quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Olhar sobre a privacidade

A vida urbana está repleta de armadilhas que cerceiam a liberdade e o direito de ter privacidade. Há Câmaras fotográficas despercebidas em telemóveis e outros equipamentos tecnologicamente avançados, de pequeno volume, os radares em estradas e ruas, os vídeos nas ruas e em muitos locais públicos e semi-públicos, tudo isso nos faz lembrar o livro «1984» de George Orwell com o Big Brother sempre atento a qualquer gesto de cada um.

Há tempos, li algures que num banco, em Paris, o director da agência começou a ficar intrigado por vários empregados chegarem muito tempo antes de as portas abrirem ao público. Timidamente tentou observar qual seria o motivo de tal antecipação e deparou com eles a verem atentamente as gravações da câmara de vídeo instalada na cabine onde funcionava uma caixa Multibanco, a qual, durante a noite, era utilizada por pares para se entregarem a variados actos sexuais.

Contra a privacidade e para controlo de toda a humanidade, está em curso um movimento para ser implantado um chip em cada pessoa, tem sido tentada a implantação em crianças e idosos, para facilitar a sua recuperação em caso de rapto, desorientação ou desaparecimento. Como da parte de muitos pais houve resistência, consta que muitos raptos recentemente ocorridos, têm a finalidade de criar situação de ansiedade e insegurança para que sejam os pais a tomarem a iniciativa do implante.

Também as escutas telefónicas da parte de polícias, detectives e outros, bem como o controlo de blogues e de e-mails conduzem à perda de liberdade de expressão e de privacidade, muitas vezes com o pretexto do terrorismo. Mas, curiosamente, essas «precauções» criam terrorismo, medo permanente de viver com naturalidade em democracia.

Agora, recebi por e-mail o seguinte texto:

As vidas privadas passaram a ser públicas à medida que cada vez mais espaços possuem câmaras de vigilância. O filme Look, que hoje estreia nos Estados Unidos, revela essa realidade que muitos ignoram.

Totalmente filmado a partir de câmaras de vigilância, de ATMs, lojas e até casas de banho. O filme de Adam Rifkin tira partido de imagens captadas pelas mais de 30 milhões de câmaras de vigilância instaladas nos Estados Unidos, onde a legislação permite que sejam vigiados os gabinetes de provas nas lojas e as casas de banho.

A tendência de vigilância está a estender-se à Europa e o pretexto da segurança poderá levar rapidamente a uma escalada do número de câmaras e da sua presença na nossa vida por isso vale a pena olhar com atenção para esta questão…

E o que mais virá a acontecer?

2 comentários:

ANTONIO DELGADO disse...

não é querer entrar no campo da ficção cientifica, mas parece que muitos remédios já levam alguns componentes próximos aos fins que o amigo João adverte. Muitas vezes chego a pensar que a nanotecnologia fará chips para control do nosso pensamento e imaginação e estes serão espiados em centrais proprias, como são as chamadas telefonicas ou os mails etc. o pensamento é a parte invisível que comanda as ideias e que nenhum governo ainda pode espiar e ver...no caso de se inventar esse chips ele provavelmente servirá para estirpar as ideias onde se originam, ou seja logo no cortex. Com essa tecnica tudo seria mais facil para controlar a cabeça de assassinos e outras pessoas criminosas...possivelemnte evitava-se muita coisa...mas arrepia pensar que todos seriamos controlados e tinhamos, no nosso cerebro, um chip instalado que transmitia as nossas ideias e estas eram vistas numa central de control, para serem classificadas e ordenadas de boas ou más para o sistema...mais não digo!
Um cordial abraço.
António

A. João Soares disse...

Caro António Delgado,
Nada é impossível à evolução da tecnologia, como mostra uma simples comparação do que se passa hoje com o que se passava há 50 anos.
A vontade dos governantes apoiados pelos cientistas pode conduzir a que sejamos peças electrónicas comandadas à distância por um poder central, único e todo poderoso. clube Bilderberg, a opus dei, a maçonaria, a Al-Qaeda, aparecem como candidatos a esse Poder.
A ficção, por mais imaginativa que pareça, acaba por vir a ser realidade, como é o caso do Júlio Verne e do Big-Brother do George Orwell.
A humanidade acabará por se autodestruir.
Um abraço