Repare-se, na promiscuidade de problemas do sistema financeiro, com os nomes dos políticos que estiveram ligados aos bancos que fracassaram. Não é fantasia a frase que muito se ouve de que «os boys vão para a política com o objectivo de enriquecer ao máximo, no mais curto prazo e por qualquer forma
sábado, 26 de dezembro de 2015
BANIF E OS POLÍTICOS
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A. João Soares
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sexta-feira, 8 de agosto de 2014
SISTEMA FINANCEIRO, DINHEIRO, VALORES ÉTICOS
Vai-se confirmando o apocalipse esboçado por Paulo Baldaia que poderá estar próximo.
Este país não tem solução enquanto todos os poderes pactuarem com um sistema
-que favorece o enriquecimento ilícito,
-que julga na praça pública por ser incapaz de fazer justiça nos tribunais,
-que despreza a competência e aplaude o amiguismo,
-que se mostra totalmente incapaz de promover a igualdade de oportunidades.
-que recicla os donos disto tudo mas apenas para substituir uns pelos outros.
E, depois disto, você continua a ter confiança no seu banco?
Continua a investir as suas poupanças em acções para ter melhores resultados?
Acha que a felicidade depende do volume da sua fortuna?
Não será o dinheiro a pior droga criada pelo homem quando se usa descontroladamente e com obsessão?
Não será oportuno investir algum tempo, diariamente, na meditação que conduza a rever a escala dos valores éticos, morais, no funcionamento da sociedade?
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sábado, 25 de maio de 2013
sábado, 18 de maio de 2013
THOMAS JEFFERSON SOBRE OS BANCOS
Principal redactor da Declaração de Independência em 1776, Thomas Jefferson foi o 3º Presidente dos EUA e escreveu este texto!
É um texto intemporal e que descreve de forma arrepiante o que está a acontecer com a divida soberana (237 anos depois)!
Acredito que as instituições bancárias são mais perigosas para as nossas liberdades do que o levantamento de exércitos. Se o povo Americano alguma vez permitir que bancos privados controlem a emissão da sua moeda, primeiro pela inflação, e depois pela deflação, os bancos e as empresas que crescerão à roda dos bancos despojarão o povo de toda a propriedade até os seus filhos acordarem sem abrigo no Continente que os seus pais conquistaram.
Extraído do blogue O melhor e o pior
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quarta-feira, 15 de maio de 2013
QUEM MANDA NO PAIS? QUEM É EXPLORADO?
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A. João Soares
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sábado, 30 de março de 2013
Dicas úteis para Reforma do Estado
Numa sociedade democrática, em que os governantes são mandatários do povo soberano, este deve fazer sentir a sua vontade e apresentar ideias e sugestões que ajudem os mandatários a melhor cumprirem as suas tarefas destinadas a melhorar o bem-estar dos mandantes.
Neste conceito as palavras ditas por D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, durante a homilia da celebração da Paixão do Senhor, devem ser tidas em consideração pelas autoridades políticas, por referirem muitos dos problemas actuais, como a preparação e capacidade dos políticos, o monopólio dos bancos, a prioridade dada a «questões sem sentido», de importância reduzida ou nula em relação aos assuntos essenciais.
Extraem-se as seguintes palavras que merecem objecto de reflecção:
Afirmou: "Porque é que nós consentimos que tantos seres humanos continuem a ser vítimas da miséria social, da violência doméstica, da escravatura laboral, do abandono familiar, do legalismo da morte, da corrupção judicial, das mortes inocentes na estrada, das mentiras dos astrólogos, do desemprego, de uma classe política incompetente e do monopólio dos bancos", afirmou o prelado.
Alertou para as consequências da austeridade: "Preocupa-me o número de suicídios que aumentam diariamente em Espanha e também entre nós, como fruto, muitas vezes, de penhoras imobiliárias e que em breve, com certeza, tudo isto se tornará ainda mais grave".
Mostrou-se apreensivo com as "depressões dos jovens portugueses, que se fecham nos seus quartos por causa do desemprego" e também com "as famílias cujo frigorífico se vai esvaziando".
E sublinha que, enquanto tudo isto acontece, "os políticos refugiam-se em questões sem sentido".
E critica o sistema dos bancos que, "depois de terem imposto a tirania dos consumos desnecessários para atingirem metas lucrativas, hoje condicionam o crédito justo às jovens famílias portuguesas, contra taxas abusivas que dificultam o acesso a uma qualidade de vida com dignidade".
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terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Poupar para suportar os bancos
Transcrição de artigo que contribui para melhorar a análise possível da situação actual:
Banca rota
CM 130108. 1h00. Por: Paulo Morais, Professor Universitário
O país está falido, não há dinheiro para nada. Mas, para os bancos, os recursos continuam ilimitados. Sempre que um banco está em apuros, logo os governantes o auxiliam com os dinheiros públicos; isto apesar de o estado português se encontrar, ele próprio, em situação de pré-bancarrota.
