A Vitalino Canas admite que "à medida que os problemas forem sendo ultrapassados, é claro que a dimensão à esquerda poderá ser mais visível". "Isso virá com o tempo". Segundo ele, "o PS governa à esquerda e de acordo com as possibilidades que tem de governar à esquerda". Estas frases do socialismo realista de Vitalino Canas, porta-voz do PS, foram ditas quando, desafiado a comentar o repto de Mário Soares para que o Governo virasse à esquerda.
Parece que estamos perante um teorizador da política sugerindo novos aspectos da clássica divisão entre esquerda e direita. Parece deduzir-se das palavras desta influente figura do principal partido que a esquerda não tem a mínima vocação ou capacidade para governar em situações de crise e muito menos para as resolver, só podendo brilhar em situações normalizadas à medida que os problemas ficarem resolvidos. As direitas estão melhor preparadas para resolver as crises e os problemas. Por isso, o PS sentiu-se obrigado a fazer uma política de direita para resolver a crise do défice orçamental e, após a missão cumprida, pode dar-se ao luxo de fazer política de esquerda, talvez para criar a próxima crise?
Com esta filosofia, ficamos na dúvida de quem teria ocasionado esta crise? Possivelmente, ao contrário destes pedaços de «ciência» política, a crise foi sendo criada paulatinamente por todos os político dos mais variados partidos!
O que eles dizem e o que fazem!!! É só fumo, fumaça, poeira em frente ao povo que consideram muito estúpido. Não deviam destruir a auto-estima dos cidadãos e fica-lhes mal ostentarem tanta superioridade, que nem sequer corresponde à realidade.
Recomenda-se a leitura do artigo no Diário de Notícias de hoje sobre este caso. PS promete mais esquerda à medida que a crise passar
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Novo conceito de direita e esquerda!
Posted by A. João Soares at 22:18
Labels: crise, desenvolvimento, direita, esquerda
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9 comentários:
De promessas vivem os tolos. Pelo menos é o que até agora se tem passado nesta estrumeira.
Este post pretendia fazer ironia da desajeitada argumentação em defesa do adiamento do encosto à esquerda o PS.
Parece que o Sr. Canas vê que a solução para o desenvolvimento e a resolução das cries está à direita. Só após a crise resolvida é que o Governo pode virar à esquerda, para gozar os benefícios da normalidade, sem crise, para criar uma nova.
Falta de senso nesta forma tosca de espalhar areia para os olhos dos incautos.
E assim vai este nosso País.
Abraço
João
O PS não promete mais esquerda à medida que a crise passar, mas à medida que as eleições se estão a aproximar.
Esta lengalenga já nós conhecemos. Façamos votos para que não venha novo pântano.
Abraço
Esquerda...direita?Ops, dois, esquerada, direita!!Lá vamos nós a marchar para coisa nenhuma.
Já repararam que quando há eleições e se candidata à mesma um independente, ele ganha? Ainda nesta última elkeição para uma junta de Gaia voltou a acontecer, com o PSD em segundo e o PS em terceiro...
O povo quer acreditar em algo diferente, quer acreditar na justiça, de um PORTUGAL inteiro e não dividido em pequenos grupos de interesses...
Não reconheço ao PS algum valor de esquerda. Nem lhe reconheço qualquer capacidade de governação.Tenho que ter cuidado com o Jorge Coelhone, ele anda por aqui? Recordam-se de ele dizer que quem se mete com o PS, LEVA!
Bolas, que o homem é perigoso...
Abraço PATRIOTA
Caros Amaral e Mário Relvas,
O que está a passar-se são sinais de uma pré-preparação da campanha das próximas legislativas. Mas os rapazes baralham-se, porque não há doutrina política, porque não são inteligentes e coerntes, porque nos dias actuais, está esbatida a diferença entre direita e esquerda, caminhando-se para o pragmatismo. Este, que devia ter por objectivo os interesses do País, a felicidade do povo, com base no desenvolvimento económico assente num ensino eficiente, na saúde, na ordem pública, na justiça e no bom exemplo dos políticos, em vez disso, acaba por visar apenas os interesses domésticos dos partidos, o emprego dos «boys» e «girls» das juventudes partidárias e, nisso, são todos mais ou menos iguais.
