem Patric Figueiredo que criou um sistema de aproveitamento de livros escolares usados, por forma a que os estudantes poupem 75% na sua compra. Uma ideia muito positiva que só admira não ter sido aproveitada antes.
Com a fraqueza de um normal ser humano, para não ficar muito atrás, vou aqui expor uma ideia que poderá ser eficaz para as mulheres jovens ganharem a vida de forma simples, fácil e agradável. Ela surgiu depois de ter lido o post de Naty em A Voz do Povo, que transcrevo:

Espante-se, indigne-se

Em Portugal a interrupção voluntária da gravidez dá direito a 30 dias de licença com 100% do ordenado!
Mas uma mulher que esteja grávida e que se veja forçada a ficar de baixa antes do parto, sem este ser de risco, recebe um subsídio de 65% do seu ordenado.
Uma mãe que tenha de assistir na doença um seu filho menor recebe 65% do seu ordenado ... extraordinário não é?

Um comentário de visitante acrescentou: «ou um filho que tenha uma mãe a seu cargo, por razões de saúde, perde a possibilidade de faltar para assistência à família!!!!
País brilhante!!!!! Ainda querem que se promova a natalidade...»
E outro visitante comentou:
«Assim se fomenta a natalidade neste país que definha, devido aos seus líderes idiotas e sem pingo de bom senso!.
Hoje ter mais do que um filho já pode ser considerado um luxo...»

Somos um povo degenerado que aceita e acata políticos com sintomas de acentuada insanidade mental. Em dado momento, dizem que é preciso aumentar a natalidade, mas, por outro lado, como se sofressem de dupla personalidade, decretam as medidas que estão a tomar com a maior insensatez e que representam incentivo e convite ao aborto injustificado (apenas porque a mulher quer). E trata-se de mulheres incapazes de sentido maternal, ignorantes, desleixadas e moralmente descontroladas que não se deram ao cuidado de tomar as inúmeras medidas para evitar engravidar. São essas mulheres que merecem ao Estado todas as prioridades, com a passagem à frente de listas de espera de pessoas doentes, que não pagam taxas moderadoras e que espantosamente, como é dito por Naty, recebem subsídios que são negados a pessoas normais em situação de carência e a merecerem apoio.

As mulheres jovens, para colaborarem patrioticamente com estas decisões dos governantes devem copular à farta, sem o mínimo cuidado e depois abortarem, para que Portugal seja o maior entre os maiores na pouca vergonha. Mas, se olharmos isto de modo mais afirmativo, elas após o primeiro aborto devem continuar a ser simpáticas, junto de vizinhos, nos cafés e discotecas, na rua, sem restrições e, quando reiniciarem o trabalho no emprego, após a «operação», devem se simpáticas para patrões, colegas e clientes e, logo que se sintam grávidas, irem de imediato ao hospital para «despejarem e reiniciarem o ciclo, que lhes é bem remunerado, por se integrarem no espírito do legislador».

Por este andar, não tardará que nas cerimónias do 10 de Junho vejamos ser condecoradas as mulheres que mais abortos tenham feito durante o ano. E, ao fim de três anos, a que tiver sido mais vezes condecorada será elevada a comendadora da Ordem da Libertinagem do Aborto Patrocinado.

Não compreendo que respeito nos podem merecer os inteligentes autores destas decisões políticos que, no mínimo, nos parecem incoerentes e denunciadoras de ausência de bússola que indique uma direcção a seguir, falta de estratégia, de objectivos bem definidos, de directriz, de bom senso (para não utilizar palavras mais duras).

8 comentários:

R disse...

E isso num país em que há problemas de natalidade...

A. João Soares disse...

Caro Amigo RB,
Nisso é que reside a incoerência e a síndrome de insanidade destes «inteligentes» e dedicados ao Poder.
Boas férias e, se as já gozou, um bom mês de Agosto
Abraço

Amaral disse...