Foi assim com o BPN. Ao longo de anos, a Sociedade Lusa de Negócios (SLN), grupo detentor do banco, realizou todo o género de negócios. Acumulou os lucros nas empresas da SLN, enquanto os prejuízos engrossavam o passivo do BPN. Em 2008, José Sócrates nacionalizou o banco, assumindo todos os seus prejuízos, mas deixou intacta a SLN. De seguida, o estado saneou as finanças do banco e vendeu-o a preço de saldo.
Triste é também a história do Millennium-BCP, entidade tomada de assalto pelo Partido Socialista no tempo de Sócrates e que, sob a gestão de Armando Vara, concedeu empréstimos sem critério e sem garantias. Está perto da falência, começa a despedir pessoal. E vem agora o estado, já em 2013, comparticipar, com apoios sociais, na operação de despedimento coletivo do banco.
A estes bancos falidos junta-se ainda o Banif, instituição cuja imagem foi profundamente afetada pelo escândalo da herança de Horácio Roque, disputada pela sua mulher Fátima, guerrilheira da Unita, e suas filhas Teresa e Cristina. Descapitalizado, sem quota de mercado, o banco vê agora os seus problemas resolvidos, pois recebe uma injeção de 1100 milhões do estado. Um absurdo!
Igualmente estranha foi a aquisição do Finibanco pelo Montepio Geral (MG). O MG, não sendo uma entidade pública, tem responsabilidades sociais óbvias, pois é a maior associação portuguesa, com cerca de 530 mil associados. Quando o Finibanco acumulava já enormes prejuízos, surge uma oportuna OPA por parte do MG. O Finibanco apresentou lucros apenas no semestre da venda, as ações valorizaram artificialmente dias antes da operação, com uma valorização de 22% em apenas três dias, inflacionando o valor da OPA em dezenas de milhões. O MG comprou muito caro o Finibanco, prejudicando os mutualistas.
Os exemplos sucedem-se de forma agonizante. Os bancos constituem autênticos sacos rotos onde são despejados, criminosamente, os escassos recursos do povo português.
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segunda-feira, 23 de julho de 2012
Crédito, bancos e dinheiro
«A pior ferramenta, nesse sentido é o DINHEIRO que foi eleito o produto final de todas as acções e ao qual toda a gente presta homenagem de maneira fanática, dependente, imperiosa. É, com defeito, a pior droga tóxica e demolidora. O ser humano despreza todos os valores morais e éticos de respeito por si e pelos outros, quando pensa no dinheiro e no poder que dele obtém. Só aspira por esse poder e nem pensa nas permanentes preocupações e servidões que ele impõe aos seus adoradores. É um deus tirano, que exige sacrifícios desmedidos e imolações da própria personalidade, demolidor dos valores que deviam nortear a s relações entre as pessoas e entre estas e a Natureza.»
Ultimamente, a esta divindade mefistofélica têm sido feitos muitos «sacrifícios» incentivados pelos bancos, com o incentivo ao consumismo, com pagamentos a prestações, ao crédito para tudo e mais alguma coisa, ao «viver acima das possibilidades». Na ânsia de lucros, os bancos têm usado slogans do género «vá para férias e pague depois». E martelam aos ouvidos dos detentores de telefone com insistência para os convencer a usar o cartão de crédito do banco Xis ou Ypsilon, etc. Com tal tipo de propaganda para aumentar os negócios e o consequente lucro, os bancos foram a principal causa da crise que está a esmagar-nos. Muitas pessoas só repararam que estavam a viver muito acima das suas possibilidades quando a rotura lhes fez abrir os olhos mas, nessa altura, já a vida se tinha transformado num drama.
Pode dizer-se que as pessoas não estavam preparadas para gerir com segurança os seus rendimentos ao ponto de não calcularem os riscos das despesas que estavam a fazer, o que é um efeito do ensino deficiente de que os políticos também padecem por não terem evitado o défice orçamental. Mas os bancos aproveitaram em seu benefício essa deficiência de informação e exploraram-na ao máximo
Em consequência disso a Deco recebeu 5700 reclamações sobre crédito à habitação até Junho e o Banco de Portugal anuncia que Incumprimento das empresas leva crédito malparado a bater novo recorde e, entretanto, surge a notícia Bancos cortam para metade financiamento às famílias o que pode traduzir uma medida sensata de reduzir os riscos mas que vem em contraciclo das afirmações do presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Faria de Oliveira, quando promete que "Bancos portugueses vão ser motor do crescimento económico".
Será bom que os bancos desempenhem tal factor de crescimento. Mas isso não se apresenta muito claro pois implica alterações estruturais nos esquemas de funcionamento da gestão financeira privada, estatal e global e, em consequência, a actuação do sistema bancário, o que não será fácil para os bancos dependentes dos seus vícios actuais!!!
