Da autoria de Espectadora atenta, publicado no blog Potucalactual
O recrutamento de um assistente individual para cada um dos 230 deputados poderá implicar à Assembleia da República (AR) uma despesa mensal entre cerca de 300 e 500 mil euros. Ou seja, entre 4,6 e 7 milhões de euros por ano.
O novo cargo, que poderá ser criado já a partir de meados de Setembro, não implica, como ficou consagrado na lei, um aumento da despesa global com a actividade parlamentar, mas, para ser implementado, exigirá a obtenção de poupanças financeiras noutras áreas de funcionamento da AR. O diploma com as alterações ao estatuto do deputado, que permite a criação do assistente individual, foi publicado em Diário da República na última sexta-feira e estabelece que os encargos com a aplicação desta medida sejam “satisfeitos pelo orçamento da AR, salvo determinação legal especial”. O presidente do Parlamento já disse que a contratação destes assistentes “não pode ser feita com recurso ao aumento do orçamento da AR”, até porque “o Orçamento da Assembleia não pode ter uma expansão superior à do Orçamento de Estado em termos de despesa pública e de despesas com pessoal”.
Enquanto o poder de compra de alguns Portugueses (classe média , média baixa e baixa) vai diminuíndo de dia para dia, a classe política beneficia os seus conhecidos e partidários. Se os deputados têm tempo para adormecer na assembleia, para tratar dos seus assuntos particulares e tudo mais, precisam de assistentes para quê? As contratações serão feitas como? Qual será o factor mais importante? O factor "C" Cunha, Familiar ou Tacho? Quando é que estes senhores vão ganhar vergonha na cara e começar por dar o exemplo quando pedem para "apertar o cinto"???
Posted by Espectadora Atenta
A Necrose do Frelimo
Há 3 horas
5 comentários:
Afinal, a AR podia, do antecedente, fazer cortes significativos nas despesas e não os fez. Por outro lado, uma vez que viveu mais de trinta anos sem os tais assistentes, a admissão desse pessoal não se justifica em tempo de contenção.
O que há a fazer é simplesmente proceder aos cortes orçamentais e NÃO admitir os boys. Quanto mais não seja por solideriedade para com os contribuintes.
O País com este género de políticos é uma grande ANEDOTA. A cada passo se tropeça num sintoma de loucura. Depois de 30 anos de reconstrução dum sistema, é altura de estabilizar e aliviar as burocracias. Mas não. Apesar de estarmos em crise a apertar o cinto, quase já sem estômago, atiram-nos à cara com um balde lama como este de criar 230 lugares para os meninos da oligarquia.
O povo que se lixe, é essa a decisão dos poderosos.
Teria sido mais inteligente ensinar e apoiar esses meninos a montar pequenas empresas para viverem sem ser à custa dos cidadãos já tão explorados.
Abraço
Sempre Jovens
Mais um contra-senso vergonhoso. A uns pede-se contenção e apertar de cinto, a outros oferecem-se tachos.
Abraço do Corcunda.
João Soares
Apertar o cinto é para aqueles que já nada têm por onde apertar, mas para os políticos não existe essa máxima. Porque será?
Abraço
Isto demonstra a saciedade que os nossos políticos, em geral, salvo raríssimas excepções, consideram a política não como uma forma nobre de servir o País, procurando melhorar as condições de vida da população mais desfavorecida, mas sim como forma de enriquecer, fazendo as maiores tropelias impunemente, em favor uns dos outros e daqueles que lhes podem prolongar o estado de graça após deixarem o poder, os tachos das reformas milionárias acumuladas.
E alegam que tudo isso é legal... como se pudesse não o ser, sendo eles que talham as leis à sua medida e conveniência!!!
Sugere-se a visita a Mentira
Um abraço
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