Na realidade, o objectivo dos partidos políticos é a conquista o poder. Para quê? Para poderem nomear pessoas, isto é, os familiares e amigos dos companheiros de clã. Para quê? Para que estes, em prova de gratidão pelo bom emprego, contribuam, por todos os meios para a manutenção do poder «ad eternum».
Isto não é exagero nem má língua. Além de ser deduzido da observação dos acontecimentos frequentemente noticiados, foi agora dito, como noticia o JN, pelo Sr. deputado Vítor Baptista que «Ganhámos as eleições para nomear pessoas» e que as substituições «são normais, tendo em conta os resultados eleitorais». O PS, com maioria, «é um glutão dos lugares da Administração Pública». Isto vinha a propósito das demissões dos directores do centro de saúde de Vieira do Minho e do Hospital de S. João da Madeira.
Também, há pouco tempo, quando foi muito falado o número excessivo de assessores da Câmara Municipal de Lisboa (CML), uma vereadora em entrevista à comunicação social disse, com toda a franqueza, que as nomeações são feitas por critério de «confiança política» e não propriamente de «competência técnica».
Somos assim tentados a crer que os políticos governam para os interesses pessoais e dos amigos e não prioritariamente para o País, isto é, não se preocupam grandemente em melhorar as condições de vida dos portugueses contribuintes. Parece que é verdade não haver na política, vergonha, ética, moralidade, nem sequer bom senso, e muito menos amor e dedicação ao País. É espantosa a facilidade com que alguns políticos deixam cair a máscara da democracia, mal afivelada, por serem maus actores e por terem no íntimo da sua ambição as molas impulsionadoras do autoritarismo oligárquico.
Blogue da Semana
Há 4 horas
7 comentários:
Mas só agora é que descobriram?
Mesmo agora, isto continua muito obscurecido pela campanha subtil de embrutecimento das mentes, à custa das novelas, futebol e disputas de menor interesse. Há que repetir as verdades a fim de serem vistas com clareza. O que é dito no post não se aplica apenas ao partido actualmente no Poder. É uma característica muito generalizada, infelizmente.
Sugiro a leitura dos comentários em Do Miradouro post igual.
Abraço
Olá obrigada pelas bonitas palavras, os textos que publico na voz do povo vão deixar de ser publicadaos, pois estou a criar uma página de textos agregada ao meu blog.Por diversas razões pretendo desvincular-me de tudo que diz respeito ao sr Victor Simoes depois envio-lhe o endereço.
bjs naty
Puxa! E eu pensei q isso fosse coisa de país subdesenvolvido q nem o meu... rsrs... ocorre-me agora o drama do protagonista de "As Aves", de Aristófanes, que não encontra uma só cidade q preste... rsrs... Obrigado pela visita ao Voyeur! Vim agradecer o comentário e oferecer minha amizade. Seja sempre bem-vindo em minha casa. Um ótimo final de semana para vc!
Caro Fábio,
Seja sempre bem vindo. Cá no nosso beco, é assim como eles próprios confessam e quanto a terceiro mundo, já há quem diga que estamos no quinto. Não existe? Mas os portugueses estão a inaugurá-lo, com muita arrogância e autoritarismo!
Um abraço
Quem ganha as eleições é para GOVERNAR e bem!
Escolher pessoas para complementar o governo deve ser feita por CONCURSO PÚBLICO devidamente publicitado.
A competência deve ser sinónimo de liberdade e de crescimento de Portugal.
É claro que os directores gerais são nomeados com confiança política, o que gera uma espiral de mais do mesmo!
Os DG que são competentes para o País não deviam ser retirados só porque pertencem a outro partido, ou porque apenas foram nomeados por outros!
Abraço
MR
Esse absurdo de que governar é nomear pessoas de «confiança» para lugares de responsabilidade, é uma fonte de incapacidade da máquina administrativa pública. Assim, Portugal cada vez se afastará mais da linha da frente dos seus parceiros europeus. Esses cargos deviam ser por concurso público a que poderiam concorrer todos os funcionários de acordo com as condições definidas para o caso concreto, em que a experiência, a competência, o currículo, seriam a base de selecção, independentemente da cor política.
Abraço
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