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quarta-feira, 25 de abril de 2012
Rui rio faz fotografia da crise
Embora nada disto seja novidade, é preciso realçar a clareza com que é dito por uma pessoa em posição que lhe dá credibilidade. Sugere-se a leitura da notícia:
Rui Rio critica a banca pelo “descalabro financeiro” do país
Público. 24.04.2012 - 21:10 Por Margarida Gomes
O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, deixou nesta terça-feira bem claro que a “crise profunda” a que o país foi conduzido “não se confina ao poder político”.
“Haja frontalidade de referir que, também, a banca não se pode eximir das responsabilidades que lhe cabem no descalabro financeiro a que chegamos. A começar na incompreensível passividade do Banco de Portugal e acabar nos erros de gestão da banca comercial, cujo respeito pelo interesse do país esteve quase sempre, aquém daquele que foi a preocupação com o lucro (...)”, disse Rio.
Ao discursar no salão nobre da Câmara do Porto na cerimónia evocativa do 38º aniversário do 25 de Abril durante a qual foram distinguidas 13 personalidades (todos homens) e uma associação da cidade, Rui Rio afirmou que “as recentes notícias de que alguns bancos se têm dedicado a financiar operações de compra de acções, ou que poderão estar a aplicar os seus meios em títulos da dívida pública, comprados abaixo do par no mercado secundário, são um preocupante sinal da falta de unidade nacional de combate à crise que tantos nos angustia e tantos nos atormenta”.
Num discurso onde voltou a defender uma reforma na Justiça que, disse, “nos garanta mais transparência e mais controlo democrático”, o autarca questionou o regime, perguntando mesmo se “o regime foi capaz de travar a despesa pública e a dívida externa irresponsável que nos conduziu para a mísera situação em que nos encontramos, e que traiu de forma infame as gerações seguintes, que hoje se vêem obrigadas a e imigrar (...)” E depois aludiu à pesada austeridade que obriga a cortes salariais e potencia o aumento do desemprego, levando “a uma penosa degradação do nível de vida da sua classe média”. Mas não se ficou por aqui. Rio sublinhou que em paralelo com esta situação tem “conhecimento da existência de vencimentos exageradamente absurdos que são profundamente injustos (...)”.
Perante os sacrifícios que estão a ser pedidos, Rui enalteceu “o comportamento exemplar dos trabalhadores portugueses face às pesadas medidas de austeridade que lhes estão a ser exigidas” e criticou “muitos sectores da nossa sociedade que não se têm comportado de forma equivalente, demonstrando um egoísmo que nunca sendo saudável, neste especial momento, é particularmente grave para o futuro do país”.
Para o presidente da Câmara do Porto, “também não é suportável o país suportar a pesada austeridade a que a sua situação obriga com cortes salariais, forte aumento do desemprego e uma penosa degradação do nível de vida da sua classe média e, em paralelo, ter conhecimento da existência de vencimentos exageradamente absurdos que são profundamente injustos (...)”, declarou.
Pedindo reformas que devem de começar pela “revitalização e credibilização do poder político”, o autarca lamentou que não sejam os melhores a serem recrutados para os cargos de enorme responsabilidade e criticou “os próprios dirigentes partidários que, muitas vezes, de forma muito pouco séria, abraçam a postura demagógica, e são eles próprios que, para caírem na graça do populismo mais primário, tomam medidas de punição irracional sobre a dita classe política como quem diz: ‘são todos desonestos, menos eu, porque os castigo’”.
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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
O Estado social no seu melhor !!!
O artigo a seguir transcrito mostra números.
Dois terços da ajuda anticrise foram parar ao sector bancário
Público. 23.12.2010 - 07:41 Por João Ramos de Almeida
Tribunal de Contas critica atrasos na aplicação do POCP.
As ajudas aprovadas em 2009 pelo Governo para combater os efeitos da crise internacional em Portugal foram absorvidas pelos bancos e pelas empresas.
Segundo o parecer do Tribunal de Contas sobre a Conta Geral do Estado desse ano, ontem divulgado, 61 por cento dos 2,2 mil milhões de euros foram para a banca, 36 por cento para as empresas e um por cento para o apoio ao emprego.
Contra a expectativa do Governo de que a crise na Europa - desencadeada em Setembro de 2008 com a falência da firma Lehman Brothers - não tocaria Portugal, a crise marcou o exercício orçamental de 2009.
O défice saltou de 2,9 por cento do PIB em 2008 para 9,3 por cento no final de 2009. Mas, desse agravamento de 6,4 pontos percentuais, apenas 22,4 por cento se deveram à aplicação das ajudas. O maior contributo veio da quebra das receitas, em resultado de uma travagem da actividade económica às quatro rodas.
