segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Taxas de juro já estão nos 6%

Taxas de juro para habitação já estão nos 6%
http://dn.sapo.pt/2007/08/06/economia/taxas_juro_para_habitacao_estao_6.html

Notícias de hoje dizem-nos que as taxas de juro do crédito à habitação já chegaram aos 6%, o valor mais alto desde há seis anos. Quem for contrair um novo empréstimo à compra de casa em Agosto e só conseguir negociar um spread de 1,8 pontos, que é dos mais altos, ficará a pagar uma taxa de juro nominal de 6,219% e efectiva (já com encargos) de 6,247%, se o indexante escolhido foi a Euribor a seis meses.

Este é o resultado de mais uma subida das taxas Euribor em Julho, com o valor médio deste indexante a seis meses a atingir os 4,419%, enquanto a mesma taxa para o prazo de três meses apresentou um valor médio de 4,275%, no mês passado.

Trata-se dos valores mais altos desde Setembro de 2001, quando a taxa máxima era de 6,250%. No entanto, nesta altura, este spread máximo praticado pela banca era de dois pontos percentuais e a taxa de juro Euribor era arredondada ao oitavo e quarto de ponto percentual acima, consoante os bancos.

Actualmente, com o arredondamento à milésima obrigatório, as taxas de juro praticadas pela banca apresentam poucas variações, com a negociação do spread a constituir a principal diferença.

Recorde-se que no último pico da subida das taxas de juro europeias, em finais de 2000, os portugueses chegaram a pagar taxas de juro pelos seus empréstimos de 7,3%. Actualmente as taxas do mercado bancário estão em ciclo ascendente, desde Setembro de 2005.

Este é mais um aperto no cinto que os cidadãos mais desprotegidos vão sofrer. Para quê? Para que alguns privilegiados tenham melhor vida. Recordem-se as notícias vindas a público há dias e já referidas no post
Pontos fracos dos Portugueses:
Lista de devedores cresceu 15 vezes face há um ano
Lucros dos bancos privados subiram 23%
Bancos lucram 6,3 milhões por dia
Lucros da CGD sobem para 490 milhões
Seguros registam melhor resultado de sempre

E não se vê sinal de um controlo que evite esta especulação imoral do bancos sobre os clientes, fazendo tudo o que lhes apetece para aumentar os lucros à custa do cidadão já tão sacrificado por todas as formas, por todos os poderes.

2 comentários:

Nuno Raimundo disse...

Será que isto nunca mais pára?!

Esta gente deve estar á espera do quê?!

Assim não há bloso que aguente, nem retoma que "retome"...

abr...prof...

A. João Soares disse...

Lá parar parece que não pára e a explicação parece óbvia. O políticos são subservientes ao poder económico que lhes fornecerá os tachos quando saírem do poleiro político, além das «atenções» que desse lado lhes chegam a cada pretexto.
Mas, já que não pára, ao menos que fosse suavizada por forma a que o povo deixe de ser tão sacrificado. Isto de apertar o cinto continuamente, sem ver sair desse sacrifício qualquer benefício a não ser para os já poderosos, não é nada saudável. Pode resultar em grave tempestade.
Abraço