João Soares
Sempre o mesmo tema: politiquices. Os políticos querem sempre agradra a gregos e troianos e por isso dão daqui e tiram dali, parece um cobertor curto: se tapa a cabeça destapa os pés.
Abraço

A. João Soares disse...

Caro Amaral,
Os fracos de espírito que não sabem o que querem, andam para onde os tocam. É o que se passa com os jumentos, asnos ou burros.
Qualquer indivíduo que tivesse feio o Liceu - outros tempos - aprendia na disciplina de Físico-Química na parte da Física que trata da Dinâmica que duas forças de sentido contrário subtraem-se e que, se forem de intensidade igual, anulam-se.
Se os nossos políticos soubessem isto, que é elementar, definiam o que realmente pretendem e não gastavam recursos em acções que se anulam e dão resultado zero.
Mas eles parecem não se interessar pela boa gestão dos recursos nacionais, e com estas acções, sejam quais forem os resultados, eles vão tendo oportunidade de aparecer na TV a vender o seu peixe estragado que o povo anestesiado compra por não se aperceber do mau cheiro. E viva a propaganda dos governantes!!!
Abraço

Anónimo disse...

Natalidade e a Segurança Social

Dizem alguns que a fraca natalidade portuguesa põe em risco o futuro da Segurança Social por dificuldade de substituição da população activa, o que implicará uma redução das contribuições para a SS. Contesto a afirmação: a baixa natalidade acontece nos países desenvolvidos (Luxemburgo, França, Alemanha,...) há muitas dezenas de anos e essa teoria nunca se confirmou e, pelo contrário, são os países com a população mais jovem (países africanos em geral) em que a miséria é maior. Também há países cuja população é quase exclusivamente composta por imigrantes e seus descendentes: EUA, Canadá, Austrália... Também não estão entre os mais pobres.

Com a actual taxa de desemprego, em que não há empregos para os jovens que temos, porque será que acham que deveríamos ter mais? Se mais filhos tivessemos maior seria o número de desempregados. A eventual falta de mão de obra (qualificada ou não) pode ser e é facilmente suprida com a aceitação de imigrantes. Portugal sabe-o muito bem.

A reposição da força de trabalho com recurso aos nossos filhos, embora louvável, implica um investimento de vinte e tantos anos: entretanto, tanto os pais como o país terão que prestar-lhes cuidados vários: alimentação, vestuário, lazer, saúde, educação e formação profissional. Quanto aos trabalhadores imigrantes, esses custos foram suportados pelos seus pais e pelos países de origem, por isso, vêm aptos para, de imediato, começarem a trabalhar e a descontar para a Segurança Social. Só por isso, ficam mais económicos ao país de acolhimento. Aliás, não temos nós já cerca de um milhão de imigrantes? Se quisermos poderão vir ainda mais e não faltarão candidatos. Porém, a imigração para Portugal deveria ser feita de forma selectiva, de acordo com as nossas necessidades. Não há risco de falta de mão de obra, pois todos sabemos que há países com excesso de população e outros sem trabalho para a sua população.

Muitos dos imigrantes nem irão sequer esperar para beneficiarem dos descontos feitos para a SS, porque o seu objectivo é juntarem alguns milhares de “euros” e regressarem aos seus países de origem, trocá-los por moeda local e construírem aí então o seu sonho e futuro. Portugal como país de emigrantes sabe bem disso. Que fizeram muitos dos portugueses que há algumas décadas emigraram para a França e Alemanha?

Assim, levantar-se este problema apenas tem um sentido lógico: o de convencer os portugueses a prescindir das poucas ajudas da Sociais, aumentar a idade das reformas para que os trabalhadores morram antes das atingirem sem beneficiar dos descontos feitos. Enquanto se continua a impedir o acesso ao trabalho aos jovens fala-se em fraca natalidade???

A. João Soares disse...

Caro Zé da Burra,

O seu comentário tem aspectos muito interessantes do ponto de vista matemático. Porém apresenta outros que merecem longas meditações.

Há um enigma curioso: porquê tanto desemprego de jovens se há trabalho para tanto imigrante como refere? Parece que não nos falta mão-de-obra mas os desempregados não gostam de trabalhar, senão teriam ocupado os postos de trabalho que estão nas mãos de imigrantes. E alguns desses trabalhos nem são violentos ou perigosos, muitos até são de prestígio e comodidade. Conheci casos em que o desempregado não aceitou emprego porque iria ganhar pouco mais do que o subsídio e teria de cumprir horários e de se responsabilizar por desempenhar tarefas. Outros só querem aceitar emprego compatível com aquilo que desejam ou que «dizem» saber fazer? Uma licenciada num qualquer curso de pouca saída está há seis anos à espera de emprego compatível com o curso!!! Será que ainda tem esperança de lho entregarem?