Mas o Tribunal assinala, ainda assim, um conjunto de medidas com impacto na despesa e na receita. Foi o caso, entre outras, do aumento do funcionalismo em 2,9 por cento, a criação da taxa de 12,5 por cento em IRC para todas as empresas, a descida dos pagamentos por conta para as pequenas e médias empresas, o aumento de capital da CGD (mil milhões), incentivos às empresas (460 milhões), o empréstimo para as Estradas de Portugal (130 milhões) e o programa e-escolas (180 milhões).
O parecer assinala que, "embora as consequências da crise financeira internacional fossem já previsíveis no segundo semestre de 2008, o OE de 2009 perspectivou para este ano um crescimento económico de 0,6 por cento", ou seja, "apenas uma ligeira desaceleração face ao valor estimado para 2008 e um desvio muito acentuado de 3,2 pontos percentuais face ao crescimento do PIB efectivamente verificado". Sublinha ainda que, das duas alterações ao OE feitas ao longo de 2009, apenas a realizada em Dezembro - após as eleições legislativas de Setembro - assumiu os valores mais reais da quebra das receitas.
Números pouco rigorosos
Neste parecer, o TC reitera recomendações já apresentadas em pareceres anteriores, relacionadas com a falta de rigor dos números da Direcção-Geral de Orçamento.
"Não é possível confirmar o valor da receita inscrito na Conta Geral do Estado de 2009 como sendo o da receita efectivamente obtida", refere entre as principais conclusões do parecer. "A despesa fiscal continua a não ser integralmente quantificada e discriminada devido a limitações das fontes e dos sistemas de informação, pelo que o Tribunal mantém reservas quanto aos valores inscritos na Conta Geral do Estado". No final do ano, a dívida do Estado por fornecimentos de bens e serviços ascendia a 2.239,4 milhões de euros", dos quais 85 por cento no sector da Saúde.
O extenso relatório revela ainda várias situações que são sintomáticas de uma gestão menos criteriosa dos dinheiros públicos (ver caixa).
Mas a principal crítica foi para os atrasos na aplicação do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP). "Em 2009, doze anos após a sua aprovação, o POCP continuou a não ser aplicado pela generalidade dos serviços integrados do Estado e por uma parte dos serviços e fundos autónomos, embora tenham continuado a ser dados alguns passos nesse sentido", escreve-se no relatório publicado ontem.
A crítica é de tal forma recorrente que o presidente do Tribunal, Guilherme d"Oliveira Martins, afirmou ontem ao presidente do Parlamento, Jaime Gama, na entrega do parecer, que, "se necessário", o TC usará dos seus poderes legais "para contribuir para acelerar o processo de aplicação do POCP" e pressionar os serviços a aplicar aquele que é tido como um instrumento "indispensável" do controlo plurianual das despesas públicas. Ou seja, vai multar os serviços.
Na verdade, o Tribunal tem condescendido com os serviços que aleguem falta de recursos ou de pessoal, como o reconheceu Oliveira Martins em conferência de imprensa. Por outro lado, a responsabilidade última dos atrasos é da empresa pública responsável pelos serviços partilhados do Estado, a GERAP, sobre a qual o Tribunal não possui qualquer jurisdição.
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sábado, 24 de julho de 2010
Cuidado com as propostas bancárias
Transcrição seguida de NOTA:
Vai um lifting?
JN. 100724. 00h31m. Por Joana Amorim
No dia seguinte à divulgação dos dados da execução orçamental no primeiro semestre deste ano - que colocam a despesa ao nível mais alto dos últimos quatro anos - Teixeira dos Santos veio defender o reforço da literacia financeira com recurso ao sistema escolar.
O que faz todo o sentido. Mas mais sentido faria se o Estado desse o exemplo, sobretudo nos tempos que correm. Vamos aos números: a despesa efectiva soma mais mil milhões e o défice engorda 462 milhões. Para quem apregoa a "instauração de bons hábitos de poupança", as contas do subsector Estado envergonham.
E se tivermos em conta que as receitas de IVA, no período em análise, aumentaram 16,3%, então o cenário fica mesmo negro. Porque prova que os portugueses continuam a viver acima das possibilidades. A comprovar está a corrida frenética à compra de carros para "contornar" a subida do IVA em um ponto percentual. As receitas do Imposto Sobre Veículos dispararam 21,3%. Mas há alguém que ache que isto faz sentido?
Dirão que o aumento do consumo é um sinal de confiança dos consumidores. Sinal de que a putativa retoma económica veio para ficar. Em Portugal não ficará, com certeza, como já o fez saber o Banco de Portugal.
A esta vontade compradora - ou devedora - dos portugueses não é alheia a agressividade do marketing da nossa Banca. Ponto prévio: os bancos existem para ganhar dinheiro, não são instituições de solidariedade social. Mas devem-se reger por valores de rigor e transparência.