Por seu lado, a comunicação social, movida pelo interesse nos seus lucros, alimenta as pequenas tricas entre as diversas forças, sem olhar minimamente ao interesses do País.
Os resultados eleitorais que os independentes têm obtido e as elevadas abstenções mostram claramente o desprezo que a população tem pelos partidos, que são vistos como bandos de mafiosos apoiados pela maçonaria e pela opus dei.
A situação da apatia nacional e da arrogância dos partidos será resolvida quando ninguém entregar nas urnas um voto útil e os vencedores terão apenas os votos do seu clã. Nesse momento, abrirão os olhos e serão devidamente criticados pela comunidade internacional. Só então é que a sua pouca inteligência lhes mostrará que estão num pântano moral de que é preciso sair (aqueles que não se afogarem ou não forem afogados pelo povo irado).
Entretanto, é urgente e indispensável acordar o povo, contribuir para que aprenda a pensar pela sua cabeça sem se deixar arrastar pelas falsas promessas e palavras demagógicas dos politiqueiros.
A Senhora de Fátima já não pode fazer o milagre necessário, tendo de ser todos nós, cada um de nós, a fazer algo, a fazer tudo o que estiver ao seu alcance. Quando grande parte do povo abrir os olhos a organização aparecerá para conduzir a acção que se impõe.
Um abraço
Caro João Soares, convido-o a ler no aromas,o texto que está em segundo, sobre o "indivíduo" e também lhe peço que aceite com muita amizade um aroma que lhe dedico no 1º post!
abraço
Da visita ao Aromas retiro a conclus
ao de que está a travar uma luta perseverante a favor dos diferentes. Penso que, quando os catolicos dizem «amar os semelhantes» deviam dizer «amar os outros», isto é, «amar os diferentes»
Amar os semelhantes resulta no apadrinhamento mafioso dos políticos que apenas protegem os do clã, com prejuizo dos outros.
Todo o ser humano merece respeito e os portadores de deficiênciaas têm direito a especiais cuidados de apoio.
Parabéns pela sua campanha.
Um abraço
É isso mesmo amigo João Soares,
"a crise foi sendo criada paulatinamente por todos os político dos mais variados partidos!". E, porquê?
Em minha modesta opinião, porque odos os partidos políticos que têm passado pelo governo têm governado com a mira posta no voto popular e não no desenvolvimento do nosso país. Isto para não falar nos amiguismos, promoções pessoais sem mérito, medidas económico-sociais desastrosas etc.
Para além disto as oposições têm o malfadado tique português de não se apresentarem construtivamente. Cotestam o que defendiam quando eram governo e aplicam medidas governativas que contestavam quando eram oposição... O importante é ser do contra, não é apresentar soluções alternativas ...
Enquanto os interesses privados dominarem e os dirigentes políticos não deixarem de pensar e agir somente em prol do partido isto não vai a lado nenhum.
Quando os horizotes forem verdadeiramente Portugal então teremos hipótese de singrar.
Um abraço amigo,
Maria Faia
Cara Maria Faia,
Parabéns por ter dito de maneira tão clara e isenta aquilo que não consegui expressar. Costuma dizer-se que os políticos são todos iguais, embora uns pareçam ser mais iguais do que outros! O objectivo deles não é a felicidade do povo que deviam representar seriamente, mas sim a deles, dos seus familiares e amigos. Repare nas notícias recentes que falam dos inúmeros assessores nomeados por critério de confiança, na quantidade de contratos sem concurso público, no aumento à lista de pagamnentos da AR com a admissão de assistentes de cada deputado (estes faltam às sessões do colectivo, despudoradamente).
Um abraço de amizade
João
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