Quanto à admissão de muitos imigrantes, não me parece que isso esteja isento de problemas futuros. Começa que é imoral explorar as necessidades dos imigrantes, tirando daí benefícios para os que nada fazem. Por outro lado, Portugal corre o risco de dentro de poucas décadas ficar sem população de ascendência nacional, como aconteceu na Argentina e de certo modo nos Estados Unidos, no Canadá e na Nova Zelândia. Nesta, na década de 90 o Governo fez um acordo com os líderes dos poucos indígenas (maoris) existentes que desde 1840 nunca deixaram de protestar pelo desrespeito do tratado de Waitangi por parte dos europeus. Daqui a poucos anos estaremos no mesmo papel dos maoris!

O caso da Argentina é terrível, a sua história merece ser muito bem analisada. Já não há descendentes dos naturais, apenas havendo originários da Espanha, Inglaterra, Itália e Alemanha.

Os portugueses, pelo caminho que o Zé da Burra indica, dada a sua falta de preparação profissional e de vontade de trabalhar (só querem ser doutores e engenheiros), serão em breve empregados dos imigrantes, talvez escravos deles, e acabarão por desaparecer como aconteceu aos naturais dos países atrás citados.

E há um outro problema, o de que nem todos os imigrantes vêm com boas intenções de viver pacificamente e na legalidade.

Penso que está a tornar-se necessário um estudo sério, isto é sem partir de uma tese a defender, mas sim a analisar todos os factores que interferem com a solução a encontrar, sem se empenhar em impor uma dada solução. Poderá haver várias, cada uma com vantagens e inconvenientes.

Um abraço

Anónimo disse...

Não me vou alongar muito, mas vou referir apenas que os imigrantes vieram porque na altura havia realmente falta de mão de obra nalgumas áreas, porém vieram de forma desordenada; porque não aceitaram os imigrantes por via dos nossos consulados nos países de onde esses imigrantes vieram? Mais: dada a situação atual, muitos deles estão já a regressar aos seus países.
Pora terminar: quando vinham para cá, os imigrantes não pensavam no custo de vida em Portugal, mas nos EUROS que poderiam conseguir para mais tarde voltarem aos seus países e darem então asas aos seus sonhos (porque quando um homem sonha o mundo pula e avança...), porque o EURO é uma moeda valiosa. Só isso explica porque muitos mal se alimentavam e viviam amontoados em apartamentos. Faziam tal e qual os portugueses que foram há 40 anos para França, Alemanha... conseguir uns cobres para construirem a sua casinha e a sua independência: i.e. deixarem de depender de um salário. Aqui só os corruptos podem sonhar.
ZedaBurra@sapo.pt

Anónimo disse...

Quanto à quantidade de doutores: porque permitiu o esta português tantos cursos cuja saída profissional se sabia à partida ser impossível? e porque não deixou aumentar significativamente as vagas nos cursos em medicina, esses sim com futuro garantido para o quem os possuir?
O estado português é o responsável pelas falsas expectativas goradas aos jovens a aos seus pais que desejavam apenas um futuro melhor. Se era para trabalhar nas obras não era preciso ser doutor (como diz os Diolinda)e gastar tanto dinheiro aos pais. Quem saiu a ganhar foram as muitas universidades que foram criadas.
Afinal os "experts" sabiam à partida que as expectativas de muitos iriam sair furadas.
Alguns pais com dinheiro ainda mandaram os seus filhos para Salamanca cursarem medicina, aqui uma coisa impossível pois eram precisas médias de 19/20, porquê? agora os médicos têm que vir de fora enquanto os cidadãos portugueses (doutores em áreas desnecessárias) ficam no desemprego. Está certo?
Alguns pais estavam encostados aos partidos políticos do arco do poder (como lhe chama Medina Carreira e não só) e assim já tinham futuro garantido para a sua prole que nem precisava de qualquer curso superior completo.
Um abraço.
zedaburra@sapo.pt