Confesso que fiquei um pouco perplexa quando, por carta, o "meu" banco me "ofereceu" uns milhares de euros - com uma TAEG de cair para o lado - para, pasme-se, aceder ao mundo de beleza (vindo a oferta de um homem, até fiquei um pouco ofendida...). E quem fala de créditos para cirurgia estética fala para automóveis de alta cilindrada, plasmas e até mesmo serviços de porcelana.
É certo que o crédito é o negócio da Banca. Mas será isto moralmente aceitável? No meu caso, não percebo como é que o banco acha que tenho dinheiro para liftings e coisas que tal. Mesmo salvaguardando que o mesmo está sujeito à análise de risco de crédito. E como eu estarão milhares de portugueses. E muitos deles, como sabemos, não resistem à tentação.
NOTA: É preciso abrirmos os olhos e não cairmos nas tentações da «agressividade do marketing da nossa Banca». Devemos gerir os nossos recursos segundo o nosso critério e não cedermos aos interesses de quem nos quer sacar o sabugo, sob a capa de promessas tentadoras. «O crédito é o negócio da Banca» e, se não formos nós a pedi-lo para fazer face a uma necessidade bem pensada, se nos deixarmos ir atrás de uma promessa que não seja do nosso interesse, acabamos por ser enganados e nos arrependermos de não ter travado a tempo. O marketing funciona sempre a favor de quem o pratica e não do seu destinatário. Não faz mal ouvir, conhecer as ofertas, mas não se deve agir sem reflectir muito bem e conversar com familiares e pessoas tidas por esclarecidas, da nossa confiança.
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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Obama leu Thomas Jefferson?
O presidente norte-americano, Barack Obama, deseja limitar a dimensão e a actividade das instituições financeiras, segundo fonte do Governo citada pelas agências internacionais.
O presidente dos EUA começou a discutir com os seus conselheiros económicos, há cerca de dois meses, a necessidade de incluir na reforma financeira algumas disposições “mais restritivas” e “específicas” sobre a limitação da dimensão e das áreas de actividade das instituições financeiras. O objectivo é o de reduzir os custos de riscos excessivos.
Como seria de esperar não lhe faltam opositores como, por exemplo, Warren Biffett. No entanto, Presidente dos EUA vai propor ao G20 que adopte o seu novo imposto sobre a banca.
Curiosamente, já em 1802, Thomas Jefferson alertava para os perigos criados pelo poder da banca.
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quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Bancos com lucros de milhões
Apesar da crise FINANCEIRA global, em Portugal os Bancos lucraram 1403 milhões até Setembro. Isto foi conseguido com redução de custos e oneração de clientes.
À cabeça, o Santander Totta foi o banco que obteve lucros mais elevados, ascendendo estes a 399,3 milhões de euros (mais 0,3% que no período homólogo).
Mas, apesar disso, ainda querem mais lucros, pretendendo criar uma taxa para a utilização do cartão multibanco.
Já há mais de dois anos nos posts Cartão multibanco explora o cidadão e Banca cria lucros explorando os clientes se alertava para as manobras tendentes ao aumento de lucros à custa dos clientes.
O cartão Multibanco é um exemplo típico da face mais exploradora das técnicas de Marketing: primeiro «impingiram» o cartão aos clientes, quase os obrigando a aceitar, porque isso iria reduzir o pessoal de atendimento ao público (diminuição de pessoal igual a redução de custos); depois de as pessoas se habituarem às vantagens do cartão apareceu a anuidade e, entretanto, para dificultar a fuga para a alternativa do cheque, aumentaram o preço deste; agora que as pessoas já aceitam a anuidade como normal, querem a taxa de utilização. E fazem tudo isto baseados na memória curta das pessoas que esquecem que o cartão apareceu para benefício do banco ao reduzir o pessoal em serviço nas agências.
E enquanto os bancos se banqueteiam com lucros de muitos milhões, continua no País muita gente com fome, muitos que eram remediados vão à sopa dos pobres, envergonhadamente, para não morrerem por desnutrição.
Já que os políticos não encaram as dificuldades crescentes que desta forma são impostas ao povo (porque delas beneficiam como têm mostrado notícias da CGD, CCP, BPN, BPP, etc.), deve cada cidadão pensar serenamente como deixar de ser explorado de forma tão sistemática e sem escrúpulos, de forma tão imune e impune, no bom estilo dos parasitas mais sugadores.
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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Supervisão financeira deve ser eficaz
É da natureza humana a acomodação a rotinas, o curto olhar para o próprio umbigo, a ausência de auto-crítica e o excesso de auto-estima, principalmente quando se trata de pessoas instaladas no Poder e quando esse poder tem a maioria absoluta, geradora de autoritarismo, arrogância e teimosia do «quero, posso e mando». Nestas circunstâncias, impõe-se uma oposição esclarecida, válida, corajosa, para apontar os erros a reparar, e as soluções possíveis para evitar a sua repetição. Diz o ditado que é mais fácil ver um cisco no olho do vizinho do que um argueiro no próprio.
Goste-se ou não do estilo de Francisco Louçã, discorde-se ou não de que lhe falta serenidade e gravata para ser primeiro-ministro, o certo é que está a desempenhar com muito vigor e patriotismo o seu actual papel de oposição. Na notícia que se transcreve, vê-se que trata com muito realismo e objectividade o problema do sistema financeiro, da sua investigação, inspecção, controlo e acompanhamento e da forma simplista como o Governo se serve do dinheiro dos nossos impostos para salvar empresas privadas suprindo erros dos administradores e saltando por cima da responsabilidade dos accionistas, donos dessas empresas. O argumento tem sido que isso defende interesses dos clientes dos bancos, o que é uma falácia pois esses clientes têm sido lesados permanentemente pela ganância dos bancos que lhes impingem teimosamente soluções e facilidades que só os prejudicam mas que aumentam os lucros dos banqueiros. À frente dos banqueiros, os governos devem colocar os reais interesses dos cidadãos mais desprotegidos e que são explorados pelo capitalismo selvagem que beneficia de todos os apoios.
As críticas mais eficazes e construtivas dum sistema não vêm de dentro, mas de fora, como este caso nos mostra. Vejamos o texto.
BE propõe inquérito ao «lixo tóxico» de todos os bancos
domingo, 30 de Novembro de 2008
O Bloco de Esquerda (BE) propôs hoje a realização de um inquérito ao «lixo tóxico» de todos os bancos para determinar quanto valem as operações financeiras das instituições.
«Para definitivamente acabar com a delapidação de fundos públicos, para proteger um efeito de dominó de prejuízos atrás de prejuízos, o BE quer propor que o Governo, através do Banco de Portugal, faça um inventário do lixo tóxico nos fundos de pensões, nos fundos de investimento e nos balanços dos bancos», disse o líder do BE.
Francisco Louçã falava numa conferência de imprensa, em Lisboa, durante a qual apresentou algumas propostas de novas regras de supervisão bancária.
O inquérito proposto pelo BE destina-se a avaliar «quanto valem as operações financeiras de todos os bancos, de tal modo que sejam obrigados a corrigir os seus balanços, se necessário, em função do valor real daquilo que têm e se necessário aumentar o capital em 2009», disse.
«Se o inventário não for feito agora ele vai-nos entrar pela porta do cavalo, porque vai haver um banco atrás de outro que vai ter problemas e que vai pedir socorro ao Estado. E que em vez de actuar por via dos seus accionistas que são responsáveis pelo seu capital, vão pedir dinheiro ao Governo», afirmou o líder do BE.
«Vamos ter um Ministério das Finanças na lufa-lufa de salvar bancos atrás de bancos, sem nunca fazer perguntas. Quem especulou, quem perdeu, porque é que perdeu, onde perdeu e não é responsável pelo que perdeu? Nunca se fazem as perguntas e nunca se pedem responsabilidades a não ser ao contribuinte», acusou Francisco Louçã.
Sobre o aval financeiro pedido ao Estado pelo Banco Privado Português (BPP), que apresentou como garantias activos no valor de 500 milhões de euros, o BE propôs também a venda destas garantias.
«Das duas uma, ou essas acções e esses activos valem mesmo os 500 milhões de euros que o banco diz e servem para pagar as suas dívidas, provocadas pela sua acção, ou não valem nada e o Estado não pode aceitar uma garantia que não vale nada», declarou Louçã.
«Em última análise serão sempre os contribuintes a pagar com os seus impostos esta vertigem de operações financeiras sem nenhum sentido e pelos quais os banqueiros não são responsabilizados», acrescentou.
O líder do BE anunciou ainda a apresentação de um projecto de lei, na próxima semana, para responder à delinquência económica e financeira.
O projecto de lei «determinará a proibição de créditos a sociedades cujos donos são incógnitos ou anónimos, em offshore, determinará a obrigatoriedade do registo de operações de transferência de capital de Portugal para paraísos fiscais, determinará a tributação dos movimentos especulativos de curto prazo e agravará a pena a todos os banqueiros e administradores que contribuam para o branqueamento de capitais», anunciou.
Diário Digital / Lusa
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quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Dinheiro e Poder
Tornou-se vulgar ouvir dizer que ter dinheiro significa ter poder. É uma verdade indiscutível sabendo nós que numa sociedade neoliberal como a que se está a criar, tudo gira em torno do dinheiro e do lucro.
Há quem diga que o neoliberalismo pode conviver com uma sociedade com princípios e ética, contudo a prática vem desmentindo essa tese.
A crise no maior banco privado do país veio trazer à baila a ambição e a hipocrisia que grassa no sistema político nacional. Durante meses as autoridades de supervisão nada disseram, como nada se estivesse a passar, até que alguém decidiu falar alto e lá se mexeu no assunto. A ocasião escolhida, a quadra do Natal, não terá sido apenas uma coincidência, para muitos entendidos, porque quase todos concordam que nesta época o assunto não toma proporções que afectem mais profundamente os negócios da instituição.
Se os problemas do BCP, são apenas assuntos de gestão, a intromissão dos políticos nesta matéria começam a mostrar o que se suspeitava, e dizia à boca pequena, que existe uma grande promiscuidade entre o poder económico e o poder político. A guerra de palavras, com acusações mútuas, entre o PS e o PSD, sobre as personalidades que irão ficar à frente dos destinos do BCP e da CGD, deixa à vista de todos a luta pelo poder e o modo como esta se processa. Nunca como agora, tinham ficado tão claros os métodos utilizados por quem dirige os nossos partidos políticos.
Transcrição do blog Zé Povinho http://pinderico.blogspot.com/
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segunda-feira, 6 de agosto de 2007
Taxas de juro já estão nos 6%
Taxas de juro para habitação já estão nos 6%
http://dn.sapo.pt/2007/08/06/economia/taxas_juro_para_habitacao_estao_6.html
Notícias de hoje dizem-nos que as taxas de juro do crédito à habitação já chegaram aos 6%, o valor mais alto desde há seis anos. Quem for contrair um novo empréstimo à compra de casa em Agosto e só conseguir negociar um spread de 1,8 pontos, que é dos mais altos, ficará a pagar uma taxa de juro nominal de 6,219% e efectiva (já com encargos) de 6,247%, se o indexante escolhido foi a Euribor a seis meses.
Este é o resultado de mais uma subida das taxas Euribor em Julho, com o valor médio deste indexante a seis meses a atingir os 4,419%, enquanto a mesma taxa para o prazo de três meses apresentou um valor médio de 4,275%, no mês passado.
Trata-se dos valores mais altos desde Setembro de 2001, quando a taxa máxima era de 6,250%. No entanto, nesta altura, este spread máximo praticado pela banca era de dois pontos percentuais e a taxa de juro Euribor era arredondada ao oitavo e quarto de ponto percentual acima, consoante os bancos.
Actualmente, com o arredondamento à milésima obrigatório, as taxas de juro praticadas pela banca apresentam poucas variações, com a negociação do spread a constituir a principal diferença.
Recorde-se que no último pico da subida das taxas de juro europeias, em finais de 2000, os portugueses chegaram a pagar taxas de juro pelos seus empréstimos de 7,3%. Actualmente as taxas do mercado bancário estão em ciclo ascendente, desde Setembro de 2005.
Este é mais um aperto no cinto que os cidadãos mais desprotegidos vão sofrer. Para quê? Para que alguns privilegiados tenham melhor vida. Recordem-se as notícias vindas a público há dias e já referidas no post
Pontos fracos dos Portugueses:
Lista de devedores cresceu 15 vezes face há um ano
Lucros dos bancos privados subiram 23%
Bancos lucram 6,3 milhões por dia
Lucros da CGD sobem para 490 milhões
Seguros registam melhor resultado de sempre
E não se vê sinal de um controlo que evite esta especulação imoral do bancos sobre os clientes, fazendo tudo o que lhes apetece para aumentar os lucros à custa do cidadão já tão sacrificado por todas as formas, por todos os poderes.
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A. João Soares
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domingo, 10 de junho de 2007
Banca cria lucros explorando os clientes
Grande banca lucra 8,7 milhões por dia
Paula Cordeiro, no DN, 070610
A margem financeira cresceu 35,8%
Os grandes bancos nacionais ganharam 8,7 milhões de euros por dia, no primeiro trimestre deste ano, mais 21% que em cada dia do mesmo trimestre de 2006, quando os ganhos diários foram de 7,1 milhões de euros. De acordo com cálculos feitos pelo DN, as cinco grandes instituições de crédito portuguesas viram os seus resultados aumentar quase tanto como os dos 13 maiores bancos europeus, cujos lucros cresceram 29,9% até Março. Os valores absolutos é que são bem diferentes.
O aumento dos lucros da banca ocorreu num quadro de subida de taxas de juro, com os bancos a registarem subidas significativas nas suas margens financeiras. Com efeito, os cinco grandes bancos portugueses - Caixa Geral de Depósitos, Millennium bcp, Banco Espírito Santo, Banco Santander Totta e Banco BPI - obtiveram, por dia, 17,8 milhões de euros de margem financeira, contra 13,1 milhões cobrados no ano passado. Ou seja, este foi o montante arrecadado diariamente pelos grandes bancos, resultante da diferença entre os juros cobrados sobre os empréstimos e as mesmas taxas pagas sobre as aplicações financeiras. Nos primeiros três meses, a margem financeira dos cinco grandes aumentou 35,8%, face ao ano anterior.
Seis milhões por dia
Com os bancos a ganharem mais dinheiro por via da subida dos juros e mercê de uma concorrência cada vez mais forte, as comissões cobradas abrandaram ligeiramente neste primeiro trimestre de 2007, com um crescimento mais reduzido que nos últimos tempos.
Assim, os cinco maiores bancos portugueses cobraram, por dia, 6,6 milhões de euros em comissões no primeiro trimestre deste ano, enquanto no mesmo período do ano passado tinham cobrado 5,9 milhões de euros diariamente, que se traduz num aumento homólogo de 11,8%, bem abaixo do verificado pela margem financeira.
De salientar que os grandes bancos portugueses avançaram, no início deste ano, para uma estratégia de fidelização de clientes, que passa pela eliminação de comissões para pacotes de produtos e serviços, cujo impacto só será mais visível nos números de final do ano.
Mas se o aumento dos lucros se explica, em parte, pelo aumento destas duas principais componentes do produto bancário - margem e comissões - o seu crescimento também se justifica por uma forte moderação dos custos, nomeadamente, os custos operacionais.
Assim, na mesma análise diária, os cinco grandes bancos nacionais gastaram, por dia, 14,2 milhões de euros nas suas despesas de funcionamento, administrativas e com pessoal. Trata-se de um aumento moderado de 4,4%, face ao mesmo período do ano passado, quando estes instituições gastaram diariamente 13,6 milhões de euros.
Uma moderação de gastos difícil de manter nos próximos tempos, atendendo aos planos de expansão de rede já anunciados por todos os grandes bancos, quer em Portugal, quer no estrangeiro.
NOTA: É oportuno relembrar a exploração dos bancos aos seus clientes, referida no post colocado em 24 de Maio. Cartão multibanco explora o cidadão. Se o cliente não se defender por todos os modos ao seu alcance fica depenado. Desde o Estado ao botequim, está todo o mundo a mexer no nosso bolso. Temos que ter muito cuidado. Um deles é verificar quem nos serve melhor antes de fecharmos qualquer negócio. E se este não for mesmo necessário, devemos deixar de o fazer. Não acreditar nas propostas que nos fazem sem verificarmos se são do nosso interesse e se há alternativas mais favoráveis a preferir.
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A. João Soares
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quinta-feira, 24 de maio de 2007
Cartão multibanco explora o cidadão
Conheço algumas pessoas que têm embarcado em decisões, sem reflexão séria e aprofundada, quando lhes telefonam para casa a aliciar com promoções, ou quando vão aos bancos e lhes impingem novos «produtos muito vantajosos». Ilusão! Ninguém (a não ser os amigos certos) nos telefonam para nosso interesse. O interesse é deles, isto é, da empresa que servem.
Há mais de duas dezenas de anos, os bancos a fim de reduzirem o número de empregados para menos de metade e, assim, aumentarem os lucros, ofereceram-nos, quase á força, o cartão multibanco, sem anuidade e sem qualquer taxa. As pessoas, relativamente depressa, aderiram a este meio de pagamento e inventaram imensos truques para memorizar o código. Numa progressiva aplicação de métodos científicos, passado algum tempo, quando as pessoas já estavam viciadas, dependentes do cartão, os bancos obrigaram ao pagamento da anuidade. E as pessoas, dependentes como já estavam, submeteram-se a essa extorsão. Entretanto, os bancos tinham reduzido o pessoal e fraccionaram-se em agências de dois ou três empregados por todas as ruas de cidades e vilas e obtiveram lucros cada ano mais elevados, apesar da crise do País.
Agora, depois de terem aumentado o custo dos cheques, propõem-se cobrar uma taxa por cada utilização do cartão. O recente aumento do custo dos cheques não foi por acaso, pois serve para dissuadir muita gente a regressar a esse modo de pagamento, já pouco usado, sendo obrigada a aceitar o ónus do cartão.
Mas, senhores utentes, não se esqueçam que se torna mais prático e vantajoso regressar ao modo de pagamento antigo, através de dinheiro, em notas e moedas. Vale a pena experimentar e, quando chegarem à conclusão de que é prático e económico, porque não transferem parte das vossas poupanças para os bolsos do administrador bancário para quem não há crise, irão continuar essa independência dos cheques e do cartão. E, se muitos seguirem esta sugestão, obrigarão os bancos a admitir mais pessoal, reduzindo o desemprego que grassa no País, e a tratarem os clientes como pessoas.
Está nas nossas mãos um poder não negligível que devemos utilizar para evitarmos sermos explorados descaradamente. Bastam os políticos, para nos secar os bolsos!!!
O facto de os bancos estarem conluiados com os restantes da União Europeia, em nada invalida a reflexão atrás exposta. Tudo é concertado entre eles contra os cidadãos desprotegidos.
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A. João Soares
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